Câncer de mama
Por: Salezio.Francisco • 16/2/2018 • 1.739 Palavras (7 Páginas) • 392 Visualizações
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Sinais e Sintomas
O câncer de mama, em grande parte das vezes, particularmente em fases mais iniciais, é assintomático. Nesta fase a doença pode ser identificada através de exames de rastreamento (como mamografia por exemplo).
Quando a doença é sintomática, o paciente seja homem ou mulher pode apresentar:
- Nódulo na mama normalmente endurecido podendo ser aderido aos planos profundos ou não.
- Aumento no tamanho dos linfonodos das axilas ou de outras regiões como as infra ou supraclaviculares, alterações da pele que podem apresentar vermelhidão ou aspecto de casca de laranja, alterações nos mamilos, edemas nas mamas, dor nas mamas,
- sinais de doença metastática: ossos (dor óssea), fígado (dor, náuseas, distensão abdominal, icterícia), pulmão (falta de ar), ente outros.
Outros sintomas menos frequentes constituem o endurecimento mamário, a presença de secreção pelo mamilo com aspecto de água de rocha ou sangue e o aparecimento de gânglios axilares.
Diagnostico
O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%.
Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama. Se a detecção precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em toda mulher com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a aumentar significativamente. A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos.
O auto-exame :
Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram.
O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. Quando o tumor atinge o tamanho suficiente para ser palpado, já não está mais no estágio inicial, e as chances de cura não são máximas.
Outros exames :
O teste genético para mapeamento dos genes BRCA1 e BRCA2, realizado por Angelina Jolie, já existe no Brasil há quase dez anos. Porém, o exame não é recomendado para todos: a indicação varia de acordo com o histórico familiar de cada paciente e com avaliação do médico. Apenas 10% dos cânceres são hereditários e apenas nestes casos se faz necessário o acompanhamento e a realização do teste.
Tratamento
O tratamento depende do estágio em que a doença é diagnosticada, idade e condições clínicas do paciente. Deve ser sempre individualizado, levando-se em conta as possibilidades, riscos e benefícios de cada intervenção. Pacientes com doenças no mesmo estágio podem realizar tratamentos diferentes, dependendo de características do tumor e do indivíduo.
Quando detectada em estágios iniciais, as taxas de cura são grandes. O tratamento é multidisciplinar, envolvendo a cirurgia (mastologista), tratamento com medicações específicas como hormonioterapia ou quimioterapia (oncologista clinico) e radioterapia (radioterapeuta). Muitas vezes o paciente passa por mais de uma modalidade de tratamento (cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia), visando redução do risco de recidiva.
No que se refere ao tratamento cirúrgico pode-se retirar toda a mama ou parte dela, da mesma forma que na axila, onde pode-se realizar a retirada de um linfonodo (linfonodo sentinela), ou a retirada de todos os linfonodos. O tratamento depende das características do tumor quando se realizou o diagnóstico.
No que se refere a oncologia clínica, a paciente poderá ser submetida a um tratamento após a cirurgia (tratamento adjuvante), ou antes da cirurgia (tratamento neoadjuvante). Da mesma forma pode ser submetida a quimioterapia, hormonioterapia e tratamento alvo-específico. Tudo depende das características do tumor.
Explicação Cromossômica
Aproximadamente 20% dos casos de câncer de mama familiar estão associados a um dos genes de susceptibilidade hereditária para câncer de mama e ovário, BRCA1 e BRCA2. Recentes trabalhos têm demonstrado o mecanismo de ação destes genes
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