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A SUSTENTABILIDADE NA PERSPECTIVA DOS PARTICIPANTES DO PROGRAMA ECONOMIA SOLIDÁRIA EM SÃO JOSÉ DOS PINHAIS/PR

Por:   •  24/7/2018  •  4.371 Palavras (18 Páginas)  •  402 Visualizações

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Elegeu-se esta opção de modalidade, pois nos permitiu investigar o tema proposto, buscando um aprofundamento e compreensão do tema sustentabilidade na sua relação conceito e aplicabilidade inseridos no programa economia solidária em São José dos Pinhais, estabelecendo uma análise significativa e detalhada dos fenômenos que compõem este cenário social.

Foi utilizado para a coleta de dados entrevistas de profundidade com a Diretora de Qualidade da Secretaria de Trabalho, Emprego e Economia Solidária e entrevista pessoal com os participantes do programa ES.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo serão abordados os temas que servirão de suporte para a fundamentação teórica, os quais auxiliarão a responder o problema proposto neste trabalho.

2.1 SUSTENTABILIDADE

O tema sustentabilidade vem sendo muito abordado devido à complexidade das relações que temos atualmente entre seres humanos e o meio ambiente, segundo Guimarães (2001, p. 44) “a modernidade e o meio ambiente resultam de uma mesma dinâmica, onde temos que pensar no desenvolvimento sem prejudicar o meio em que vivemos. ”

O tema entrou em voga e se tornou pauta de encontros e convenções em âmbito global, porém teve seu início marcado na década de 1970.

Em 1971 foram realizados o Acordo de Copenhague, sobre cooperação entre estados escandinavos na luta contra a poluição do mar, a Convenção de Bruxelas, para a criação de um fundo de indenização para danos similares, e a Convenção de Ramsar, sobre a conservação das zonas úmidas de importância internacional. (REIS 2009).

Nesta mesma época surgiram outras vertentes como a Convenção de Londres, para proteger as focas na Antártida; a Conferência de Estocolmo e a Convenção da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), sobre a proteção do patrimônio mundial, cultural e natural.

Segundo Neto (2001) com o apelo da população mundial para que se tivessem maior cuidado com o planeta surgiram “sucessivos fóruns internacionais”, e “acordos assinados por vários países” como a Eco-92, Agenda 21, Protocolo de Kyoto, Conferência de Bali, entre outros que marcaram as últimas duas décadas.

Uma das mais recentes realizações abordando o tema foi a Rio+20, Conferência das Nações Unidades sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro, exatamente 20 anos após a Conferência de 1992 que também aconteceu no Rio de Janeiro, segundo o site Rio+20 o encontro serviu para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas, e outro exemplo é o Premio LIF evento de grande importância presente no cenário nacional e, segundo o site da Câmara de Comércio França-Brasil (CCFB) o “nome faz uma homenagem aos ideais da Revolução Francesa - Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, e é “uma iniciativa da (CCFB) para a promoção das práticas sustentáveis nas empresas”, sendo que no ano corrente encontrasse na sua quarta edição e foi realizado na cidade de São Paulo. Este evento acontece juntamente com o V Fórum de Sustentabilidade, que “teve como destaque a preservação dos recursos hídricos do planeta em consonância com o Ano Internacional de Cooperação pela Água, estipulado pela Unesco”, e teve como tema “Clima e Sociedade – a mudança começa em nós”

À medida que o industrialismo cresce, ocorrem essas perdas tanto no sentido social e cultural, quanto para o meio ambiente, por este motivo o tema sustentabilidade vem sendo cada vez mais difundido e abordado em encontros e eventos nacionais e internacionais, e cada vez mais presentes em discussões nas empresas e no meio político. Porém para o sociólogo e filosofo Edgar Morim (apud Neder 1994) “não pode se reduzir a política à ecologia”, assim como não se tem uma economia em ascensão com restrições muito pontuais, de modo que não seja possível o desenvolvimento esperado, e que acompanhe o crescimento populacional com regras muito rígidas e sem o apoio de toda a comunidade envolvida (Neder, 1994).

Para muitos leigos, ao se tratar de sustentabilidade, acredita-se falar apenas da redução da emissão de gás carbônico, poluir menos o meio ambiente sem deixar de fazer nossas atividades corriqueiras, mas de acordo com Torresi et al. (2010, p. 1):

[...] é bom esclarecer que desenvolvimento sustentável não se restringe apenas a uma ação, como reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa. Se realizarmos apenas ações no sentido de reduzir as emissões dos gases estufa, tememos que o planeta seja alterado de tal forma que, possivelmente, muitas espécies como as conhecemos agora deixarão de existir.

Para Capra 2002 (apud Reis 2003, p. 238) o termo sustentabilidade significa “atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em atenderem as suas próprias necessidades”. E para entendermos melhor o termo, podemos abordar certos campos possíveis dentro de uma sociedade, adotamos para isto cinco pilares: sustentabilidade ambiental, cultural, econômica, social e espacial.

A sustentabilidade ambiental visa proteger o meio ambiente de empresas gananciosas que querem tirar tudo da terra sem pensar no amanhã, sem se preocupar como ficarão o solo, as águas e o ar apenas buscando o ganho financeiro a qualquer custo.

A sustentabilidade econômica nada mais é que, garantir que os recursos sejam usados de forma consciente e que os mesmos sejam preservados para as gerações futuras.

Segundo Cooperativismo Popular (2015) a chamada “economia solidária” se constitui, tal como o cooperativismo popular, em um movimento de superação ao modo capitalista de organizar as relações sócioeconômicas formado por indivíduos marginalizados do mercado de trabalho.

A sustentabilidade social do ponto de vista social a abordagem feita de modo a minimizar a pobreza e a diferença entre as classes sociais, tem aumentado a cada dia. Ela parte de todos os lados, das empresas, ONGs etc.

Não está relacionada apenas aos aspectos econômicos, ou à eficiência econômica, mas também, como Coraggio (2003, p. 95) afirma, à eficiência social, entendida como “a reprodução das melhores condições possíveis, tanto materiais como simbólicas da vida em sociedade”. (REIS 2013, p. 2)

Para a sustentabilidade cultural do ponto de vista cultural é de extrema importância manter o significado da cultura local, preservando seus costumes e suas origens,

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