A EFICIÊNCIA DA CARBOXITERAPIA PARA O TRATAMENTO DE ESTRIAS
Por: Kleber.Oliveira • 29/11/2017 • 5.939 Palavras (24 Páginas) • 547 Visualizações
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existência ou da coloração da mesma.
Palavras-chave: Hidratação. Preenchimento. Tratamento.
1. INTRODUÇÃO
A pele é formada por três camadas distintas sendo: a epiderme a mais superficial, a derme a intermediária e a hipoderme a mais profunda. A epiderme caracteriza-se por ser impermeável avascular e apresenta uma camada queratinizada, chamada de camada córnea. A derme é composta por tecido conjuntivo e inúmeras estruturas fibrosas, filamentosas e amorfas juntamente com os fibroblastos, histiócitos, células dendríticas, mastócitos, linfócitos, plasmócitos e demais elementos celulares. 1
A hipoderme é conhecida como tecido celular subcutâneo situa-se depois da derme e possui lóbulos de células adiposas. Representa importante reserva calórica para o organismo, além de funcionar, em certas regiões, como um coxim, impondo proteção contra traumas. 2
As estrias caracterizam-se por afecções dermatológicas comuns, sendo desagradáveis esteticamente, incomodando homens e, principalmente, mulheres de diferentes faixas etárias. Analisando o aspecto histológico, apresentam-se como lesões atróficas que dispersam o tecido colágeno e elástico, além de redução da presença das células da pele como queratinócitos, melanócitos e fibroblastos. 3
Segundo a teoria mecânica, as estrias podem surgir a partir de um repentino estiramento da pele, em fases especificas da vida, como no crescimento adquirido na fase da puberdade; bem como no aumento ponderal do peso corporal em transtornos alimentares, como a obesidade; ou, ainda, durante a gravidez. Já a teoria metabólica afirma que as estriações da pele surgem em decorrência de alterações hormonais no organismo, tais como elevação dos níveis de cortisol e estrogênios, alteração da atividade metabólica. 4,5.
O tratamento para as estrias é um assunto que ainda levanta muitas dúvidas, pois, sabe-se que o tecido elástico não se regenera. São vários os tratamentos utilizados pelos profissionais da atualidade, neste trabalho será demonstrado o uso e a eficiência da da carboxiterapia. Que consiste na administração subcutânea de anidro carbônico, gás carbônico ou CO2, através de injeção hipodérmica, diretamente nas áreas das estrias e é indicado também na terapêutica de arteriopatias, flebopatias, úlceras vasculares e psoríase.6
Os efeitos terapêuticos da infiltração subcutânea do CO2 foram atribuídos à vasodilatação local, que provocava queda da resistência vascular periférica, propiciando melhora da irrigação sanguínea. 7.
O melhor momento para procurar um tratamento estético é na fase inicial da lesão, quando ainda apresenta aspecto rosado. Isso significa que ainda há presença de alguns elementos celulares e capilares sanguíneos, o que permite, nesse caso, maiores possibilidades de regeneração, pois não há atrofia total. 28.
1.2. Objetivo geral
Analisar a utilização e a eficiência da carboxiterapia (CO2) para tratamento das várias formas estrias.
1.3 Objetivos específicos
- Entender as causas das estrias corporais
- Identificar os tipos de estrias;
- Analisar a eficiência da carboxiterapia no tratamento das estrias.
2. ESTRIAS
As estrias têm sido motivo de estudo há muitos anos, Roederer em 1773 fez o primeiro estudo científico em gestantes, Troisier e Menetrier em 1989, descreveram as estrias como uma doença inócua e desfigurante. Em 1984, Unna suspeitou que fatores endógenos influenciassem as fibras elásticas do tecido conjuntivo, e em 1936, Nardelli pela primeira vez as chamou de estrias atróficas. Assim teve início a busca da fisiopatologia e tratamento das estrias. 8
Conforme Guirro e Guirro 9, as fibras elásticas da derme são os alvos iniciais de formação das estrias, onde se inicia um processo de granulação de mastócitos e ativação macrófica que intensificam a elastólise no tecido.
Segundo Maio 10 essas mesmas estruturas são responsáveis pela força tênsil e a elasticidade, gerando um afinamento do tecido conectivo que, aliado a maiores tensões sobre a pele produzem estriações cutâneas denominadas: estrias.
De acordo com outros autores 11, a estria é uma atrofia tegumentar adquirida, de aspecto linear, algo sinuosa, em estrias de um ou mais milímetros de largura, a princípio avermelhadas, depois esbranquiçadas e abrilhantadas (nacaradas). Raras ou numerosas dispõem- se paralelamente umas às outras e perpendicularmente às linhas de fenda da pele, indicando um desequilíbrio elástico localizado, caracterizando, portanto, uma lesão da pele. Apresentam caráter de bilateralidade, isto é, existe uma tendência da estria distribuir-se simetricamente e em ambos os lados. A frequência de estrias é elevada, atingindo cerca de três a seis vezes mais o gênero feminino, destacando a faixa dos 14 aos 20 anos.
Inicialmente, na estria ocorre um processo inflamatório que pode ser intenso, mononuclear e predominante perivascular, a derme pode apresentar-se edematosa. As alterações iniciais podem se estender até 3 cm além da borda da estria ocorrendo elastólise e degranulação de mastócitos, seguido de afluxo em torno das fibras elásticas fragmentadas. Na fase mais tardia a epiderme encontra-se atrófica, aplainada e na derme as fibras elásticas estão alteradas e as colágenas apresentam-se sob a forma de feixes paralelos a superfície na direção da força de distensão. Os fibroblastos também ficam destituídos de organelas de síntese (Complexo de Golgi e Retículo Endoplasmático Rugoso), enquanto que as cicatrizes ficam bem desenvolvidas 12.
Outros autores 13,14,15 definem que as estrias são afecções dermatológicas definidas como atrofias cutâneas lineares que se formam quando a tensão do tecido provoca uma lesão do conectivo dérmico, indicando desequilíbrio elástico localizado, portanto, uma lesão da pele. No início apresentam características inflamatórias, com
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