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IMUNOLOGIA MELANOMA MALIGNO CUTANEO

Por:   •  31/10/2017  •  8.319 Palavras (34 Páginas)  •  425 Visualizações

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Em consonância com a American CancerSociety, a incidência de casos de melanoma cutâneo nos Estados Unidos, em dois mil e quinze, será de aproximadamente setenta e seis mil casos, sendo quarenta e três mil oitocentos e noventa desses casos diagnosticados em homens e trinta e dois mil duzentos e dez em mulheres. Ademais, por ser o tipo de cancro de pele mais agressivo, também é previsto por essa Sociedade Americana a morte de nove mil setecentos e dez desses indivíduos diagnosticados. O tumor cutâneo é o mais frequente nos Estados Unidos, sendo responsável por aproximadamente cinquenta por cento dos diagnósticos de câncer naquele país.

Embora o cancro de pele também seja o mais comum no Brasil, respondendo a um quarto das neoplasias malignas diagnosticadas, o tumor cutâneo maligno, o mais agressivo e o que causa mais óbitos dentre as neoplasias de pele, é responsável por somente quatro por cento desses diagnósticos. Apesar de ser uma porcentagem aparentemente baixa, o melanoma, devido à sua agressividade, representa mais de nove mil e setecentos óbitos, dos aproximados treze mil óbitos decorrentes de tumores cutâneos, por ano, nos Estados Unidos. Desse modo, devido aos índices preocupantes, a celeridade e a eficácia para que se tenham diagnósticos precoces dessas neoplasias deve ser prioridade para a saúde pública.

São estimados cento e oitenta e oito mil e vinte novos casos no Brasil em 2015, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Ao verificar os coeficientes de ocorrência, é observado que as pessoas de pele clara têm maior pré-disposição para o desenvolvimento de melanomas do que em populações de raça negra e amarela, e que as áreas anatômicas mais freqüentes são o tronco nos homens e os membros inferiores nas mulheres - embora também possam surgir em outras partes do corpo. Apesar de mais comuns em pessoas de pele clara, negros e seus descendentes não estão livres da doença.O melanoma, quando descoberto em seus estágios iniciais, é quase sempre curável. Porém, se diagnosticado tardiamente, tende a se espalhar para outras partes do corpo em um processo chamado metástase.

Quando um paciente é acometido com suspeita de melanoma, os profissionais especializados normalmente retiram todo o tumor no momento da biópsia, método denominado biópsia excisional, ou biópsia de excisão, com o objetivo de confirmar ou não o diagnóstico. Caso seja diagnosticado melanoma, a escolha do tratamento vai depender da gravidade e da espessura do tumor. Além disso, elementos prognósticos associados à terapia incluem ressecção cirúrgica. Porém, como não existe tratamento padrão para indivíduos com metástase disseminada, é preciso haver protocolos que sejam sempre verificados, em que esses pacientes possam ser destinado.

Entre os tratamentos existentes estão a cirurgia, a imunoterapia, a terapia alvo, a radioterapia, a quimioterapia, sendo necessário, em muitos casos de cancros avançados, a combinação de mais de uma dessas modalidade.

Segundo a reportagem do médico oncologista clínico, Dr. Buzaid, graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, para o OncoNews, nos últimos anos, ocorreram inovações no tratamento desse câncer, como a terapia alvo, que atinge diretamente o tumor, e a imunoterapia, que faz a utilização de medicamentos que reforçam o sistema imunitário e permite que o corpo reconheça e destrua os tumores. O ipilimumabe, que inaugurou um grupo de medicações chamado "Inibidores de Checkpoints Imunológicos" e o nivolumabe, aprovado em 30 de setembro de 2015 pela FoodandDrugAdministration, nos Estados Unidos, são exemplos desses medicamentos e devem ser administrados conjuntamente, para o tratamento de pacientes com BRAF V600 do tipo selvagem, irressecável ou melanoma metastático.

O trabalho tem como objetivo a revisão da literatura sobre as inovações e perspectivas dos tratamentos do melanoma maligno cutâneo.

2. Metodologia

As fontes de dados Biblioteca Digital da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Biblioteca Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (ICBAS/FFUP), Biblioteca Virtual Centro de Documentação e Informação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (BV-CDI-FAPESP), (LILACS), Instituto Nacional do Câncer (INCA), Repositório Digital Lume da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Revista Brasileira de Oncologia Clínica, Revista Ciência e Estudos Acadêmicos de Medicina, Revista da Universidade Federal de São Paulo, Revista de Saúde Pública, Revista Anais Brasileiros de Dermatologia, SciELO (Scientific Eletronic Library Online) e U.S National Library of Medicine National Institute of Health (PMC) foram consultadas para o desenvolvimento do artigo de revisão. Os descritores utilizados foram melanoma, melanoma cutâneo, câncer de pele, cancro cutâneo, tumor maligno de pele. Dentre todos os artigos, foram selecionados vinte e cinco. O critério de seleção dos textos retirados da base de dados foi a abordagem do melanoma em relação a sua definição, formas clínico-patológicas, epidemiologia, etiologia, fatores de risco/genéticos, a influência de raios ultravioletas, prevenção, diagnóstico, sinais e sintomas, estadiamento e tratamentos e avanços da neoplasia.

3. Desenvolvimento

3.1 Definição do melanoma

A pele, maior órgão do corpo, é subdividida em três camadas com características ímpares. A camada mais superficial, epiderme, possui a função de proteção das camadas subjacentes (derme e hipoderme) e é composta por diferentes tipos de células, como os queratinócitos, células de Langerhans, células ou discos de Merkel e melanócitos.

Os melanócitos são células especializadas, localizadas principalmente na camada basal da epiderme, que produzem o pigmento melanina. Proliferações e transformações anormais nesse tipo celular são responsáveis pela forma mais grave de câncer de pele, o melanoma maligno cutâneo.

3.1.1 Formas clínico-patológicas

Existem quatro subtipos histopatológicos que dividem o melanoma cutâneo:

1) Melanoma expansivo superficial (MES): melanoma mais comum, que acomete, principalmente, adultos entre quarenta e cinquenta anos de vida, na região do tronco dos homens e membro inferior das mulheres. É diferenciado dos outros subtipos pela presença de várias colorações, como preto, castanho, violeta e rósea. Existe ainda, na região central,

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