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Supervisão de estágio: o que nos conta a história?

Por:   •  27/12/2017  •  1.288 Palavras (6 Páginas)  •  454 Visualizações

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Web Aula 2

Articulação teoria e a prática

Na trajetória histórica do Serviço Social podemos verificar que a Supervisão esteve por muito tempo mais focalizada no desenvolvimento do supervisado do que no supervisor, marcando este período com a preocupação pura e simplesmente educativa e pedagógica da supervisão.

Mas será que existiria outra preocupação além desta? Conforme vimos sinalizando é evidente que sim!

Com a influência do pensamento marxista no contexto do Serviço Social brasileiro houve a busca pela ruptura com o Serviço Social tradicional. Tendo nas idéias de Paulo Freire o fundamento da proposta libertadora foi possível buscar a consciência crítica da sociedade, transformando-a através de ações comunitárias e revitalizando o foco da supervisão de estágio no Serviço Social.

Para esclarecer melhor este ponto de vista vamos saber um pouco mais sobre o educador Paulo Freire seu movimento inovador de educação libertadora, para que possamos compreender a ocorrência da transformação do processo de ensino-aprendizagem.

Nos dias atuais podemos afirmar que, apesar das modificações no entendimento e na valorização dos sujeitos da ação profissional e do processo formativo educacional, até a década de 1980 a supervisão ficava por conta do supervisor de campo, que tinha a atribuição do ensino da prática.

Não deixem de assistir também ao vídeo Paulo Freire e Marxismo.

É bem curtinho!

http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/729_522.pdf - Paulo Freire e a Educação Libertadora

partir de 1996 a supervisão e o estágio passaram a ser compreeendidos como um todo articulado e comprometidos com o processo educacional e formativo. Neste contexto, os atores envolvidos no processo de supervisão ganharam visibilidade e protagonismos, tornado-se sujeitos do processo de ensino apredizagem.

Para que esta nova forma de pensar se afirme e se consolidade, a figura do supervisor ganha espaço e volume. Lewgoy (2007, p. 91), afirma que o supervisor deve estar comprometido com a profissão do ponto de vista educacional e também com o aprimoramento técnico.

Agora já sabemos que o ato de supervisionar envolve muito mais do de que aspectos de inspeção e controle, pois também significa processo de orientação e de aprendizado conjunto – aluno-supervisor.

Mas na supervisão de campo? Será que o profissional também necessitará de aprofundamento?

O olhar que o aluno apresenta sobre o objeto (realidade social) buscando sua compreensão representará, num segundo momento, esta reflexão reapresentada do mesmo objeto tão conhecido do Assistente Social do campo, mas terá outra dimensão, muito além da realidade conhecida como concreta no momento inicial pelo profissional.

Assim acontece o processo dinâmico em que o Assistente Social do campo revisará a interpretação anterior e reconstruirá sua leitura de realidade em outro patamar de conhecimento, dando vida e concretude ao processo dialético.

Observe a imagem abaixo. Penso que ela representa bem esse movimento dialético de transformação continuo da realidade social.

Concorda comigo?

[pic 5]

Para que possamos reforçar um pouco mais este aspecto dinâmico, vamos refletir sobre os aspectos da luta de classes e algumas interpretações marxistas de um modo inusitado.

Assista junto comigo ao vídeo:

sobre a Sociologia da Solidão - Análise crítica de um fenômeno social.

E como afinal podemos encerrar este momento de aprendizado web de reflexão?

Ficam aqui, então, minhas considerações neste momento dialético de apreensão da realidade que vivenciamos na supervisão de estágio do nosso curso, face aos conteúdos teóricos acumulados.

A supervisão de estágio como processo de ensino-aprendizagem se constrói e se constitui no ato de supervisonar em via de duas mãos. Uma em que o aluno descobre e elabora sua leitura e outra em que o supervisor de campo revê e redescobre o seu objeto de trabalho num momento histórico mais à frente.

O processo educativo e de preparo dos alunos ainda na graduação poderá contribuir muito no processo formativo. A supervisão estabelece relação de reciprocidade entre as instituições de ensino, sendo assim, os supervisores e supervisados precisam estar envolvidos e comprometidos com o desenvolvimento contínuo de estratégias e ações focadas no processo formativo.

Sem esquecer das contradições e das superações teórico-metodológias e também ético-políticas que permeiam a profissão do Serviço Social em sua construção de processos educativos sistematizados e intencionais.

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