A Epopeia de Gilgamesh

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chorou durante sete dias e sete noites, quando decidiu que

iria pela busca da imortalidade pela segunda vez, pois estava com medo de

morrer e ficar no mesmo estado no qual Enkidu ficou no seu leito de dor.

E foi então que ele enfrentou um longo percurso para encontrar

Utnapishtim, o Longínquo, o que se juntou aos deuses e encontrou a vida

eterna, e fazer perguntas sobre a vida e a morte.

Depois de encontrar com Utnapishtim, ele o perguntou como

encontrar a vida que tanto deseja e Utnapishtim respondeu que não existe

permanência no mundo dos humanos. Foi ai que Utnapishtim lhe contou

sobre o Dilúvio que devastou as cidades de Shurrupak, mandado pelo deus

Enlil para acabar com a raça humana. Nesse dilúvio, Utnapishtim foi

encarregado por Ea para construir uma arca para garantir a sua vida.

Antes de partir de volta para Uruk, Utnapishtim contou um mistério

dos deuses para Gilgamesh, era o segredo da juventude eterna. Havia uma

planta que, se consumida, daria a juventude perdida. Gilgamesh foi atrás

dessa tal planta da juventude e conseguiu pega-la. Porém, no caminho de

volta para casa, ele parou para de banhar e havia uma serpente no poço no

qual ele se banhava. Segundo a epopéia, atraída pelo cheiro da planta, a

serpente pegou e a comeu, e imediatamente trocou de pele e sumiu nas

profundezas do poço. Gilgamesh tinha perdido ali aquilo que talvez era o

que tanto buscava esse tempo todo.

E assim o destino se cumpriu, como disse Enlil em suas palavras: “Foite dado um trono, reinar era teu destino; a vida eterna não era teu destino.”

É possível encontrar nessa epopéia uma analogia entre o poder e a

religião. A influência do papel religioso no poder de cidades-estados nessa

época era muito forte, tendo em vista que só imperava quem era designado

pelos deuses a ter responsabilidade de governar. Gilgamesh foi feito dois

terços deus e um terço homem, assim, ele era mais que apto a governar e

seu o rei de Uruk das grandes muralhas.