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TCC Pos Graduação

Por:   •  21/4/2018  •  4.806 Palavras (20 Páginas)  •  310 Visualizações

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- REFERENCIAL TEÓRICO

- CONTROLADORIA - CONCEITO E ESTRUTURA

A controladoria, enquanto ciência com origem em vários ramos do conhecimento, assume que o processo de gestão ideal deve ser estruturado com base na lógica do processo decisório, contemplando as etapas de planejamento, execução e controle.

A Ciência Contábil consiste em controlar todos os aspectos temporais, ou seja, passado, presente e futuro, e como ciência social estabelece um canal de comunicação entre os entes envolvidos. Sendo que a sua relação com a controladoria é preconizada no momento em que há implantação, desenvolvimento, aplicação e coordenação de todos os mecanismos inerentes à ciência contábil, no contexto interorganizacional (PADOVEZE, 2003).

O teórico Catelli (2001), ressalta que a controladoria enquanto ramo do conhecimento, apoia-se na teoria da contabilidade e em uma visão multidisciplinar, sendo responsável pelo estabelecimento das bases teóricas e conceituais necessárias para a modelagem, construção e manutenção de sistemas de informações e modelo de gestão econômica, que supram de forma adequada as necessidades informativas dos gestores e os induzam durante o processo de gestão, quando requerido, a tomarem decisões eficazes.

Em se tratando das ciências envolvidas no setor de controladoria, há predomínio da contabilidade, porém, como explica Mosimann & Fisch (1999), esta é formada por um conjunto de princípios oriundos da administração, economia, psicologia e estatística. A controladoria deve fazer a monitoração dos efeitos da gestão conforme a seguinte explanação: À controladoria, enquanto órgão integrante da estrutura organizacional das empresas é reservado o papel de monitorar os efeitos dos atos da gestão econômica sobre a empresa, atuando no sentido de que os resultados, medidos segundo conceitos econômicos, sejam otimizados. (CARVALHO, 1995, p. 63 apud CALIJURI, 2004, p. 40).

Torna-se evidente que o objeto da controladoria é fazer com que a atividade da empresa seja medida e avaliada, e com esse resultado acompanhar e comparar com o desempenho das outras empresas do ramo para mostrar aos gestores como seu resultado poderia ser maior e, na seqüência, apontar as devidas correções nas atividades.

Souza e Borinelli (2009, p. 11), definiram a Controladoria como: [...] a Controladoria é um conjunto de conhecimentos que se constituem em bases teóricas e conceituais de ordem operacional, econômica, financeira e patrimonial, relativas ao controle do processo de gestão organizacional. Para Figueiredo & Caggiano (1997), o objetivo da controladoria é garantir informações adequadas ao processo decisório, colaborando com os gestores na busca da eficácia gerencial.

Nesse sentido, de acordo com os ensinamentos de Heckert & Wilson (1963 apud Beuren, 2002), é atribuído à controladoria duas funções básicas: supervisão da contabilidade geral, da contabilidade de custos, da auditoria, dos impostos, dos seguros e das estatísticas; e aplicação da função contábil para a resolução de problemas administrativos futuros. Considerando o segundo item citado anteriormente, é papel da controladoria usar todas as informações contábeis disponíveis como, por exemplo, o desempenho sazonal da empresa, para ajudar na resolução dos problemas futuros que são previstos.

A controladoria, por se tratar de um departamento, tem sua posição no organograma da empresa. Normalmente, a posição de um departamento no organograma indica a importância do mesmo para a administração. Todavia, Mosimann & Fisch (1999) abordam que vários autores classificam a controladoria como um órgão de staff, porque esta presta uma assessoria no controle das áreas da empresa, já que cada gestor controla sua área e se responsabiliza por esta. Há ainda autores que a elevam ao cargo na estrutura de linha devido ao profissional da controladoria tomar decisões quanto à aceitação de planos sob o ponto de vista econômico, permanecendo no nível da diretoria ou cúpula administrativa.

Entende-se que a Controladoria não diz respeito somente ao sistema contábil das organizações, mas sim a todo o processo de gestão, desde o planejamento, até o controle, disponibilizando desta forma, um fluxo de informações necessárias ao cumprimento da missão e da continuidade da empresa, objetivando com isto a otimização de resultados.

Logo, a Controladoria tende dedicar-se à gestão da empresa buscando o enriquecimento de dados através da análise do controller, para que os resultados sejam alcançados de maneira adequada para a confiabilidade dos gestores.

- A CONTROLADORIA E O CONTROLLER

A Controladoria é na atualidade uma importante ferramenta administrativa, utilizada para a tomada de decisão nas modernas organizações. Com o surgimento, desenvolvimento das civilizações e a ascensão industrial a Contabilidade Gerencial passou a ter maior importância devido ao aparecimento das grandes empresas comerciais e industriais, e como resultado do advento da globalização, a partir dos anos 90. Na atual dinâmica da economia mundial, as empresas são obrigadas a estar sempre em compasso de mudança.

Nesse contexto, a Controladoria tem um papel importante dentro das organizações, gerando informações confiáveis, supervisionando os setores de contabilidade, finanças, administração, informática e recursos humanos, auxiliando a tomada de decisões, que envolvem a todos, e principalmente, monitorar constantemente as mudanças tecnológicas, de mercado, de sistemas de gestão, apontando os melhores caminhos a serem seguidos pelas empresas.

A Controladoria envolve procedimentos de várias áreas na procura de melhor embasar os administradores no processo de tomada de decisão, na busca do melhor para o futuro da organização.

A Revolução Industrial foi um grande marco para as ciências Administrativa e Contábil, promovendo mudanças importantes no seio das organizações, que a partir de então, se viram frente à necessidade de um controle mais amplo e efetivo de seus negócios.

No início do século XX, surge o controller. Profissional que nasce dentro da evolução administrativa das grandes corporações americanas, como executivos de confiança, bem como proprietários e acionistas majoritários, normalmente dirigentes de organizações. Entende-se que originalmente tinha como responsabilidade realizar um rígido controle de todos os negócios das filiais localizadas dentro ou fora dos EUA. Já no Brasil, essa função só se desenvolveu com a instalação

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