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Ética e vergonha na cara

Por:   •  4/10/2018  •  1.652 Palavras (7 Páginas)  •  243 Visualizações

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O enfoque que enfatiza mais a diferença da ética da nossa sociedade com o de outros países me deixou intrigado, visto que, a maneira de organização da sociedade é para ela mesma, corromper o sistema, é corromper a si mesmo indiretamente. E como no caso da suíça, os mesmos que tem menores índices de corrupção e ainda sim suportam dinheiro corrupto de todo o mundo, “o não corrupto é aquele que não se corrompe e também não busca corromper”, isso deixa claro esse pensamento. Outro fator interessante “O que faz o ladrão, portanto, não é a ocasião. O que faz o ladrão é o indivíduo, que pode ser ladrão ou não, aproveitar a ocasião”, logo retornando ao que havia dito no início desse comentário, nossa vida é feita por escolhas, e quando escolhemos o errado, devemos aprender a viver com as consequências dela, sejam positivas ou negativas. O ideal de “vítimas da sociedade” se encaixa nisso também, não somos bandidos ou corruptos por ocasião ou momento, somos por termos algo enraizado em nosso ser, que busca incessantemente se dar bem, ser melhor que o próximo independente da situação, isso faz com que o ser corrupto tome conta e por tabela ganhe a famosa desculpa de que somos corrompidos constantemente.

Acredito que por mais que não tenhamos o que oferecer, ainda possa coibir ou corromper alguém, já que poderíamos usar o fator da coerção. É claro que é muito mais fácil quando se tem algo a oferecer, já que a humanidade se da por satisfeita quando ganha algo em troca por alguma ação. O debate elucida a maneira de como nosso sistema político é falho. Não vivemos em uma democracia, já que votamos em quem escolhe que votemos. Por exemplo, nosso sistema de eleição presidencial funil faz com que eu acabe por escolher alguém que talvez não beire meus ideais, porque é imposto a mim. Tanto isso, quanto o sistema de imposição partidária, eles escolhem quem vai para voto, e nós somos obrigados a escolher. Eles trazem talvez uma intervenção plausível para o ato, a eleição por distrito, o que segundo eles, diminuiria a corrupção de maneira completa, já que a convivência com a situação do seu distrito e as pessoas que nele moram, faria com que a vergonha por atos ilícitos falasse mais alto, algo que em minha opinião seria muitos mais viáveis para o meio municipal. Entretanto, isso não há chance de ocorrer, visto que, uma maneira de ganhar dinheiro no Brasil são partidos, e os abolir para uma votação desse modelo, nunca iria acontecer.

Traz a tona os problemas partidários e de seus surgimentos, que alguns surgiram de forças sindicais, de ações do povo, e mesmo assim a corrupção os aspira, eles exploram a corrupção de maneira diferente, seja por movimentos sociais com massas de manobras, ou por empresas compradas por seus interesses, cita o Partido dos Trabalhadores (PT) que surgiu de forças sindicais como partido do povo e hoje está envolvido a inúmeros esquemas de corrupção desvio de verbas públicas, ressaltando que, no Brasil, independente da formação a corrupção enraizada faz com que haja maior peso a escolha da corrupção, e isso faz cada vez mais sentido. Um partido como o PT, deveria ser a exclamação do povo(não que qualquer outro partido não tenha a mesma obrigação, apenas que conforme seu surgimento, as expectativas são outras) nas câmaras públicas, e mesmo assim acabam por prejudicar sua população e aqueles que acreditaram em seus ideais, um partido com uma carga dessa, que não tinha em seus primórdios, grandes empresários, grandes forças políticas, a não ser a voz e vontade do povo pobre, necessitado o Estado em todas as ações, não deveria ter esses envolvimentos.

A outra maneira são os parlamentares que se organizam e começam a votar juntos, dando indícios de um partido, o que tenciona ao maior surgimento de corrupção, já que a formação de um partido nessas circunstâncias faz com que eles tenham mais força para o atendimento de suas reinvindicações, independente de serem a favor do povo ou não, e melhor que isso, seria colocar amigos, políticos comprados, etc, no executivo, isso traria mais “sossego” em meio suas ações. O que exemplifica a criação da maioria dos outros partidos, interesse político ou financeiro. Muitos criados para lavagem de dinheiro e ações ilícitas que não há, ou há pouca fiscalização. Outro ponto crucial é que no Brasil é permitido o investimento de empresas em campanhas políticas, e dados mostram que a maioria dos políticos eleitos com base nesse investimento, futuramente em seus mandatos, elege licitações das mesmas, de uma maneira irônica, indo contra a ideia de Cortella, de que não há reciprocidade, ou retribuição de favores, no meio corrupto há sim. Portanto, a corrupção é sim uma escolha e não necessidade, o meio social inflige, mas não de maneira completa em suas escolhas, cada um sabe o peso e as consequências, e o sistema político no Brasil de certa maneira, facilita a corrupção e em alguns casos elucida a mesma, necessitamos urgente de uma reforma política, pois não há vergonha na cara dos nosso políticos

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