Ava - Desenvolvimento Econômico
Por: eduardamaia17 • 3/3/2018 • 2.153 Palavras (9 Páginas) • 403 Visualizações
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A balança comercial perde seu amplo superávit devido ao aumento das importações. Estas cresceram porque os gestores de política econômica concediam prioridade à importação de bens necessários à manutenção de uma taxa que consideravam razoável de expansão do PIB. Mesmo assim, a importação de bens de capital para uso industrial manteve-se em 80-90% dos níveis pré-depressão. O café começa a perder importância relativa nas exportações, e crescem as vendas de algodão.
O Estado Novo (1937-1945): O Estado Novo é implantado em novembro de 1937, sendo fruto de tendências com mais de dez anos, como a inexistência de partidos com estrutura nacional e a desestruturação das forças que viabilizaram a revolução de 1930. Reverte-se a descentralização da República Velha à centralização do ditador Vargas.
Após o golpe, o governo centraliza o câmbio com base em uma taxa única desvalorizada (sistema semelhante ao adotado em 1931-34). Tal política foi devido ao aumento das importações (+ 40% em valor entre 1936-37) e pela decisão de abandonar parcialmente a política de sustentação dos preços do café, o que iria reduzir o ingresso de divisas e mostrar que, ao contrário do que se acreditava, a elasticidade preço da demanda de café era elástica no curto prazo: os preços caíram 25% e a demanda aumentou 40%. Para reduzir as importações o governo também fez uso dos controles de importações.
Até 1937, o governo tinha como um de seus objetivos de política econômica adquirir divisas suficientes para pagar seus compromissos financeiros. Para alcançá-lo, eram adotados regimes de controle cambial e de importações. A partir do golpe, passava a haver contradições entre os programas de investimentos públicos e os pagamentos da dívida, e o governo os suspende em 1937.
Os EUA eram generosos em suas relações com o país devido a seus interesses políticos e econômicos de longo prazo. Nesse clima o Brasil envia, em 1939, a missão Aranha, com uma ampla agenda de negociação. No final foi renegociada a dívida externa (o Brasil pagaria cerca de metade do que havia sido acertado no acordo de 1934) e o país recebeu US$ 19,2 milhões para descongelar os atrasados comerciais e financeiros americanos no país.
Em contrapartida, Aranha se comprometeu a adotar uma política cambial liberal, retomar o pagamento da dívida e reduzir o comércio com a Alemanha. O Brasil cumpre todos os itens acordados. (Em 1943 haveria nova negociação, na qual é fixada escala de pagamentos mais compatível com as possibilidades de pagamento do Brasil).
A política cambial adotada: haveria duas taxas de câmbio. As cambiais geradas pela exportação eram liberadas 70% para o mercado “livre,” que deveria suprir as divisas para importação. Os 30% restantes eram vendidos compulsoriamente ao Banco do Brasil à taxa oficial de câmbio (mais favorável ao governo que a livre), para pagamento dos compromissos oficiais em moeda estrangeira. Mais tarde foi criada a taxa “livre especial,” para transações financeiras privadas, mais depreciada que a taxa livre.
Com o início da guerra, o país perde grande parte do mercado europeu, o que reduziu bruscamente o saldo da balança comercial justamente quando o Brasil tinha mais compromissos, com pagamento da dívida e regularização das remessas de lucro. A balança se recupera em 1941 devido a diversas ações dos aliados e a novos mercados conquistados.
Havia dificuldades para importar, pois os EUA e a Inglaterra estavam em esforço de guerra. Isso possibilitou maior incentivo à indústria nacional ao mesmo tempo em que reduziu as importações de bens de capital necessários à expansão da indústria.
As políticas monetária, fiscal e creditícia tornam-se expansionistas no período. A política monetária, que havia sido moderadamente apertada entre 1938-39, passa a ser expansionista a partir de 1940. O financiamento do déficit, que era feito com títulos até 1941, passa a ser feito por emissões. A partir de 1942, os empréstimos do Banco do Brasil crescem 20%. Com tudo isso a inflação cresce, ficando entre 15 a 20% ao ano, ao passo que, a partir de 1942, o crescimento industrial acelera, acumula-se reservas e há ingresso de capitais americanos. O PIB também se recupera.
Aumenta a dependência comercial brasileira dos EUA ao mesmo tempo em que este país, ao ver próxima a vitória na guerra e não encontrar mais grande necessidade de dar maiores incentivos econômicos à América Latina para obter apoio político, endurece as relações com o Brasil, gerando atritos freqüentes.
Mas a decisão dos EUA de fornecer crédito e materiais para a construção de Volta Redonda já havia sido tomada, devido principalmente aos objetivos políticos estratégicos de fortalecer o Brasil em relação à Argentina. Os investimentos diretos americanos no Brasil, entre 1936 a 1940, crescem significativamente, de US$ 194 milhões para US$ 240 milhões.
A política brasileira em relação ao capital estrangeiro, durante a década de 30, foi às vezes “radical” no discurso nacionalista e em algumas leis. Porém, na prática esse radicalismo foi muito atenuado no que se refere à grande maioria das indústrias, exceção feita à energia elétrica e serviços de utilidade pública em geral.
Ao se aproximar o final da guerra, os EUA procuraram uma solução liberal para a política brasileira, visando eliminar a contradição existente entre um governo ditatorial apoiando o esforço aliado. Com o apoio americano a ditadura se desestabiliza e Vargas acaba deposto logo após o final da guerra. O novo governo se mostrou mais disposto a honrar os compromissos com os EUA, que passou a ter hegemonia sobre o Brasil por um longo período, coroando sua política, desde os anos 30, de ceder no curto prazo para ganhar no longo prazo.
Era JK
O Governo JK foi um governo extremamente modernizador em desenvolvimentista.
Em 1956 é criado o Conselho de Desenvolvimento, encarregado de traçar a estratégia de desenvolvimento para o país. No final de 1956 ele formulou um plano, baseado nos programas do grupo CEPAL-BNDE, que atacava diversos objetivos e problemas setoriais, o Plano de Metas (PM).
As conseqüências do PM foram contraditórias.
Pontos favoráveis do PM: Trouxe grande desenvolvimento, com o crescimento do setor industrial, sua modernização e a implantação de novos ramos, a estrutura econômica modificou-se rapidamente,lançou as bases para atender aos problemas de infra-estrutura, tanto imediatas quanto futuras, a construção
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