A Economia e Microeconomia
Por: Jose.Nascimento • 12/3/2018 • 2.455 Palavras (10 Páginas) • 388 Visualizações
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definida como a satisfação adicional (na margem) é obtida pelo consumo de mais de uma unidade do bem, é decrescente, porque o consumidor vai saturando-se desse bem quanto mais o consome (VASCONCELLOS, 2002).
2.1 Determinantes da Demanda:
Rendas: Para a maioria dos bens, a quantidade demandada a qualquer preço aumenta com o aumento da renda, os bens que têm essa propriedade são chamados de bens normais. Os chamados bens inferiores (como carne moída com alto teor de gordura) são a exceção. Para esses bens, a quantidade demandada a qualquer preço cai com o aumento da renda. A ideia é que os consumidores abandonam esses bens e os substituam por outros de melhor qualidade (como carnes mais magras, no caso da carne moída) assim que puderem a quantidade de renda aumentar (FRANK, 2013).
Gostos: Os gostos variam de uma pessoa para outra e mudam com o tempo. Nas sociedades ocidentais, a cultura instiga um gosto por sentar em móveis acolchoados, enquanto em sociedades orientais, as pessoas são condicionadas a preferir se sentar de pernas cruzadas no chão. A demanda por poltronas tende, assim, obviamente a ser maior no ocidente do que no oriente. Seguindo a mesma linha de raciocínio, a demandas por saias acima do joelho tende a variar fortemente de uma década para outra (FRANK, 2013).
Preços de substitutos e complementos: como um exemplo, temos bacon e ovos desempenham um papel complementar na dieta de algumas pessoas. Para eles, o forte aumento do preço do bacon leva não somente uma redução na quantidade de bacon demandada, mas também a uma redução na demanda por ovos. Esses bens são considerados bens complementares, ou seja, utilizados em conjunto: um aumento no preço de um bem diminui a demanda pelo outro. No caso de substitutos próximos, como café e chá, o aumento no preço de um tenderá a aumentar a demanda pelo outro (FRANK, 2013).
Expectativas: As expectativas sobre a renda e os níveis de preço futuros, também afetam as decisões de compra atuais. Alguém que espera uma renda futura mais alta provavelmente gasta mais hoje que outra pessoa idêntica, mais que espera uma renda futura mais baixa, porque, com a expectativa de uma renda futura mais alta, a necessidade de poupar diminui. Da mesma maneira, as pessoas geralmente aceleram suas compras atuais dos bens se houver expectativas de aumento dos preços nos próximos meses (FRANK, 2013).
População: Em geral, o número de pessoas que compram um produto aumenta à medida que o número de compradores potenciais aumenta. Em cidades como com populações em crescimento, por exemplo, a demanda por moradia aumenta todo ano, mas tende a cair em cidades com populações decrescentes (FRANK, 2013).
A figura 1 exibe graficamente alguns fatores que deslocam as curvas de demanda.
Figura 1 Fatores que deslocam as curvas de demanda
A Demanda é fundamentada em algumas teorias, que são:
Teoria do Valor Utilidade: valor de um bem que se forma de acordo com a satisfação que o bem representa para a comunidade. Abrange o valor de uso, que significa a utilidade ou satisfação que o bem representa ao consumidor e o valor de troca, que se forma pelo preço no mercado, pelo encontro da oferta e da demanda do bem ou serviço (VASCONCELLOS, 2002).
Teoria do Valor do Trabalho: Considera que o valor de um bem se forma do lado da oferta, mediante os custos do trabalho incorporado ao bem, do tempo produtivo que é incorporado ao bem depende dos cursos (VASCONCELLOS, 2002).
A quantidade demandada considera variáveis diferentes em relação ao conceito de demanda, abrangendo o preço do próprio bem (efeito substituição e efeito renda) ou a relação de preços de outros bens e serviços (bem substitutos ou concorrentes, bens complementares) (VASCONCELLOS, 2002).
A Curva de Indiferença (CI) é um instrumental gráfico que serve para ilustrar as preferências do consumidor; é o lugar geométrico de pontos que representam diferentes combinações de bens que dão ao consumidor o mesmo nível de utilidade (produtos que deseja construir) (VASCONCELLOS, 2002).
Atrelado à Curva de Indiferença, existe a variável da Restrição Orçamentária, definida como o montante de renda disponível do consumidor, em um dado período de tempo. Ela limita as possibilidades de consumo, condicionando quanto ele pode gastar (produtos que só poderão ser adquiridos de acordo com a restrição orçamentária do consumidor) (VASCONCELLOS, 2002).
2.2 DEMANDA X QUANTIDADE DEMANDADA
A expressão “mudança na demanda” se refere a um deslocamento em toda a curva da demanda, o que diz que, quando o nível de renda médio dos compradores muda, a curva de demanda se desloca. E quando dizemos mudança na quantidade demandada nos referimos a um movimento ao longo da curva de demanda. O mesmo acontece na mudança na oferta e mudança na quantidade ofertada (DORNBUSCH & FISCHER, 1991).
3 OFERTA
Encontramos ainda a definição de oferta, que é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores e vendedores desejam em determinado período. Representa um plano ou intenção de produtores ou vendedores, e não a venda efetiva. As variáveis que afetam a oferta de dado bem ou serviço são: quantidade ofertada do bem, preço do bem, preço dos
fatores e insumos de produção, preço de outros bens, substitutos na produção, objetivos e metas do empresário (VASCONCELLOS, 2002).
A oferta depende do preço, admitindo o coeteris paribus, quanto maior o preço, mais rentável será a sua venda. A oferta também depende do preço dos fatores de produção. Produtos que precisam de muitos fatores de produção são naturalmente mais caros, ao passo que aqueles que empregam poucos fatores de produção terão menor custo e, por isso, maior oferta (WILKER, 2010).
Alterações no preço acarretam variações de lucratividade, relativa da produção e, consequentemente variações nos níveis de ofertas de diferentes mercadorias. Da mesma forma, alterações nos métodos e tecnologias de produção acarretam mudanças na lucratividade e na oferta de produtos e serviços. Além desses fatores, a oferta de um bem pode ser alterada em função do preço dos demais bens produzidos (NICOL, 1989).
A figura 2 exibe graficamente alguns fatores que deslocam as curvas de oferta.
Figura 2
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