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Trabalho de Valuation Hering

Por:   •  30/7/2018  •  1.880 Palavras (8 Páginas)  •  346 Visualizações

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em mais de 35 países, 9 fábricas e valor de mercado de R$5,8 bilhões em 2011. Mais de 4500 funcionários e a soma de 638 franquias até 2012. Atua na Indústria Têxtil com principais produtos: camisetas, moletons, pijamas, cuecas e meias. Engloba as marcas Hering, Hering Kids, PUC e Dzarm. A localização das franquias se dá em maioria – aproximadamente 80% - em shopping centers.

Segundo relatório de auditores independentes, as vendas brutas da Cia Hering totalizaram R$1.793,7 milhões em 2012 apresentando crescimento total de 8,7%.

O Diretor-presidente da companhia, Fábio Hering, é CEO desde 1998 e associa o trabalho árduo ao sucesso de uma empresa extremamente caracterizada pela sucessão familiar. Ele declarou para a Época Negócios “Para mim, não tem meio-termo. Ou você está comprometido com o trabalho ou não está” e ainda completa afirmando que olha para o próximo sucessor como alguém competente para assumir o cargo, sendo da família ou não.

2. O setor

A indústria têxtil e de confecção é um dos mais importantes setores da economia nacional, tanto na geração de empregos, quanto no valor de sua produção. Este setor é responsável por 17,5% do PIB da indústria de transformação nacional e por cerca de 3,5% de todo o PIB do Brasil. Toda a cadeia produtiva soma um total de aproximadamente 30 mil empresas, movimentando US$ 46 bilhões/ano e empregando 1,65 milhão de trabalhadores. (ABIT)

A indústria têxtil e de confecção brasileira pode ser comparada aos melhores e maiores produtores mundiais. Está colocada em 8º lugar dentre os principais países produtores de têxteis e em 7º na produção de confeccionados. (SEBRAE)

De 1990 a 2005, o consumo mundial de fibras têxteis e confeccionados registrou considerável crescimento no período examinado, chegando em 2005 a 453 bilhões de dólares. (SEBRAE)

O Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) e a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX) apresentaram um estudo sobre os canais de varejo de vestuário no Brasil (REDES, 2012). O estudo apontou que, em 2011, 14,9% do consumo de vestuário no Brasil foi realizado pelas classes A1 e A2 e outros 79,3% pelas classes B1, B2 e C, e 5,8% pela classe D, o que evidencia a ascensão econômica do consumidor brasileiro. O estudo mostrou ainda que os consumidores de baixa renda buscam inclusão social com suas experiências de compras enquanto os de renda alta desejam exclusividade. (SEBRAE)

A expectativa era de que em 2012 o varejo de vestuário seja de R$ 160,5 bilhões, o que representa uma alta de 7% em relação a 2011. Até 2022, a proposta é triplicar o varejo têxtil. Em termos de volume, em 2011, o varejo comercializou no Brasil aproximadamente 6,6 bilhões de peças. Nos anos anteriores, apenas 5,4 bilhões.

De acordo com uma reportagem publicada na página de Comércio e Serviço da seção de Economia do jornal online IG, com o crescimento da classe média, maior percepção de moda e um mercado de shopping centers em expansão, o Brasil é o quinto país mais atrativo para varejo de roupas. O país é o maior mercado de vestuário da América do Sul, com US$ 42 bilhões em vendas, três vezes mais que o México, nono colocado no ranking, com US$ 14 bilhões.

Apesar do cenário, a concorrência tem ficado cada vez maior e feito as empresas buscarem segmentação de nichos, entre outras estratégias. Além dos tradicionais players do mercado de vestuário, nos últimos cinco anos tem havido forte movimentação de supermercados e lojas de departamentos no segmento, que antes focavam as operações apenas em bens não duráveis, como alimentos, e bens duráveis, como os de linha branca.

Empresas como Magazine Luiza, Pernambucanas e outros grandes nomes do varejo de eletroeletrônicos têm reformulado as suas operações para incluir em seu portfólio roupas, sapatos e acessórios. Tudo para atender a demanda do novo poder de compra das classes D e C.

Os hipermercados não ficaram de fora deste nicho, tanto que, ainda segundo pesquisa do IEMI, em conjunto com a ABVTEX, essas operações representaram em 2011 8% do setor responsável por movimentar na economia brasileira em torno de R$ 150 bilhões. Anteriormente este índice estava na casa dos 7%, e de 2007 a 2011 teve incremento de 35,5% em volume de vendas. (SEBRAE)

Consumo:

Existem cinco tipos de canais de vendas de vestuário no varejo brasileiro, são eles:

Hipermercados;

Lojas independentes – multimarcas (butiques, lojas de bairro);

Loja de departamentos especializados (lojas com foco em moda, redes de grande superfície);

Lojas de departamentos não especializados (lojas de grande superfície, cujo foco de venda não se restringe ao vestuário);

Redes de pequenas lojas (monomorfas ou multimarcas, franquias, ou lojas próprias).

O varejo brasileiro do setor de vestuário passará por grandes transformações nos próximos anos. De um lado, novas oportunidades surgirão com o amadurecimento do mercado de consumidores.

As empresas já estabelecidas no Brasil conhecem o consumidor, suas preferências e características culturais, o que oportuniza o desenvolvimento de produtos ajustados à realidade brasileira. Por outro lado, a entrada de um volume significativo de redes varejistas no Brasil exige que o empresário de moda defina claramente sua estratégia de atuação que deverão fortemente alinhadas com a classe econômica que se pretende atingir e sinérgicas aos canais de venda. Por exemplo, os hipermercados se apresentam como potenciais canais para moda íntima e para produtos voltados às classes de consumo mais baixa.

Já as grandes redes se apresentam para as classes C e B, e permitem o fortalecimento de marcas nacionais.

Outro ponto importante compreendido é o desenvolvimento de novas formas de aproximação com o cliente, entendendo que as lojas físicas se transformarão em ambientes de experimentação e não necessariamente em consolidação das vendas.

Isso requer o entendimento do comportamento de compras dos consumidores que se pretende atingir, percebendo que é necessário o desenvolvimento de novos canais de vendas ajustados as novas tecnologias, as quais os potenciais clientes têm acesso.

Com isso em mente, percebe-se uma alteração na maneira em que o brasileiro passou a se vestir nos últimos anos. Conforme a pesquisa do IEME, anos atrás era comum ver um número expressivo de pessoas vestidas de um jeito mais formal.

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