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Melhoramento Genetico - Border Collie

Por:   •  15/2/2018  •  1.270 Palavras (6 Páginas)  •  519 Visualizações

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As diversas formas de associação entre os fatores predisponentes resultam em alterações do desenvolvimento que afetam a cabeça do fêmur e o acetábulo, que podem resultar em alterações degenerativas irreversíveis. Ou seja, decorre de uma má formação da articulação coxofemoral, acompanhada de flacidez (lassidão) da cápsula articular que se desenvolveu durante o crescimento e maturação do esqueleto. Durante o crescimento pode haver um desequilíbrio entre o esqueleto e o sistema muscular de suporte que levam a incongruência articular. Ocorre uma disparidade no desenvolvimento dos tecidos ósseos e moles de suporte, que altera a biodinâmica da articulação, causando pequenos e repetidos traumas, com consequente inflamação da membrana sinovial. O resultado dessas alterações será o surgimento da instabilidade articular e alterações ósseas degenerativas.

Os sintomas se manifestam com redução da atividade do animal associada a graus de dores na articulação. Costumam aparecer entre 4 meses e 1 ano de idade.

O diagnóstico clínico é baseado no relato do proprietário, no modo de andar do animal, nos sinais, e principalmente nos resultados dos exames específicos da articulação coxofemoral (exame radiográfico).

Foi realizada uma pesquisa pelo CESUMAR – Centro Universitário de Maringá, o qual foram avaliados 52 cães da raça border collie, machos e fêmeas de diversas idades. Os exames radiográficos foram realizados no Hospital Veterinário da própria instituição.

As radiografias foram avaliadas de acordo com os seguintes parâmetros: ângulo de Norberg (ângulo formado entre o centro da cabeça femoral e a borda acetabular cranial), presença ou ausência de luxação e subluxação femoral, incongruência da cabeça do fêmur e acetábulo, espessamento do colo femoral, formação de osteófitos, esclerose subcondral, osteófito caudal e dorsal do acetábulo, remodelamento acetabular, presença da Linha de Morgan (linha radiopaca formada no colo femoral), irregularidade do contorno da cabeça femoral e grau da displasia.

Os resultados obtidos evidenciaram que 76% dos animais radiografados apresentaram algum grau de displasia. Observou-se a seguinte incidência: 18% normal; 6% Suspeito; 50% displasia discreta; 8% displasia moderada; 18% displasia severa.

Os sinais radiográficos encontrados foram bastante variados. Um dado interessante revela que, dos 76% dos animais com displasia, 48% apresentaram alterações unilaterais, o que não é comumente relatado. Dos animais que apresentaram displasia discreta (50%), 22% apresentaram alteração bilateral, 4% unilateral esquerda e 24% unilateral direita. Em 6% de um total de 8% que apresentaram displasia moderada, foi evidenciada alteração unilateral esquerda, e nos 2% restantes, unilateral direita. Em casos de displasia severa (18%), verificou-se que 6% apresentaram alteração bilateral, 10% unilateral esquerda e 2% unilateral direita. Na avaliação radiográfica das lesões foi observado que, nos cães HD± as lesões mais encontradas foram incongruência entre a cabeça do fêmur e o acetábulo, remodelamento acetabular e irregularidade da cabeça do fêmur, seguidas de espessamento do colo femoral, formação de osteófito, presença da linha de Morgan, osteófito caudal/dorsal no acetábulo e esclerose subcondral. Nos animais HD+, as lesões mais frequentes foram incongruência entre a cabeça femoral e acetábulo, irregularidade da cabeça do fêmur, espessamento do colo femoral e remodelamento acetabular. Sinais menos frequentes foram presença da linha de Morgan, formação de osteófitos, esclerose subcondral, osteófito caudal/dorsal no acetábulo e subluxação articular. Incongruência entre a cabeça femoral e acetábulo, espessamento do colo femoral, formação de osteófitos e linha de Morgan, foram os sinais radiográficos mais frequentes em animais HD++, sendo que irregularidade da cabeça do fêmur, remodelamento acetabular, osteófitos, subluxação e esclerose subcondral foram menos frequentes. Os sinais radiográficos mais frequentes em animais HD+++ foram incongruência entre a cabeça do fêmur e acetábulo, remodelamento acetabular, irregularidade da cabeça do fêmur e espessamento do colo femoral, seguidas de formação de osteófitos, osteófitos caudal/dorsal no acetábulo, esclerose subcondral e presença de linha de Morgan, subluxação e luxação.

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Referências Bibliográficas:

http://www.unicesumar.edu.br/prppge/pesquisa/epcc2005/anais/maisa_martins_quirilos_assis2.pdf

http://revistas.bvs-vet.org.br/acvzunipar/article/viewFile/13545/14414

http://revistas.bvs-vet.org.br/acvzunipar/article/view/13545

http://www.borderaller.com/saude.html

http://www.kingborder.com.br/saude-genetica.php

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