A Trajetória De Uma Família Duradoura.
Por: Evandro.2016 • 17/3/2018 • 2.006 Palavras (9 Páginas) • 288 Visualizações
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*Não lhes basta um encontro significativo no qual seus compromissos sejam assumidos na presença de Deus, parentes e amigos, faz-se imperativo um grande e caríssimo evento.
*Não basta uma viagem de celebração da aliança, faz-se imprescindível uma espécie de turnê merecedora do documentário.
*Não lhes basta um local para morar e iniciar a caminhada a dois, faz-se necessário um apartamento novíssimo e totalmente decorado.
Estes elementos, que deveriam ser tidos como secundários, tornaram-se prioritários, revelando-se como verdadeiros vinhos nas relações familiares.
Passado o evento, o casal não consegue conviver com a ordinariedade da construção de um lar.
Passada a viagem maravilhosa, as responsabilidades diárias se tornam gradativamente entediantes.
Passado o cheiro de móveis novos e de tinta da parede, as diferenças emergem e o desencanto se instala.
Infelizes os que pensam que intimidade é isto.
Por esta razão, o casal do livro de cantares opta por construir uma família baseada na verdadeira intimidade. “Muitos beijos e pouco vinho”.
Eles querem construir um relacionamento concreto com o outro, enquanto pessoa; e não com as coisas e eventos que giram em torno do relacionamento.
Eles reforçam que a pessoa com quem se estabelece o relacionamento é melhor do que a sensação gerada por fatores periféricos que envolvem suas vidas.
Então: A família tem de abrir os olhos e buscar a intimidade da maneira certa.
Não ganhamos o coração de ninguém dando presentes ao invés de presença. Sua presença é o melhor e maior presente para os seus.
II – Em Segundo lugar, Uma dificuldade: Encontros e desencontros. 3. 1-2.
“De noite, no meu leito (cama), busquei o amado de minha alma, busquei-o e não o achei. Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças buscarei o amado de minha alma. Busquei-o, e não achei, levantar-me-ei para abrir ao meu amado. Abri ao meu amado, mas já ele se retirara e tinha ido embora”.
Observe que mesmo a família que optou por uma intimidade real, não se tornou imune aos desencontros próprios da busca daqueles que anseiam pela construção da intimidade real.
Você sabe que esta é a realidade do dia a dia.
Ao ler estes versos, a sensação é de que o casal ali, não vive um relacionamento equilibrado.
A história desta família não é marcada apenas por dias de intensa comunhão e romance.
Existem momentos de desencontros.
Existem momentos em que a mulher busca seu amado, mas não o encontra.
Existem momentos em que o homem bate à porta de sua amada, mas ela não responde, e quando ela decide levantar-se para atendê-lo, ele não está mais à sua espera.
Isto é a história de todas as famílias em várias dimensões da vida.
Na esfera da sexualidade, nem sempre os desejos são simuntâneos e correspondentes.
Nem sempre os caminhos e as manifestações esperados por um são aqueles utilizados pelo outro.
Na esfera dos dias de folga, nem sempre ambos estão dispostos aos mesmos afazeres. Ás vezes as folgas não batem, quando batem, não batem os alvos (Ir ao shopping ou na Rua 13 de maio).
Na esfera financeira, podemos passar uma falsa imagem para nossos filhos e sendo pobres eles acham que somos ricos. (Ex. filha diz ao Pai: Minha amiga é pobre). Eles estão dentro de uma fusca 77. O Pai diz: Coitada.
O fato é: Há muitos desencontros. Na comunicação verbal, na criação de filhos, etc.
O que isto nos mostra?
Três coisas:
1. Intimidade não é algo que alcançamos do dia para noite. Ela carece de tempo e das variadas experiências, boas e ruins.
2. A intimidade implica em encontros e desencontros. Eles fazem parte da história da família para gerar o sentimento de falta, presença e tempo para sentar e conversar.
3. A intimidade só é alcançada pelos que perseveram.
*Os que perseveram se revelam.
*Os que perseveram formam credibilidade um no outro.
*Os que perseveram constroem um amor sólido.
*Os que perseveram aprendem com os erros (seus e do outro).
*Os que perseveram são mais felizes.
*Os que perseveram evitam piores problemas.
Ilustra: Stephen Kaniz, falando sobre “O Segredo Do Casamento”, diz:
Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar.
Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade.
Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento – a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher.
Minha esposa, se não me engano, está no seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu.
O segredo do casamento não é a harmonia eterna.
Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com o mesmo cônjuge.
O segredo, no fundo, é renovar o lar e não procurar um lar novo.
Isto exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia da família.
A família precisa de tempos em tempos, renovar os relacionamentos.
O Casal precisa voltar e, namorar, cortejar, fazer as primeiras obras.
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