OLIMPÍADAS 2016 - INVESTIMENTO/RETORNO
Por: Hugo.bassi • 13/3/2018 • 3.688 Palavras (15 Páginas) • 325 Visualizações
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Além do investimento direto de R$ 22,46 bilhões para garantir infraestrutura e organização, a realização da competição deve acarretar em R$ 112,79 bilhões adicionais, considerando os impactos provocados em inúmeros setores interligados, em um efeito dominó com uma série de desdobramentos econômico-sociais.
Segundo o estudo, serão gerados 3,63 milhões de empregos por ano e R$ 63,48 bilhões de renda para a população, impulsionando o consumo interno.
A arrecadação também vai ser beneficiada, com um adicional de R$ 18,13 bilhões para reforçar cofres públicos.
O impacto direto sobre o PIB no período 2010-2014 é de R$ 64,5 bilhões - valor que corresponde a 2,17% do valor estimado do PIB para 2010, de R$ 2,9 trilhões.
- Setores
Os setores mais beneficiados pela Copa do Mundo no Brasil serão os de construção civil, alimentos e bebidas, serviços prestados às empresas, serviços de utilidade pública (eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana) e serviços de informação.
No total, essas áreas deverão observar um incremento da produção de R$ 50,18 bilhões.
Do total de R$ 29,6 bilhões que correspondem aos gastos estimados relacionados à Copa (incluindo despesas de visitantes), R$ 12,5 bilhões terão como origem o setor público (42%) e
R$ 17,16% bilhões serão provenientes do setor privado (58%).
O investimento para equacionar os principais gargalos estruturais, como a limitação dos aeroportos, deve favorecer também o fluxo turístico.
A perspectiva é de que o número de visitantes internacionais para o Brasil pode crescer 79% até a Copa, podendo ter impacto superior nos anos seguintes.
O estudo aponta que, no período 2010-2014, o número de turistas internacionais deve crescer em 2,98 milhões de pessoas.
"O incremento do turismo traz consigo uma entrada significativa de recursos, que acabam se distribuindo entre os setores de hotelaria, transporte, comunicações, cultura, lazer e varejo", explica José Carlos Pinto, sócio de assessoria da Ernst & Young.
A estimativa é de que só o fluxo induzido pela Copa do Mundo seria responsável por receitas adicionais de até R$ 5,94 bilhões.
As 12 cidades-sede receberão investimentos de infraestrutura da ordem de R$ 14,54 bilhões, que vão muito além da construção ou modernização dos estádios, com significativa influência sobre os PIBs municipais.
Só na reurbanização e embelezamento das cidades, os gastos estão estimados em R$ 2,84 bilhões.
Há ainda investimentos representativos na base de tecnologia de informação em cada cidade, em mídia e publicidade, segurança pública, na expansão e adequação de complexos hoteleiros, soluções de mobilidade urbana e instalação de "fanparks", isto é, grandes parques transformados em espaços de lazer para quem não vai acompanhar os jogos no estádio.
O estudo mostra também que o evento vai beneficiar milhares de micro, pequenas, médias e grandes empresas dos setores industrial, comercial e serviços.
São pelo menos 11 setores listados em que há um contingente expressivo de micro e pequenas empresas, assim como médias e grandes, que serão diretamente atingidas pela Copa - o total estimado é de quase R$ 3 bilhões.
- Metodologia
A pesquisa buscou contabilizar todos os efeitos multiplicadores da Copa do Mundo.
O modelo utilizado representa a economia brasileira por meio de 55 atividades econômicas, 110 categorias de produtos e 10 perfis de renda/consumo da população, o que permite estimar os benefícios totais (diretos, indiretos e induzidos) das atividades relacionadas à Copa sobre a produção nacional, emprego, renda, consumo e arrecadação tributária.
OLIMPÍADAS 2016
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) prevê, atualmente, que serão necessários investimentos de cerca de R$ 30 bilhões para a construção dos estádios e a execução de toda a infraestrutura necessários para a realização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. As autoridades prometem fiscalizar os gastos. Nos Jogos Pan-Americanos de 2007, a previsão orçamentária ficou bem abaixo dos custos reais - e o legado foi quase nulo.
Ainda hoje, em Copenhague, será realizada a primeira reunião entre os dois coordenadores da campanha, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, e o secretário geral da candidatura, Carlos Osório, com executivos do COI. O objetivo: definir o cronograma de trabalho.
O primeiro desafio é criar o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016, uma entidade que nascerá das mãos de Nuzman e Osório, mas que, em seu ápice, chegará a empregar mais de 5 mil pessoas.
COPA 2014, OLIMPÍADAS 2016, BRASIL 2017
Em artigo, José Roberto Bernasconi defende o legado que o país não pode perder Presidente nacional do Sinaenco, José Roberto Bernasconi não tem poupado esforços para defender a realização dos grandes eventos esportivos no Brasil. Foi assim com a Copa de 2014 e também agora com o Rio 2016. Neste artigo o engenheiro reitera a necessidade de o país aprender a planejar com antecedência e colher o legado que Copa e Olimpíadas podem trazer ao Brasil
O Rio de Janeiro foi escolhido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) hoje, 2/10, em Copenhague, Dinamarca, como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Essa conquista, é necessário dizer, deve-se em grande parte ao trabalho superprofissional de relações públicas desenvolvido há mais de dois anos pelas autoridades brasileiras, especialmente aquelas ligadas ao esporte (Ministério do Esporte, Comitê Olímpico Brasileiro e Itamaraty), com o presidente Lula à frente, juntamente com o governo do estado e da capital. Às justas comemorações pela conquista da primeira Olimpíada a ser realizada na América do Sul, porém, somam-se as necessárias ações que precisam ser realizadas a fim de que o evento marque uma virada na capital carioca e deixe um legado positivo, para seus habitantes, para o incremento do turismo e ao país.
Entre essas ações, o planejamento é o fator essencial para a realização bem-sucedida dos Jogos Olímpicos 2016, a exemplo
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