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Cristianismo Celta

Por:   •  4/5/2018  •  2.110 Palavras (9 Páginas)  •  415 Visualizações

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Algumas características da Espiritualidade Celta:

- Amor apaixonado pela natureza e pelos elementais da Natureza um lembrete constante do Amor e do Dom de Deus.

- Amor e respeito pela arte e poesia.

- Amor e respeito para as grandes histórias da humanidade e em especial a nossa.

- Ter e viver uma experiência espiritual, ascética e mística de e, com Deus e os seus santos como, uma presença intima, pessoal, unica e verdadeira

- Teologicamente conservar a ortodoxia, com uma ênfase particular sobre a Santíssima Trindade, e nutrir um Grande Amor e respeito e devoção por Nossa Senhora, Santa Maria, a Encarnação de Cristo, e a Divina Liturgia.

- Ter o discernimento e a consciência entre as tênues fronteiras sobre o sagrado e o secular.

- Estrutura única de Igreja: Originalmente não existia nenhuma cidade, e só existiam pequenos assentamentos nômades, portanto, a igreja foi mais monástica no seu início, em vez de diocesana, o que resultou em regras e liturgias bastante independentes.

- Irlanda por ser muito isolado, geograficamente, foi bastante difícil impor a autoridade papal, mantendo-se, como no início, autocéfala e autonoma.

- Temos influencia tanto do monaquismo do Ocidente, quanto do Oriente Médio e copta.

- Os Mosteiros eram frequentemente grandes aldeias teocráticas, muitas vezes associados a um clã com os mesmos laços de parentesco, junto com os escravos, homens livres, monges celibatários e freiras, padres casados e leigos vivendo lado a lado.

- Enquanto alguns mosteiros foram em locais isolados, existiam em maior número os que estavam próximo ao meio Urbano.

- As mulheres tinham mais condições de igualdade no direito irlandês antigo, portanto, as Abadessas e outras monjas, tinha por vezes, sempre uma palavra a dizer na administração da igreja.

- É quando se desenvolve o conceito de espiritualidade intimista, e confissão tenho um "amigo da alma" ( amanchara ) para ajudar na direção espiritual.

- Criou-se a confissão pessoal auricular.

- A Tradição e os ensinamentos da Sagrada Escritura eram passadas de forma oral uma vez que a grande maioria das pessoas eram analfabetas, mas tinha grandes habilidades de memorizaçãoEles gostavam de ouvir grandes histórias.

- A sensação de proximidade e imanência entre o natural e o sobrenatural.

- Ser Hospitaleiro é próprio da nossa Espiritualidade e Igreja.

- Ênfase na família e os laços de parentesco.

Origem E História Do Cristianismo Celta

A origem histórica da Igreja Celta, remonta aos primeiros séculos do Cristianismo, na Irlanda, quando esta ilha foi cristianizada por São Patrício. Este Bispo romano foi o grande responsável pela conversão da população nativa da ilha, e de forma surpreendente e inteligente, permitiu que fosse mantido muitos elementos da cultura, mitologia e folclore desta população, facilitando a entrada da espiritualidade cristã e da Igreja Romana, destacando até a Cruz Celta, símbolo do " paganismo" da ilha de antigos cultos locais, muito anterior ao próprio cristianismo, a qual com São Patrício será adotada e absorvida como cruz cristã. Neste sentido, cristianismo céltico pode ser distinguido por certas tradições únicas (especialmente em questões de liturgia e ritual) que eram diferentes daquelas do grande mundo romano.

À distância geográfica com o continente europeu, e especialmente, com Roma, teria feito com que a Igreja Católica Celta construísse uma identidade litúrgica e uma liberdade em muitos pontos da catolicidade, sem deixar de obedecer o Papa e Roma, porém sem ser também fiscalizada e reprimida, em função da distância mencionada acima, e pelos vários problemas históricos que a Europa passava na transição do mundo antigo para o mundo medieval, conflitos políticos, militares e tantos outros. Desta forma, a Igreja Romana, "esqueceu", por um longo tempo, dos católicos na Irlanda, mandando missões esporádicas, que enfrentavam uma série de obstáculos para chegarem até a ilha. Estradas e caminhos perigosos, constantes guerras regionais, salteadores, o que levava muito tempo para organizar missões de fiscalização da fé católica romana nesta ilha britânica. O que foi muito bom para o crescimento, amadurecimento e consolidação do catolicismo celta.

Só para reafirmar e não ter dúvidas: a Igreja Celta não era uma igreja separada de Roma, ela era um braço da Igreja Romana, porém independente, em função do que foi descrito acima!

Quando ocorreu o Grande Cisma do Oriente (1054), dividindo a cristandade entre católicos e ortodoxos, os católicos da Irlanda também ficaram divididos, porém a grande maioria permaneceria com Roma, mas foi mantida a independência e carismas próprios!

No início do século XVI, uma grande revolução religiosa irá ocorrer com a Reforma Protestante na Grã-Bretanha, incluindo, é claro a Irlanda. O Rei Henrique VIII fundará uma nova Igreja Cristã com soberania ligada diretamente ao Estado e a ele, desligada, definitivamente do papado romano: nasce a Igreja Anglicana. Até aí tudo bem, porém, será um momento de grandes perseguições a tudo que fosse da Igreja Romana. Suas terras serão confiscadas, mosteiros e conventos fechados, padres e religiosos perseguidos e muitos mortos pela "onda" de combate ao romanismo. Na Irlanda não poderia ser diferente, e vale dizer, que ainda hoje respinga estes conflitos, mas já superado bastante na sua grande maioria!

Do século XVI até o século XX, aquela "Igreja Celta", independente de Roma e com identidade litúrgica e espiritualidade própria, praticamente, foi destruída, pela grande confusão e guerras religiosas que a Irlanda e a Europa estavam passando. O que "sobrou" da chamada Igreja Católica Celta foram pequenos "focos" de resistência, quase doméstico e local! A Irlanda passaria por duas fortes correntes religiosas, a protestante e a católica romana, um país agora dividido, o que resultaria na divisão territorial da ilha, como hoje nós temos dois países, um totalmente soberano como República (1921) e o outro integrado à Comunidade Britânica e a Coroa inglesa (Irlanda do Norte)! Esta divisão foi fruto dos conflitos religiosos entre católicos e protestantes e questões políticas locais!

Também no século

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