Gestão Estratégica - Plano de negócio Hostel
Por: Hugo.bassi • 14/3/2018 • 5.170 Palavras (21 Páginas) • 287 Visualizações
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Além da missão, é destacada a filosofia dos hostels e das pessoas que buscam este meio de hospedagem, assim, sua vocação não é apenas oferecer uma hospedagem econômica, mas proporcionar a possibilidade de enriquecimento cultural para as pessoas, com as viagens e a interação entre os hóspedes. A Hostelling International foi a primeira organização a congregar estes empreendimentos. Atualmente são aproximadamente 3,7 milhões de associados, mais de 4 mil hostels em 70 países, 300 mil leitos e 34 milhões de pernoites em todo o mundo, que movimenta US$ 1,5 bilhão por ano para a economia do turismo mundial. (HI, s/d).
Assim como os empreendimentos, as pessoas/viajantes também se associam. A HI é um canal de comunicação e vendas entre empreendimentos e viajantes. A HI do Brasil destaca que passou a utilizar o termo “hostel” para todos os associados, estabelecendo uma identidade internacional. Com isso percebe-se que no Brasil o nome “albergue” vem deixando de ser utilizado, tanto pelos empreendimentos como pelos viajantes.
1.4. Concorrência
Quando falamos de concorrência referente aos hostels, sabemos que existem dois desafios, o de concorrência crescente e o de concorrência com outros meios de hospedagem.
Atualmente, o mercado de hostels é altamente concorrencial. Além disto, a tendência do mercado hoteleiro de baixo custo é aumentar cada vez mais no Brasil, principalmente em grandes centros culturais. Duas das cinco forças de Porter descritas para este mercado competitivo justificam bem a existência dessa crescente concorrência:
- Rivalidade entre os concorrentes: a rivalidade neste mercado é intensa devido ao forte aumento de oferta de meios de hospedagem para este nicho.
- Barreiras de entrada de novos concorrentes: elas são inexistentes, à medida que é possível investimento inicial entre R$150 a R$400 mil reais, com exceções podendo chegar a R$700 mil reais como é o caso do Beew Hostel localizado na cidade de São Paulo.
Por fim, é importante ressaltar que o Brasil ainda está iniciando seus investimentos no mercado dos chamados “alberguistas”, sendo que alguns proprietários afirmam que não existe nenhum tipo de incentivo tributário por parte do governo (o que acontece em outros países), o que torna a concorrência desleal, uma vez que eles têm que pagar os mesmos impostos que hotéis de cinco estrelas (IG, 2014).
1.5. Tipo de capital
Com o aumento de hostels criados por novos empreendedores que começam sem apoio de grandes investidores, a maior parte começa com um capital social, ou seja, um primeiro investimento líquido dos proprietários da empresa. Este capital pode ser classificado em nominal (montante inicial investido por acionistas ou sócios) ou integralizado (montante a disposição das operações da empresa).
Com o desenvolvimento da empresa, o capital social tende a se juntar aos lucros e as reservas formando um capital liquido chamado de capital próprio. O capital próprio é basicamente a soma do capital social com o resultado das atividades do hostel, como reservas, comercialização de produtos e serviços.
Há também a possibilidade de existir o capital de terceiros, que passa a ser considerado ativo para a aquisição de novos bens, mas continua como passivo na forma de obrigação a ser cumprida com o terceiro.
Compõe o capital total a disposição da entidade o resultado de todos os fluxos de entrada e saída e de possíveis aplicações.
Dado as devidas definições, podemos identificar que no dia a dia dos hostels normalmente há um capital de giro, ou seja, um recurso financeiro que gira como ativo e como passivo dando respaldo a empresa e o capital de mezanino.
O capital de mezanino é o capital responsável por fazer a empresa crescer, seja adquirindo novos equipamentos, mudando seu local de trabalho, contratando novos colaboradores, entre outros.
1.6. Linhas de produtos
Para Saraiva (2013), os hostels fazem parte da oferta de alojamento turístico econômico (budget), que, nos últimos anos, têm passado por uma evolução quantitativa e qualitativa, no que tange sua oferta e demanda. A World Tourism Organization (2012) enfatiza a importância do mercado jovem, no turismo internacional; o hostel, meio de hospedagem mais utilizado pelo segmento, tem vindo a se adaptar às especificidades desse novo turismo, e, atualmente, essa parte da oferta apresenta-se crescentemente empenhada em satisfazer seu público-alvo.
Segundo Saraiva (2013), os hostels caracterizam-se também por se diferenciarem da hotelaria convencional, uma vez que sua oferta enfatiza seus espaços sociais e a partilha de dormitórios, com tarifas reduzidas. No início, sua oferta esteve vinculada aos princípios do turismo social; hoje, ela já extrapola isso, tendo seus próprios princípios e características.
As diferentes linhas de produtos do setor, surge a partir da necessidade de mais bem atender um segmento ou nicho de mercado, ou mesmo segundo as motivações e princípios dos próprios empresários. Dentre os principais modelos de hostels identificados, podemos citar os seguintes:
- hostels independentes (independent hostels): são aqueles caracterizados por tarifas reduzidas, espaços comuns e partilha de dormitórios, mas que não são filiados à HI;
- hostels boutiques (boutique hostels): caracterizam-se por estarem associados a princípios de artes, arquitetura e design. Logo, costumam atrair indivíduos interessados nesses campos;
- hostels ecológicos (eco hostels): são aqueles planejados e geridos dentro dos princípios do ecoturismo, com práticas e operações aliadas à sustentabilidade ambiental, social e econômica;
d) hostels de negócios (business hostels): são aqueles com características voltadas ao turista de negócios, mas que prefere o clima despojado de um albergue. Contam sempre com quartos individuais ou duplos com banheiro privativo, com ambiente mais sóbrio e menos festas;
e) hostels LGBT (gay friendly hostels): apesar de não possuírem muitas diferenças em suas características físicas, esse tipo de albergue, ao deixar claro que pertence a essa categoria, acaba por atrair o público LGBT – lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros.
O que fica evidente, através desses tipos de hostels, é uma crescente segmentação do mercado, que possui diferentes perfis de público. Além dessa segmentação, temos que alguns hostels apresentam
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