Estudo sobre a fosfoetanolmina sintética
Por: kamys17 • 19/9/2018 • 2.007 Palavras (9 Páginas) • 285 Visualizações
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A cirurgia, a quimioterapia e a radiação têm como objetivo impedir que as células cancerosas se repliquem por meio de vários mecanismos, tais como por quebra de DNA de uma célula ou inibindo a sua capacidade para fabricar os blocos de construção para a síntese de ADN. No lado negativo, terapias padrão, por vezes, tornam as pessoas muito doentes, porque elas possuem efeitos indesejados sobre as células do corpo e atacam normalmente áreas, como, os folículos pilosos, as células epiteliais intestinais e glóbulos brancos - que leva à perda de cabelo, náuseas e imunossupressão, respectivamente. Assim, radiação ou quimioterapia podem causar a redução de tumores, mas também, podem ter efeitos negativos sobre os tecidos ou sistemas saudáveis.
Alguns tipos de câncer são difíceis de erradicar, porque eles são muito bons em duas coisas: esconder-se e adaptar-se. Por exemplo, quando os pacientes passam por uma rodada de quimioterapia, muitas vezes os tumores sofrem um “encolhimento”. O problema é a doença residual. Através de vários mecanismos diferentes, a doença residual pode tornar-se resistente à terapia. Assim, ele pode permanecer latente e depois ressurgir com propriedades que o tornaram resistentes à primeira rodada de terapia.
Os medicamentos utilizados atualmente, quase em sua totalidade, possuem as seguintes características em comparação com a Fosfoetanolamina sintética:
- Maior toxicidade;
- Via de administração inadequada;
- Maior indução de resistência;
- Penetração em concentração ineficaz no sítio da metástase;
- Tratamento mais prolongado que penaliza o paciente;
- Maior custo.
- A cirurgia, quimioterapia e radiação são os três tipos mais comuns de terapia do cancro.
- Objetivos
3.1 - Objetivo Geral:
Neste presente estudo busca-se avaliar e comprovar a eficácia da atividade anticarcinógena da substância Fosfoetanolamina Sintética, presente em grande quantidade em tecidos hepáticos de bovinos e bubalinos e em pequenas quantidades em outros animais. A Fosfoetanolamina Sintética tem sido alvo da imprensa brasileira e mundial desde que o professor aposentado da USP, Dr. Gilberto Orivaldo Chierice, divulgou resultados positivos obtidos em diversos pacientes humanos voluntários, através de experimentos realizados no laboratório da universidade.
3.2 - Objetivo Específico:
O objetivo deste projeto é avaliar a ação da Fosfoetanolamina sintética (Pho-s) no desenvolvimento de melanomas induzidos em indivíduos da raça Rattus Nuvergicus (C57BL/6). Para isso, desenvolvemos um modelo experimental apropriado com o objetivo de investigar:
- Os efeitos da Pho-s sobre a viabilidade e a proliferação de melanomas (células tumorais);
- Os efeitos da Pho-s sobre o crescimento tumoral in vitro;
- As alterações hematológicas de animais portadores de tumor;
- Os efeitos da administração da Pho-s sobre a sobrevida das células tumorais in vitro.
- Metodologia
- – Obtenção da substância:
A fosfoetanolamina a ser utilizada no estudo foi sintetizada pelo Prof. Gilberto Orivaldo Chierice, do Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo. A molécula foi diluída em solução salina a 0.9% e sonicada para ser utilizada no estudo. Para comparação, também será utilizada uma formulação comercial (P0503 Sigma-Aldrich), a qual denominamos de PEAc.
- - Cultura de células das linhagens B16F10, HT-29, MCF-7 e RAW 264.7
Todos os animais serão pesados antes da inoculação das células tumorais e ao término dos tratamentos. Aproximadamente 10 dias após a injeção das células tumorais, os camundongos serão tratados com PEA (10, 20 e 40mg/Kg – 0.25; 0.5 e 1 mg/animal/dia) via oral (gavagem, 100μL por aplicação) durante 10 e/ou 20 dias consecutivos. Animais controle serão tratados com PBS somente (controle negativo). Os camundongos serão divididos nos seguintes grupos experimentais (n=7 ou 10), resumidos na Tabela 1: Grupo 1 (controle). animais controle que receberão injeção s.c. de solução salina (ausência de células tumorais) e tratados com solução salina; Grupo 2 (somente PEA). animais que receberão injeção s.c. de solução salina (ausência de células tumorais) e tratados com PEA (5.0mg/mL); Grupo 3 (não tratados). Animais inoculados com células B16F10 e tratados com solução salina; Grupo 4. Animais inoculados com células B16F10 e tratados com PEA (2.5mg/mL); Grupo 5. Animais inoculados com células B16F10 e tratados com PEA (5.0m /mL); Grupo 6. Animais inoculados com células B16F10 e tratados com PEA (10mg/mL); Grupo 7. Animais inoculados com células B16F10 e tratados com PEAc (5mg/mL). Ao término dos tratamentos, os animais serão sacrificados, os tumores dorsais analisados, medidos e fotodocumentados e as lesões macroscópicas internas (metástases) identificadas. Amostras dos tumores dos diferentes grupos experimentais serão processadas para análise imunohistoquímica. Amostras dos baços serão preparadas para a dosagem de citocinas. O sangue dos animais será coletado e utilizado para as análises hematológicas.
- - Implantação das células tumorais:
Para a inoculação nos animais, a suspensão celular retirada dos frascos de cultura será centrifugada e em seguida re-suspendida em PBS estéril de maneira a se obter uma solução contendo 5x105 células/mL. A viabilidade celular será determinada através de exclusão por azul de trypan. Somente as suspensões que apresentaram pelo menos 95% de viabilidade serão utilizadas para inoculação. Por fim, 5x104 células/animal (0,1mL) foram injetadas subcutaneamente (s.c.) na região dorsal dos camundongos.
- – Teste em roedores (C57BL/6):
Serão utilizados um total de aproximadamente 70 camundongos C57BL/6, divididos em dois lotes de animais que serão diferidos quanto ao período de tratamento (10 e 20 dias).
Obs.: Os animais serão fornecidos pela Fiocruz mediante a autorização da Comissão de Ética do Uso de Animais (CEUA/FIOCRUZ), sendo enviada para o Sistema Informatizado
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