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Filme Amistad - Direitos Humanos

Por:   •  8/11/2018  •  1.447 Palavras (6 Páginas)  •  307 Visualizações

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E foi assim que o atual presidente da America do Norte foi aconselhado a fazer, garantir que a coroa espanhola não ficasse decepcionada, pois assim poderia influenciar na futura eleição e causar uma guerra civil pela quebra do tratado. Depois de algumas audiências o governo americano ao perceber que o juiz do caso poderia tender a favor dos que defendiam a liberdade dos negros e assim contrariando a Espanha, mais do que depressa trocou o mesmo para um juiz mais novo, e que segundo eles teria ambição de crescer e não de contrariar o estado. É possível ver como o estado podia intervir indiretamente nos tribunais americanos, infelizmente não intervindo de forma positiva pensando na justiça, mas sim nos seus próprios interesses.

Com a troca do juiz, o advogado então precisava provar mais do que a origem dos escravos, precisaria contar a historia dos mesmos de forma a convencer que mereciam a liberdade. É nesta parte que o advogado percebe que a causa não é sobre bens e posse, mas sobre seres humanos, que aqueles africanos eram sim seres humanos, mesmo que não pudessem se comunicar, já que os africanos falavam apenas sua língua nativa, o advogado achou quem pudesse ser um tradutor entre ele e Cinqué e levou ao tribunal a historia de como tudo aconteceu.

A narração de toda a trajetória de Cinqué diante do tribunal é sem duvida o ápice do filme, a parte que mexe realmente com a consciência de cada um, nos faz parar para pensar que aquilo realmente acontecia por mais absurdo e cruel que parecesse. Que o ser humano chegou a matar milhares de seus semelhantes sem a menor hesitação, são extremamente fortes as cenas de tortura, das condições em que foram transportados e de matança. Antes da decisão do juiz, Cinqué extremamente já incomodado com tanta gente falando a respeito de sua própria vida no tribunal, consegue falar três palavras na língua dos americanos, que arrepia ate o próprio juiz “Deixa nos livre!” e ele repete isso fervorosamente, implorando e não reivindicando um direito, pois ele só queria poder voltar para a família. Então o juiz decide a favor, mas a felicidade dura pouco, já que o caso é levado para a Suprema Corte Americana, pelo medo do atual presidente da America de perder na próxima eleição.

É então que o ex-presidente, John Quincy, que antes havia recusado ajudar, vai à corte e defende maravilhosamente a liberdade, os direitos e os deveres, que todos sem exceção possuem. Em uma conversa com Cinqué dias antes da corte, Cinqué conta mais um pouco sobre as crenças de seu povo, e exatamente as palavras de Cinqué, que o ex-presidente utiliza diante da corte e tem uma frase que ele diz ao final de sua declaração que para mim, é o grande recado que o filme passa, resume o que o filme quis contar, é mais ou menos assim “Não importa quais sejam as consequências, mesmo que enfrentamos uma guerra civil esta na hora dos Estados Unidos da America extinguir a escravidão”. Em outras palavras, não importa a que custo seja, a escravidão tem que acabar, pois somos iguais, somos todos iguais, devemos todos possuir direitos básicos, e creio que ai começou a ser ter a noção da inclusão de Direitos e Garantias Fundamentais do ser humano, sem distinção de raça.

Por fim, os escravos retornam ao seu país de origem, e os Estados Unidos finalmente acabam com a escravidão, porém foi uma longa luta ate ali. Toda a transição que o filme mostra é nítida, algo óbvio agora não era tão para aquela época, e foi preciso muito esforço para que aquele grande passo pudesse ser dado. Um grande filme para entender que conquistar os Direitos Humanos não foi algo fácil e agora que conquistado, não se pode perder.

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