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A ORELHA DIREITA DE MALCO: BASEADO EM JOAO 18:10 E LEVITICO 8:24

Por:   •  11/10/2018  •  4.576 Palavras (19 Páginas)  •  838 Visualizações

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Destaca-se neste trabalho definições, identificações e caracteres de personagens, para depois ser expresso o sentido literal de estudo dos textos. Apresentação de analogias referente ao sacerdócio destacados nos dois textos também serão descrita para desvendarmos o oculto não registrado nas escrituras.

De imediato não há como definir com exatidão, a relação entre os livros de João e Levítico sem primeiro atermos a questão temporal de seus escritos. São livros distintos em historicidade e requerem atenção históricas e teológicas para que possamos compreender os fatos como um todo, não prendendo ou limitando-se ao texto, mas em toda a sua complexidade objetiva e subjetiva. Por este motivo, torna-se necessário a compreensão, argumentação e questionamento dos vários aspectos destacados para notarmos alguma singularidade nos escritos pré-definidos.

DESENVOLVIMENTO

Quem era Malco

Era um homem que tinha um sonho, ser um sacerdote. Segundo historiadores, Malco passou a vida estudando, obedecendo as regras, as leis e estava a um passo de tornar-se um sacerdote quando, a mando de seu superior, foi ao encontro de Jesus para prendê-lo.

Malco ou Malchus, é a forma helênica do hebraico Meleque, que significa, rei. Na bíblia ele é identificado por João como aquele servo do sumo sacerdote Caifás que tinha liderado a legião de soldados romanos que foi prender Jesus no Getsêmani.

De acordo com a lei vigente na época de Jesus, quem queria ser sacerdote não poderia ser gago, surdo ou ter qualquer defeito no corpo. Era permitido até ter um problema na orelha esquerda, mas a direita teria que estar em perfeito estado.

Em João 18:10 está escrito: Então Simão Pedro puxou da espada que carregava e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco.

O que era ser servo do sumo sacerdote

Ser servo do sumo sacerdote naquela época precisava de muita paciência, teria que realmente ter gosto pela função, e era para aqueles que esperavam um dia ser sacerdotes. Eram pessoas separadas, que dedicavam parte de sua vida, em torno de 5 a 8 anos ao estudo da Torah. Trabalhavam no templo de 12 em 12 horas colocando lenha no altar para o fogo não apagar. Era considerado um processo de estágio e quando faltava um ano para ser consagrado ao sacerdócio, tornava-se servo do sumo sacerdote. Dentro deste último ano como servo do sumo sacerdote, eles acompanhavam-no o tempo inteiro na condição não só de discípulo mas também de servo.

O servo do sumo sacerdote poderia substituí-lo sempre que necessário e para isso ele precisava ser sabatinado pelo Sinédrio Lei. Haviam requisitos exigidos pela lei que precisavam ser preenchidos e entre esses requisitos estava o da perfeição do corpo, não podia haver deformidade ou defeito físico algum no corpo do almejante ao cargo.

Quem era o sumo sacerdote da época de Jesus

Caifás era o sumo sacerdote. Ele tinha quatro grupos de servos, chamados de chefes dos sacerdotes: comandantes do templo responsável pelo culto e policiamento do santuário e que substituía o sumo sacerdote em caso de necessidade; os chefes das 24 secções; os setes vigilantes do templo e três tesoureiros. Também possuía uma cadeira no mais alto tribunal dos judeus, o Sinédrio, e era composto por 71 membros, incluindo o presidente. Infelizmente o comandante do templo também realizava trabalho sujo ou contratava pessoas aptas para cumprimento de suas ordens, conforme nos diz Paulo no livro de Atos dos Apóstolos 26: 10-12: ...e foi o que fiz em Jerusalém: eu pessoalmente encarcerei um grande número de santos em virtude do poder que recebera do sumo sacerdote, e dei o meu sufrágio quando os matavam, percorrendo todas as sinagogas eu multiplicava minha sevícias contra eles, para os forçar a blasfemar, no auge do meu furor, eu os perseguia até em cidades estrangeiras. É assim que um dia eu ia a Damasco com plenos poderes e mandato especial do sumo sacerdote.

Comparativo entre a ordenação sacerdotal de Arão e seus filhos e o ministério sacerdotal de Caifás

A mais exata definição de sacerdote encontra-se em Hebreus 5:1; Todo Sumo Sacerdote tomado dentre os homens é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para oferecer tanto dons como sacrifício pelos pecados. Diante dos escritos do livro de Hebreus, podemos dizer que o sacerdote servia de mediador entre o homem e Deus. Ele apresentava ao Senhor dons, sacrifícios e ofertas do homem ao seu Criador.

No tempo dos patriarcas, o chefe de família ou de uma tribo, se tornava sacerdote representando a sua prole perante Deus. Na época do êxodo existiam israelitas que detinham o direito de exercer o sacerdócio, porém tornou-se necessário designar uma ordem especial para desempenho dos deveres sacerdotais com o intuito de trazer organização no meio do povo, sendo a tribo de Levi escolhida por Deus para este fim. Da tribo de Levi, vieram os sacerdotes arônicos, filhos de Arão, que só não exerciam o sacerdócio em caso de alguma imperfeição, deformidade no corpo.

Podemos ver tal designação registrada em Êxodo 28:1 que diz: Depois tu farás chamar a ti a teu irmão Arão e seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para que administrem o ofício sacerdotal, a saber: Arão e seus filhos Nadabe, Abil, Eleazar e Itamar. Notamos neste versículo que o próprio Deus lá dos céus dá instrução a Moisés de quem deveria ser separado para o sacerdócio entre a multidão de israelitas, e também enfatiza como os sacerdotes deveriam se portar, vestir e exercer suas funções.

Sendo assim, vemos uma incompatibilidade entre os textos de João 18:10 e Levítico 8:24, pois as informações contidas no primeiro, difere grandiosamente se comparado ao segundo texto. Malco era servo do sumo sacerdote Caifás. A pergunta que deixo é: De que forma Caifás ou mesmo Anás, seu sogro chegaram a este ofício? Quanto pagaram para o exercício desta função e quem os escolhera? A bíblia sagrada nos orienta a sujeitarmos as autoridades constituídas e como cristão não devemos ser omissos a esta ordenança divina, conforme admoesta-nos a escritura sagrada em Tito 3:1, e I Pedro 2:13: Lembre a todos que se sujeitem aos governantes e as autoridades, sejam obedientes, estejam sempre prontos a fazer tudo que é bom. Por causa do Senhor sujeitem-se a toda autoridade constituída entre os homens: seja ao rei, como autoridade suprema.

Ao mencionar Caifás e Anás estou me referindo

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