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A Fraude Contábil na WorldCom

Por:   •  28/11/2018  •  1.082 Palavras (5 Páginas)  •  353 Visualizações

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1) Reversão de provisionamento e;

2) Capitalização das despesas com linhas em 2001 e 2002.

Na contabilidade da WorldCom os custos da empresa eram estimados pelos custos mensais por linhas. Considerando que os custos dessas linhas não vinham no mês, vinham meses depois e por isso eram pagas também meses depois. Para isso, os valores eram provisionados no passivo da empresa para futuro lançamento como pagamento ao proprietário da linha. Caso as contas fossem menores do que o provisionado, a WorldCom poderia reverter esse provisionamento justificando haver uma redução nas despesas com linha e este valor seria lançado no Demonstrativo de Resultados, justificando assim suas receitas altas e despesas baixas na proporção 42%. Quando os provisionamentos haviam reduzidos a quase “zero” uma outra manobra contábil para justificar a relação Despesa/Receita da empresa em 42%, a WorldCom começou a capitalizar as despesas, (os custos de linhas passaram a ser tratados como gastos de capital e não como custos operacionais). Em 2001, Sullivan decidiu reconhecer que as despesas com a capacidade de rede não utilizada deveriam ser contas do ativo e nomeou um lançamento como o nome “Construção em andamento”. E os gerentes de Sullivan foram ordenados a capitalizar $771 milhões como despesas em construção em andamento e a seguir estornassem $227 milhões do montante capitalizado e $227 milhões de provisionamento de passivos relativos a cabos oceânicos. No relatório trimestral em abril de 2001, novamente a empresa se supera com 42% a relação de Despesa/Receita. Alguns contadores da empresa a princípio não concordaram com esses lançamentos e foram ameaçados de demissão. Na WorldCom existiam duas empresas de auditoria, uma interna e outra externa. Apesar das informações propositalmente tenham sido ocultadas da auditoria interna dirigida por Cynthia Cooper, foi responsável pela descoberta das fraudes. Enquanto a auditoria externa comandada por Arthur Andersen fez vista grossa aos fatos ocorridos na empresa e deixou passar o montante de fraudes nesta empresa, pois tinha receio de prejudicar o relacionamento com a sua maior cliente WorldCom. O conselho administrativo não avaliava fatos importantes, mas fatos superficiais em suas curtas análises realizadas durante as reuniões, se mantendo “distante e alheio ao funcionamento da companhia”. Em junho de 2002 a WorldCom finalmente anunciava que seus lucros aumentaram durante os últimos quatro trimestres. Suas ações foram suspensas da Nasdaq. E o rating de credito foi rebaixado pela Standard & Poor’s. Todos os responsáveis pela fraude sofreram severas consequências, alguns foram presos e outros tiveram seus bens confiscado pela justiça.

Referência: Texto PRG-Schultz International – Disponível na Biblioteca da Faculdade.

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