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Abate clandestinos

Por:   •  21/10/2018  •  845 Palavras (4 Páginas)  •  382 Visualizações

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“Deu um problema no nosso motor do resfriador da câmara fria”, diz o veterinário.

Outra prática comum nos matadouros pelo Brasil é o abate cruel. Bois e vacas de corte agonizando pendurados em correias, de ponta cabeça, depois de receber sucessivas marretadas na cabeça (pistola a ar é artigo de luxo em 70% dos matadouros do Brasil) e facadas na jugular, que inundam os matadouros com poças de sangue. Funcionários de abatedouros de porcos estrangulando-os e jogando-os em poços de esterco para que se afogassem ou enfiando aguilhões elétricos nas orelhas, bocas, vaginas e ânus dos porcos.

De novo em Jeriquara, cenas de barbárie. Um funcionário conduz o boi para a entrada do abatedouro. O animal para, se deita, e é chutado pelo homem.

Como o boi não segue para o local de abate, o homem usa uma outra técnica. Ele morde o rabo.

Pouco depois, outro homem se aproxima com uma espingarda e abate o boi com um tiro. Um procedimento obviamente irregular.

É obrigatória a presença de um veterinário durante todo o processo de abate dos animais. Porém, até mesmo os veterinários são, muitas vezes, coniventes com abates sem nota fiscal ou sequer fazem a fiscalização dos abatedouros pessoalmente.

A venda da carne para a população precisa respeitar normas de armazenamento. O consumidor deve procurar saber a origem da carne.

O correto é que o animal passe por exames. Depois do abate, a carcaça não pode ter nenhum contato com o chão. Os funcionários têm 40 minutos para retirar as vísceras e evitar que a carne seja contaminada por bactérias. Seis funcionários fazem a inspeção.

“Quando tiver dúvida da procedência de um produto, entrar em contato com a vigilância sanitária, para que haja uma possibilidade de ação preventiva, eliminando gradativamente os focos de produção clandestina”, declara Enio Marques, secretário da Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura.

E é preciso que a fiscalização por parte dos municípios e estados seja mais rigorosa, inclusive nos abatedouros legalizados.

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