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O RISCO EM AUDITORIA

Por:   •  25/5/2018  •  2.233 Palavras (9 Páginas)  •  388 Visualizações

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(ii) Oportunidade - Resulta de condições ou situações que permitiriam a uma pessoa cometer fraudes. A falta de supervisão suficiente do conselho pode permitir que a administração manipule inapropriadamente os ganhos relatados para alcançar as previsões dos analistas. Alternativamente, a falta de monitoramento adequado ou segregação de deveres pode permitir que um empregado desfalque fundos.

(iii) Atitude ou caráter - É o que permite a uma pessoa racionalizar o ato de fraude. Em suma, um indivíduo que é capaz de racionalizar o ganho pessoal à custa dos outros é susceptível de cometer fraude quando o incentivo e oportunidade existem.

As avaliações dos auditores sobre o risco de atitude são significamente menores no cenário de decomposição e as avaliações de risco de atitudes mais baixas levam a uma menor avaliação geral do risco de fraude, mesmo após o controle do impacto das avaliações de risco de oportunidade e de incentivo. Esta explicação final coloca preocupações para os auditores que têm opiniões bem estabelecidas sobre a alta integridade da administração, porque uma abordagem de decomposição pode focar os auditores ainda mais sobre essa percepção de integridade e compensar quaisquer preocupações levantadas por uma maior sensibilidade a oportunidades de alto risco e sugestões de incentivos (WILKS e ZIMBELMAN, 2004).

Por fim, conclui-se que no processo de análise de risco realizada pelos auditores independentes não se pode confiar plenamente na integridade da alta administração da entidade pelos aspectos anteriormente expostos, a fim de não comprometer a avaliação geral do risco de fraude.

Figura 1 – Percepção da integridade no cenário de decomposição

[pic 1]

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017.

2. Avaliação de riscos nos controles internos

A estrutura de um controle interno tem geralmente cinco componentes, conforme entendimento do COSO - Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission e AICPA - American Institute of Certified Public Accountants:

(i) Ambiente de controle – Compreende as atitudes dos gestores, suas crenças e valores quanto à importância do sistema de controle interno para a entidade, influenciando e embasando os demais componentes que nele operam;

(ii) Avaliação de riscos – Atividades desenvolvidas pela entidade para a identificação, análise e administração dos riscos que possam causar impactos relevante na entidade de modo geral;

(iii) Atividade de controle – Conjunto de políticas e procedimentos que propiciem condições de assegurar as diretrizes estabelecidas pela administração;

(iv) Informação e comunicação – Métodos e registros para identificar, reunir, analisar e classificar tempestivamente as transações da entidade;

(v) Monitoração – Processos que avaliam a qualidade do desempenho dos controles internos ao longo do tempo.

Ao direcionar-se especificamente ao modelo conceitual de avaliação de riscos, definem-se as chamadas Classes de riscos e seus respectivos fatores, conforme Antunes (2006):

Quadro 1 – Classes de riscos e fatores de riscos

[pic 2]

Fonte: Antunes (2006)

Ainda conforme o mesmo autor, para a avaliação dos Fatores de riscos anteriormente citados, foi identificado os principais elementos que os compõem e que podem ser mensurados em uma escala numérica, quanto ao entendimento a determinados atributos.

Quadro 2 – Fatores de riscos e elementos de avaliação

FATORES DE RISCO

ELEMENTOS DE AVALIAÇÃO

Integridade e valores éticos

Comunicação dos valores e do código de ética da entidade.

Fornecimento de orientação moral para todos os colaboradores.

Eliminação de incentivos e tentações para atos ilegais, antiéticos e desonestos.

Comprometimento com competência

Conhecimentos e habilidades necessários para a competência exigida.

Treinamento dos funcionários para desenvolvimentos das funções.

Experiência necessária para a execução das tarefas.

Políticas e práticas de Recursos humanos

Políticas de recrutamento e seleção adequadas para contratar funcionários.

Orientação sobre a cultura da organização, papéis e responsabilidades.

Processo de avaliação de desempenho para promoções e remunerações.

Filosofia e Estilo Operacional da Administração

Forma de assunção e monitoramento dos riscos dos negócios.

Forma de tratamento dispensado aos principais executivos da entidade.

Atitudes para com as pessoas das áreas de informática e contabilidade

Postura para Informações Contábeis

Escolha conservadora ou agressiva dos princípios contábeis.

Processo de determinação de estimativas contábeis.

Atitudes e ações para o processo de elaboração de demonstrações contábeis.

Conselho de Administração e Comitê de Auditoria

Independência em relação à diretoria, experiência e estatura empresarial.

Envolvimento com atividades estratégicas e adequação de ações.

Natureza e extensão da integração com os auditores internos e independentes.

Atribuição de Autoridade e Responsabilidade

Definição da maneira como, e a quem, atribuir autoridade e responsabilidade.

Atribuição

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