DEPTO. DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRATIVAS – DCCA
Por: Renata Borges • 29/10/2019 • Resenha • 1.173 Palavras (5 Páginas) • 776 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS – CCHL
DEPTO. DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRATIVAS – DCCA
- CURSO: BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL
PROF.º: CARLOS CÉSAR DE ALMEIDA CAMPELO
ALUNA: RENATA BORGES LOPES
- Quais são os problemas éticos desse caso?
Os problemas éticos surgem de várias fontes: presidente, diretor financeiro, gerente financeiro e da própria contadora. A presidente, Nely, realizou pressão psicológica para que a contadora não divulgasse o seu parecer; irá embasar seu depoimento, na Comissão Ambiental da Câmara dos Deputados, em um relatório que possui dados superdimensionados e além de não está preocupada com a poluição ambiental que a empresa está causando.
Quanto ao diretor financeiro, concordou com a preparação de um relatório inverídico feito por seu subordinado, além de pressionar a contadora para que concordasse com uma situação indevida, a relembrando todos os benefícios que a empresa fez em seu favor (promoção e investimento no curso de pós-graduação) e, assim, a coagindo a não divulgar o seu parecer sobre o relatório. E o gerente financeiro tornou-se antiético quando preparou um relatório com informações de dados sem fundamento.
Por fim, a contadora infringe o código de ética ao apoderar-se de um documento de forma indevida e que não era de sua responsabilidade e ao aceitar o posicionamento de seus superiores, uma que vez que não conseguiu convencê-los.
- Deve Virgínia divulgar o conteúdo do relatório e seu Parecer sobre o mesmo?
Baseado no estudo de caso, a forma como Virgínia obteve o relatório não foi correta, pois ela apoderou-se de um documento que estava sobre a mesa do gerente financeiro sem pedir permissão. Porém, dado que a mesma tomou conhecimento de tal relatório, sua atitude deve seguir os deveres de um contador, segundo a Norma Brasileira de Contabilidade de 7 de fevereiro de 2019, que são: “(c) guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Federal e Regional de Contabilidade” e “(d) Informar a quem de direito, obrigatoriamente, fatos que conheça e que considere em condições de exercer efeito sobre o objeto do trabalho, respeitado o disposto na alínea (c) deste item”.
Portanto, acredita-se que a contadora deveria agir da seguinte maneira:
- Preparar um relatório para a Presidente, para o Diretor Financeiro e para o Gerente Financeiro, descrevendo a forma que o relatório foi obtido, o seu conteúdo e as análises e seus pontos de vista. Bem como, informa-los do risco que a empresa está correndo;
- Neste relatório, ela deveria solicitar esclarecimento sobre os pontos com os quais não concorda;
- Caso suas dúvidas não fossem dirimidas, poderia pedir novas explicações;
- Permanecendo as divergências de posições entre empresa e funcionário, deveria pedir seu desligamento para resguardar sua integridade como profissional, conforme a alínea “(k) renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do cliente ou empregador e vice-versa, a quem deve notificar por escrito, respeitando os prazos estabelecidos em contrato.
- O fato de a Verdejante ter custeado as despesas com os estudos de pós-graduação de Virgínia influiu nas relações profissionais dela com a empresa? Se influenciou, em que sentido?
De um lado, dado o último diálogo da Presidente Nery: “... Investimos bastante em você.”, percebe-se que a mesma realiza uma espécie de cobrança em função do investimento que a empresa fez na funcionária. Ou seja, a presidência acredita que a funcionária tem uma dívida com a empresa, que lhe proporcionou uma melhoria socioeconômica. Desta forma, Nely se sente no direito de cobrar um posicionamento favorável da funcionária com relação a qualquer decisão.
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