Trabalho conclusão de curso
Por: Kleber.Oliveira • 25/2/2018 • 2.395 Palavras (10 Páginas) • 463 Visualizações
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Idosa de 75 anos de idade, do sexo feminino, viúva, profissão progressa de lavradora e atual aposentada. Estudou até a 3ª série do primário.
Natural de Carmópolis de Minas, de nacionalidade brasileira, morou até os 20 anos na região rural, onde casou-se e com o marido mudou-se para Betim/MG para trabalhar em um sítio. Não teve filhos, foi casada por 22 anos e após o falecimento do marido entrou em um quadro depressivo e com o avanço da idade foram aparecendo dificuldades auditiva, insônia, diminuição do apetite e gastrite nervosa. Faz uso dos medicamentos Omeprazol, Nortriptilina, Atenolol e Diazepan.
É uma pessoa lúcida, possuí uma casa própria que comprou com herança herdada de seu pai. Sente-se sozinha e desamparada e por isso resolveu ir para a Instituição, onde se sente bem, gosta das companhias, participa de atividades de artesanato, onde se distrai bordando e pintando tapetes. O que ela mais sente falta é do contato de familiares, que mesmo morando na mesma cidade da Instituição não a fazem uma visita.
Sua situação de saúde atual consiste em uma pressão arterial de 120 x 70mmHg e glicose 80 mg/dl. Além das doenças relatadas anteriormente sua única queixa é a de não querer receber cuidados de um cuidador do sexo masculino.
Dona Preta é uma idosa independente, já que consegue se locomover, alimentar e praticar suas atividades sozinhas. Necessita da ajuda e orientação de um cuidador para se medicar e do acompanhamento contínuo de um psicólogo e de um psiquiatra.
2.2 DOENÇA PRINCIPAL DO PACIENTE
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DEPRESSÃO
- Qual a definição da doença?
Depressão é uma doença psiquiátrica crônica, caracterizada por uma alteração do humor do paciente, que deixa-o triste além do normal, desanimado, sem energia e com baixa auto estima.
- Como ela surge /acontece / se desenvolve?
Surge em decorrência de acontecimentos perturbadores como perda de um ente querido, desilusão amorosa, stress, e até mesmo fases críticas do ciclo vital da vida como adolescência, maternidade e velhice. E assim ela acontece em pessoas predispostas ou vulneráveis. Depois de instalada a depressão faz com que a pessoa desenvolva uma perspectiva negativa de se própria e tudo o que acontece a partir desse momento é distorcido, fazendo uma comprovação a estas perspectivas. A partir deste ponto a pessoa passa a exagerar os aspectos negativos, deixa de perceber os aspectos positivos e interpreta fatos positivos ou neutros como sendo pontos negativos. Desta forma a pessoa fica prisioneira do seu próprio pessimismo e assim todos os aspectos da depressão se mantêm ou se agravam.
- Qual a prevalência / incidência na população idosa (dados do mundo e brasileiros)?
A depressão tem sido apontada como um problema de saúde que afeta pelo menos um em cada seis pacientes idosos. As taxas de prevalência de depressão diferem consideravelmente, dependendo da definição de depressão, do critério diagnóstico e da população de interesse, sendo mais altas onde comorbidades com doenças físicas são mais comuns. As estimativas de prevalência de todas as formas de depressão são mais altas nos pacientes institucionalizados intactos cognitivamente (cerca de 60%), intermediárias nos pacientes com doenças crônicas hospitalizados ou em unidades de atenção primária (cerca de 25%) e mais baixas nos residentes na comunidade (cerca de 10%).
Entre as principais doenças mentais que atingem os idosos está a depressão. É uma doença frequente em todas as fases da vida, estimando-se que cerca de 15% dos idosos apresentem alguns sintomas depressivos e cerca de 2% tenham depressão grave. Esses números são ainda maiores entre os idosos internados em asilos ou hospitais.
- Quais os cuidados preventivos para a doença?
O tratamento da depressão é essencialmente com medicamentos. Alguns pacientes precisam de tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar anos ou a vida inteira, para evitar o aparecimento de novos episódios de depressão. A psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios, nem cura a depressão. A técnica auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar a sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto provocado pelo estresse.
Existem alguns tipos de depressão que não podem ser evitados pois algumas teorias científicas indicam que eles podem ser causados pelo mau funcionamento do cérebro. Mas há evidências de que ela pode ser evitada com bons hábitos de saúde, alimentação adequada, exercícios, férias, não trabalhar em excesso, confiar em nós mesmos e em nossa capacidade, procurar sempre nos aproximar de pessoas que nos valorizem, respeitem e nos façam sentir melhor, estar em busca da mudança de pensamentos ruins por pensamentos positivos. Procurar solucionar os problemas e não evitá-los. E por fim, se detectados os primeiros sintomas da depressão o melhor é buscar ajuda profissional para obter um bom diagnóstico e o tratamento mais adequado.
- Quais os principais sinais e sintomas da doença? Quais desses são os iniciais e quais são os mais tardios?
Os principais sintomas e sinais da depressão classificados como iniciais são: humor depressivo, ansiedade, angústia, desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas, desinteresse, falta de motivação, indecisão, sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa e baixa autoestima. Existem também os sintomas classificados como tardios que são: sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, desejo de morrer ou suicidar, interpretação distorcida e negativa da realidade, dificuldade de concentração, diminuição de desempenho sexual, insônia, dores e sintomas físicos.
- Como diagnosticar a doença?
Embora não exista nenhum exame para diagnosticar a depressão, há algumas características que podem levar ao diagnóstico apropriado. Alguns questionamentos como quando os sintomas começaram, quanto eles estão durando e o quão severos são, serão feitos ao paciente, logo após, tais questionamentos serão avaliados e analisados, se uma doença física for descartada, o médico deverá encaminhar o paciente
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