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A INVESTIGAÇÃO DO USO DE AMOXICILINA NA CIDADE DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Por:   •  11/12/2018  •  1.489 Palavras (6 Páginas)  •  372 Visualizações

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Os antibióticos são usados para melhorar uma infecção e eliminar ou diminuir o crescimento bacteriano. Porém há riscos de que com o tratamento venha reações desagradáveis tais como: resistência bacteriana e interação medicamentosa

2.2.2 Amoxicilina

A amoxicilina é uma penicilina semissintética de acordo com Goodman e Gilman (2006 apud Scarcela, Muniz, Cirqueira 2011), as concentrações plasmáticas máximas são alcançadas em cerca de duas horas, sendo média de 4g/ml, a cada 250mg. A maior parte da dose é excretada em uma forma ativa na urina.[pic 1]

As indicações são para o tratamento de infecções do aparelho respiratório, como bronquite, faringite bacteriana, otite média aguda e sinusite, bem como para doenças gonocócicas e febre tifóide. Pode ser usada para tratamento de infecções de feridas causadas por queimaduras da pele e do tecido mole, do trato biliar e do trato geniturinário.

A Amoxicilina é contra-indicada para quem for sensível às penicilinas, na gravidez, na lactação, insuficiência renal, mononucleose infecciosa e infecções causadas por estafilococos penicilino-resistentes e nas produzidas por bacilo piociânico, riquétsias e vírus. O alopurinol administrado concomitantemente com Amoxicilina aumenta o risco de acidentes cutâneos; com heparina ou anticoagulantes orais altera a coagulação do sangue; junto com betabloqueadores aumenta o risco de choque anafilático, sendo que o cloranfenicol diminui o seu efeito e quimioterápicos bacteriostáticos interferem no seu efeito bactericida (KOROLKOVAS e FRANÇA, 2008 apud Scarcela, Muniz, Cirqueira 2011).

2.2.3 Indicações terapêuticas

Doenças infecciosas, principalmente as respiratórias, são uma das causas mais frequentes de procura por serviços de saúde no Brasil e no mundo (Buchalla et al., 2003).

Os requisitos para o sucesso terapêutico no tratamento das infecções bacterianas incluem a seleção do antimicrobiano correto e de regimes adequados quanto à dose, intervalos entre as doses e a duração do tratamento. A conduta a ser adotada requer cuidados adicionais, como a atenção a fatores fisiológicos, principalmente quanto ao funcionamento hepático e renal, que podem resultar em aumento dos níveis do fármaco no organismo, com consequente aumento de ocorrência de efeitos adversos (Tavares, 1996).

2.2.4 Consequências

A utilização de antibióticos acarreta preocupações relacionadas às possibilidades de ocorrência de resistência bacteriana entre as cepas distribuídas na população, diminuindo a disponibilidade de tratamentos antimicrobianos realmente efetivos (Kyaw, 2011).

De fato, estudos revelam níveis elevados de resistência a antibióticos rotineiramente utilizados (Nogueira et al., 2008). No Brasil, alguns estudos relatam que a frequência de cepas de S. pneumonia resistentes à penicilina cresceu de 10,2% para 27,9% no período de 1993 a 2004, num quadro em que as proporções de resistência intermediária e alta resistência foram respectivamente, de 9,1% e 1,1% em 1993, passando a 22,0% e 5,9% em 2004, fenômeno observado também em outros países (Camargos, 2002).

REFERÊNCIAS

ANONIMO. Monografias Brasil Escola. A história dos antibióticos. Disponível em: , Acesso em; 20 out. 2016

Buchalla CM, Waldman EA, Laurenti R. Rev Bras A mortalidade por doenças infecciosas no início e no final do século XX no município de São Paulo. 2003;6(4):335-43

CAMARGOS, P. A. M. Jornal de Pediatra. Resistência do Streptococcus pneumoniae à penicilina G no Brasil: a ponta do iceberg. v.78, n.2, 2002, p.87. Disponível em , Acesso em; 20 out. 2016

CASTRO, H. C. Conselho Federal de Farmácia. Automedicação: entendemos o risco? v.18, n.9/10, 2006. Disponível em:, Acesso em; 20 out. 2016.

GOODMAN & GILMAN. As bases farmacológicas da terapêutica. 11 ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill Interamericana do Brasil, 2006 apud SCARCELA, A. M.; MUNIZ J. Z. Cenarium Pharmacêutico. Investigação do uso indiscriminado de amoxicilina em crianças na faixa etária de 2 a 10 anos., v.4, n.4, maio/nov, 2011. ISSN: 1984-3380

KOROLKOVAS, Andrejus; FRANÇA, Francisco F. de A. C. de. Dicionário Terapêutico Guanabara. 15 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

KYAW CM. Antibióticos e Quimioterápicos. 2011. . apud PAGANOTTI, A. M.; Reis, R. A.; CROZATTI, M. T. L.; SILVA, A. T. A. ; FEGADOLLI, C. Revista de Ciências Farmacêuticas Basica e Aplicada. Prescrição de antibióticos a crianças atendidas no inverno em Unidade de Saúde de município paulista. Disponível em: Acesso em 20 out.2016. ISSN 1808-4532

MATIAS, G. C. Revista Urutágua - Acadêmica multidisciplinar DCS/UEM. Os perigos da automedicação. v.1, n.1, maio 2001. ISSN 1519.6178

NICOLINI, Paola. Ciências e saúde coletiva. Fatores relacionados à prescrição médica de antibióticos em farmácia pública da região oeste da cidade de São Paulo. v.13, jan. 2008. Disponível em:, Acesso em; 20 out. 2016. ISSN 1678-4561

PAGANOTTI, A. M. . Rev Ciênc Farm Básica Apl. Prescrição de antibióticos a crianças atendidas no inverno em Unidade de Saúde de município paulista. São Paulo, v 013;34(3):441-447

SCARCELA, A. M.; MUNIZ J. Z. Cenarium Pharmacêutico. Investigação do uso indiscriminado de amoxicilina em crianças na faixa etária de 2 a 10 anos., v.4, n.4, maio/nov, 2011. ISSN: 1984-3380

TAVARES, W. Manual de antibióticos e quimioterápicos anti-infecciosos. 2 ed. São Paulo: Editora Atheneu; 1996.

WANNAMACHER, Lenita. Uso indiscriminado de antibióticos e resistência microbiana: uma guerra perdida? v.1, n.4, mar. 2004. Disponível em: , Acesso em; 23 ago. 2016. ISSN: 1810-0791

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