A Caracterização do Objecto de Estudo
Por: silvio • 2/10/2018 • Monografia • 15.727 Palavras (63 Páginas) • 372 Visualizações
Capítulo I
- Caracterização do Objecto de Estudo
A presente monografia possui como objecto de estudo " O Impacto do Controlo de Tesouraria para o Processo de Tomada de Decisões de Gestão nas PME’s, Estudo de Caso, Empresa Emose, Cidade de Quelimane no Período de 2013 - 2014", visando fundamentalmente a demonstração da importância do controlo interno para levantamento dos dados que possibilite a geração de informações necessárias para aprimorar e controlar a administração da empresa garantindo eficácia e eficiência operacional, bem assim, o papel que os seus princípios e normas desempenham tanto para o trabalho de auditoria como para o processo de tomada de decisões de gestão.
O crescimento constante das pequenas e médias empresas, na sua actividade económica, dificulta o controlo dos seus diversos sectores. Portanto, faz-se necessário o uso de mecanismos que possam auxiliar no controle e fiscalização desses sectores, proporcionando um controle que poderá resultar em maior grau de eficiência e eficácia das empresas. A função do controlo está directamente relacionada com as demais funções do processo administrativo. O planeamento, a organização e a direcção repercutem intensamente nas actividades de controlo da acção empresarial, propiciando a mensuração e a avaliação dos resultados dessa acção, obtidas por meio do planeamento, da organização e da direcção.
Vale ressaltar a importância dos sectores, com processos ligados às finanças da empresa estudada, especialmente o sector de Tesouraria. Portanto, faz-se necessário o uso de mecanismos que possam auxiliar no controle e fiscalização desses sectores, proporcionando um domínio que poderá resultar maior grau de eficiência e eficácia das empresas.
Nesse contexto, a implantação de um sistema de controlo interno fornece às empresas uma melhoria considerável nos níveis de segurança de suas rotinas administrativas e financeiras. O controlo interno tem como objectivo proteger os activos da empresa e o seu património e produzir dados contabilísticos confiáveis, para ajudar na condução dos negócios e a tomada de decisão da empresa.
Assim, garantindo a confiabilidade e precisão das informações, o controlo interno é uma importante ferramenta que pode auxiliar de forma decisiva a gestão dos negócios num ambiente empresarial dependente de informação rápida e precisa.
A relevância do controlo interno no sector de tesouraria pode ser observada pelas consequências advindas da falta desse comando, em tão importante sector para a saúde financeira da organização. O objectivo desta pesquisa é evidenciar as acções do controlo interno no Sector de Tesouraria, para a saúde financeira da empresa Emose, Delegação de Quelimane.
Criada por Decreto-Lei Nº. 3/77 de 13 de Janeiro, com a designação de EMOSE - Empresa Moçambicana de Seguros, E.E., dotada de personalidade jurídica, autonomia financeira, com a natureza de empresa pública, dependendo directamente do Ministério das Finanças, resultou da fusão de três ex-Companhias de Seguros nomeadamente, Companhia de Seguros Nauticus, S.A.R.L., Companhia de Seguros Lusitana, S.A.R.L. e Companhia de Seguros Tranquilidade de Moçambique, S.A.R.L., cujas carteiras de seguros e reservas respectivas, bem como todos os seus valores activos e passivos foram nela integrados, com efeitos a 1 de Janeiro de 1977, data em que, simultaneamente, cessaram as suas funções as ex-companhias, e a nova empresa iniciou a sua actividade, tornando-se na maior e única companhia de seguros na então República Popular de Moçambique, com um capital social de 150.000.000,00 MT, inteiramente subscrito pelo Estado Moçambicano.
A EMOSE - Empresa Moçambicana de Seguros, E.E., deteve o monopólio da actividade seguradora até o ano de 1991, altura em que se liberalizou o sector de seguros na República de Moçambique (Lei 24/91 de 31 de Dezembro), embora o surgimento das primeiras seguradoras privadas se tenha verificado a partir do ano de 1995.
Em 1998, é transformada em EMOSE, S.a.r.l., ao abrigo do Decreto 50/98, com o capital social de 157.000.000,00 meticais, integralmente subscrito e realizado, retendo 80% o Estado e 20% os Trabalhadores, encontrando-se representado por 1.570.000 acções de 100 meticais cada uma.
Nesse mesmo ano torna-se Membro fundador da AMS – Associação Moçambicana de Seguradores.
O ano de 2006 ficou marcado por dois acontecimentos de maior importância. A comemoração dos 30 anos de história da EMOSE e a criação da IMENSIS – Sociedade de Gestão de Empreendimentos Imobiliários, Lda., em parceria com a Visabeira.
A EMOSE tem como missão proteger e gerar riqueza para as pessoas e organizações, com vontade e qualidade dos seus parceiros e colaboradores. Como visão, liderar os mercados dentro de uma postura de renovação, integração de negócios e crescimento sólido, tornando-se numa preferência pela excelência dos seus serviços.
Capítulo II
2. Fundamentação Teórica
Nesse capítulo são abordadas teorias de diversos autores e obras sobre o que é o controlo interno do departamento financeiro de uma empresa do ramo segurador, no caso presente a Emose, Delegação de Quelimane. Dentro do controlo interno serão apresentadas definições de controle interno, sua importância, objectivos e princípios fundamentais, bem como a preponderância que esta actividade possui para a auditoria interna. E finalmente, apontam-se especificamente os sectores de contas a receber, contas a pagar e caixa e bancos.
2.1. O Controlo Interno
2.1.1. Conceito e Características
Dentro de uma empresa, onde se busca o crescimento e a maximização dos lucros, é necessário que todas as actividades e sectores estejam integrados e que os sócios ou gestores, possam ter acesso e confiança nas informações geradas.
Para que isso ocorra é imprescindível que haja controlo. Conhecer a realidade da empresa, verificando os problemas encontrados é apenas o primeiro passo para que se tenha um melhor controlo das informações.
O Controlo é uma ferramenta capaz de levar o gestor a alcançar seus objectivos, tendo através dele, o conhecimento necessário sobre como melhorar e conduzir as estratégias da empresa, sabendo quais são os procedimentos a adoptar para atingir os seus objectivos.
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