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SÍNTESE DE PALESTRA SOBRE MITOLOGIA

Por:   •  15/3/2018  •  1.470 Palavras (6 Páginas)  •  311 Visualizações

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Conforme explica o Prof. Dr. José Benedito: da mesma forma que os deuses que estão “em cima” há uma espécie de astro inferior que também orienta. Aqui citado também pelo Prof. o Oráculo de Delfos, onde os gregos recorriam ao oráculo para perguntar aos deuses sobre problemas cotidianos, questões de guerra, vida sentimental, previsões de tempo, etc., O dito professor também traz o tema do humanismo-niilismo², e reforça: Conhece-te a ti mesmo, é preciso termos referência, entender, assimilar e “dar o próximo passo”, conforme Jung: “Ter os mitos como guias para o mundo interior e para o mundo exterior”. Nessa Vida Simbólica: ter referência ajuda a superar os momentos de crise, o mundo interior podendo gerar efeitos no mundo exterior, influenciando e podendo gerar discrepâncias ao exterior, por exemplo: crise de um país, a partir daquilo que afeta cada indivíduo e como encontra a solução para a crise, ou seja, entender os mitos nos ajudam a viver bem esse mundo, fazendo a diferença em seu contexto, pessoal, religioso, político, financeiro, etc., e o mundo interior, sendo mundo interior a alma, consciência.

E falando de religião, o Prof. Dr. José Benedito faz um paralelo sobre a autenticidade das religiões, onde os povos mesmo distanciados geograficamente entre si, têm uma relação próximo em seus mitos, não caracterizando assim uma forma de cópia dos ritos, já que o sincretismo é um fenômeno da Religião complexo. Os Dramas da existência humana são parecidos entre os povos, mesmo não tendo um relacionamento ou conhecimento entre si, devido ao arquétipo do inconsciente humano. E pra finalizar o professor levanta o tema: Crise existencial do homem moderno, numa conclusão em que o homem quando ligado às “coisas” adoece, pois nutre a expectativa que ao conseguir atingir um objetivo em “ter” conseguirá a alcançar a “felicidade”, ficando-se assim ainda mais vazio de si mesmo, atingindo níveis cada vez maiores de frustração, e agora trazendo o conceito de Campbell: “Sem uma referência interior ou uma mitologia a sociedade adoece”. Ao se apegar as coisas o vazio do homem só aumenta, precisa então da mitologia para se apegar à referências interiores que o levam a superar as crises. Daí temos aqui a “chave” de interpretação da mitologia, que é o que de fato traz o sentido da energia, ou seja, o mecanismo que vai permitir que a literatura deixe ser apenas um simples conjunto de conceitos bem ordenados e passa então a trazer e a fazer sentido objetivo e prático, de forma a alcançar o profundo da alma humana, abastecendo o motor das indagações e respostas, levando-nos a alimentar os nossos questionamentos, em direção às verdades que por vezes ouvimos e vivemos como nossas verdades, construindo assim o que chamamos de FÉ.

O trabalho acima descrito, me proporcionou um aprofundamento no conceito dos mitos e como de forma prática podemos associar algo extremamente teórico e aparentemente “sem sentido” às nossas vidas, utilizando como referências os conceitos apresentados para as tomadas de decisões que vão definir quais as direções que podemos tomar, rumo à superação das crises.

1 Arquétipo é descrito pelo psicólogo Carl Gustav Jung como um conjunto de imagens psíquicas presentes no inconsciente coletivo que seria a parte mais profunda do inconsciente humano. Os arquétipos são herdados geneticamente dos ancestrais de um grupo de civilização, etnia ou povo.

2 O niilismo é um fenômeno cultural que tem alcançado difusão e radicalização a partir do último século. Nas palavras de Possenti, o niilismo faz parte da autoconsciência do nosso tempo, toca em profundidade a Vida, o costume, a ação, inquieta e acende os ânimos. Muitos são os conceitos que vêm acoplados à ideia de niilismo: a crise dos valores e a desvalorização daqueles mais elevados, o relativismo intelectual e moral, a dissolução da ideia mesma de verdade, um pessimismo crepuscular orientado ao declínio, um sentido desesperado da finitude, ligado ao fim da concepção progressiva e ascendente da história e, por fim, o conceito de pós-história e de 'fim da história'.

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