Indignaivos - Sociologia
Por: Rodrigo.Claudino • 18/1/2018 • 1.253 Palavras (6 Páginas) • 315 Visualizações
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Para que haja a mudança, é necessária a ação de indivíduos para sua efetividade. A mudança é necessário para gerar essa desorganização social e viabilizar o rearranjo das relações sociais.
Nos movimentos ao redor do mundo podemos observar o comportamento coletivo, pois é imprevisivel, eventual e irracional.
No Brasil, esses movimentos atuais, tendem para um movimento reformista com causa interna. Pois buscam modificar alguns aspectos da sociedade sem transformá-la completamente, provocados por conflitos sociais no interior da própria sociedade.
MANIFESTAÇÃO NO BRASIL
As manifestações de junho de 2013 marcaram para sempre a consciência cívica e a socialização política dos brasileiros. Os manifestantes foram às ruas para protestar, inicialmente em São Paulo, contra o aumento no preço das passagens de ônibus. A inabilidade das autoridades locais no trato da questão, sobretudo pela subestimação do potencial de conflito que lhe era inerente, além da violência policial com a qual foram tratados estudantes e jornalistas que cobriam os primeiros eventos, tornaram algo que tudo tinha de tópico e passageiro em fenômeno político de grandes proporções. A sequência dos acontecimentos tem sido repetida à exaustão: estudantes e ativistas, pelas redes sociais, essa nova tecnologia de mobilização da ação coletiva, passaram a conclamar seguidores para protestar contra, além do reajuste no custo do transporte, a truculência do aparato repressivo paulista, sem deixar de sugerir, ao mesmo tempo, eventual incorporação de novas bandeiras às manifestações (por motivos ainda desconhecidos, a derrubada da pec 37, em tramitação no Congresso e prestes a ser votada na Câmara, surgiu como principal sugestão de pauta adicional). Os seguidores atingidos passaram a estimular mais "amigos", os quais, por sua vez, agregaram novas pautas e justificativas para a expressão de inconformismo e revolta. A grande imprensa, aturdida, de início denunciou aquilo que lhe pareceu obra dos jovens revolucionários de sempre, acrescidos de um sem-número de rebeldes sem causa; em pouco tempo, no entanto, mudou seu discurso e passou a cobrir os protestos como rito de passagem cívico quase obrigatório.[pic 3]
Houve uma coalizão a congregar militantes do Movimento pelo Passe Livre (MPL); jovens e não tão jovens radicais de esquerda, filiados a partidos como PSOL e PSTU; ativistas de causas sociais as mais diversas (índios, LGBT, negros etc.); segmentos das classes alta, média alta e da nova classe média; órfãos de alternativas partidárias consistentes à direita do espectro político; anarquistas e ativistas conectados a movimentos internacionais de protesto; além de neonazistas e fascistas assumidos, adeptos da violência e da intolerância como meios legítimos de manifestação e expressão de preferências e valores. Desprovidos de uma reivindicação específica, como nos episódios das "Diretas já" ou do impeachment do presidente Fernando Collor, encontravam-se todos ligados numa mesma emoção: participar, protestar, se expressar, eventualmente de forma violenta, gritar palavras de ordem, portar cartazes, vestir máscaras, enfim, sentir a euforia de fazer parte de um movimento de massa de proporções inéditas.
Em resumo, estas manifestações de modo geral, é retrato das desigualdades sociais, que vem também a ser fruto de um mundo globalizado. Aonde podemos identificar alguns outros problemas de estratificação social, como as desigualdades de raça e etnia, surgimento dos grupos minoritários; e ainda os problemas decorrentes do preconceito e descriminação que também vão gerar revoltas e lutas por igualdade de direitos, justiça, etc. As pessoas em uma sociedade estratificada ainda sofrem com os marcadores sociais, que quando tendem a rotulação, se torna negativo e é mais uma forma de descriminação e incitação de revolta nas pessoas.
As lutas podem não ter chegado aos resultados ainda esperados, mas com certeza já fez o governo acordar para muitas coisas, e assim melhorar mesmo que infimamente, a nossa sociedade.
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