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NORMAS: ABNT

Por:   •  11/1/2018  •  5.305 Palavras (22 Páginas)  •  506 Visualizações

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- Identificar o tema do texto: tema é aquilo sobre o quê se fala. O tema é geralmente muito amplo (por exemplo: a educação na sociedade brasileira). Assim, os autores elegem um objeto de pesquisa no interior desse tema (por exemplo: a educação de nível superior na sociedade brasileira). O objeto constitui, assim, uma especificação do tema.

- Identificar o problema que o autor se propõe a resolver: todo texto parte de uma questão, ainda que ela não se encontre colocada de maneira explícita no início do texto. O problema é a motivação, aquilo que levou o autor a escrever um dado texto (também pode ser chamado de objetivo). O autor pode, por exemplo, indagar: qual é o papel da educação de nível superior na sociedade brasileira?

- Identificar a(s) hipótese(s) com que o autor trabalha: hipótese é a resposta dada ao problema. Podemos supor que, no exemplo acima, o autor formule a hipótese de que o papel da educação de nível superior é formar cidadãos com consciência crítica. Ele poderia, porém, trabalhar com uma outra hipótese, o autor poderia afirmar que o papel da educação de nível superior é formar indivíduos para o mercado de trabalho, ou seja, para reproduzir a sociedade tal como ela é, e não para criticá-la e transformá-la. Como você pode verificar, essa hipótese é

completamente distinta da anterior. Hipótese é mais do que uma opinião, é mais do que um mero “eu acho”, para se comprovar uma hipótese, é preciso apresentar dados e informações pertinentes. Assim, a hipótese é sempre provisória, pois, caso o autor não reúna elementos suficientes para demonstrá-la, é sinal de que não é uma boa resposta ao problema, devendo, portanto, ser reelaborada.

- Identificar os argumentos principais: o autor precisa recorrer a uma série de elementos para demonstrar sua hipótese. Esses elementos podem ser teóricos (conceitos) e empíricos (dados quantitativos e qualitativos).

- Identificar os argumentos secundários: são elementos que servem de apoio/complemento aos principais. Falamos anteriormente de conceitos e fizemos alusão à teoria; agora convém explicar o que entendemos por esses termos. Um conceito é uma maneira de definir alguma coisa que existe na realidade, mas que não se confunde com a realidade (pois não é capaz de reproduzi-la). Por exemplo: o conceito de árvore se refere às diversas espécies de árvores existentes no planeta. Quando se fala em árvore, sabemos do que se está falando, podemos imaginar uma árvore em nossa mente. Mas e quando se fala de cultura, de poder, de Estado, de mercado? Como vocês verão cada tradição teórica define esses termos de uma maneira determinada, e cada disciplina aborda essas questões a partir de enfoques e de referenciais teóricos distintos. Uma teoria articula vários conceitos coerentes entre si, que fazem sentido em seu interior. Tanto o conceito quanto a teoria constituem abstrações, isto é, simplificações do real. A abstração é um procedimento necessário para que possamos nos referir aos elementos comuns, às regularidades dos acontecimentos e fenômenos concretos (ou empíricos). Portanto, o conceito de árvore se aplica a todas as árvores, independentemente de suas diferenças, das características decorrentes da espécie à qual pertencem.

2. Resumo (RESUMO: A NORMA NBR 6028)

A Norma NBR 6028, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, define resumo como "apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto". Uma apresentação sucinta, compacta, dos pontos mais importantes de um texto. Esta definição pode, no entanto, ser melhorada: resumo é uma apresentação sintética e seletiva das idéias de um texto, ressaltando a progressão e a articulação delas. Nele devem aparecer as principais idéias do autor do texto.

O resumo abrevia o tempo dos pesquisadores; difunde informações de tal modo que pode influenciar e estimular a consulta do texto completo. Deve destacar:

· o assunto do trabalho;

· o objetivo do texto;

· a articulação das idéias;

· as conclusões do autor da obra resumida;

· ser redigido em linguagem objetiva;

· não apresentar juízo crítico;

· ser inteligível por si mesmo (isto é, dispensar a consulta ao original);

· evitar a repetição de frases inteiras do original;

· respeitar a ordem em que as idéias ou fatos são apresentados.

Para o pesquisador o resumo é um instrumento de trabalho. Um resumo pode ter variadas formas: apresentar apenas um sumário das idéias do autor, narrar as idéias mais significativas, condensar o conteúdo de tal modo que dispense a leitura do texto original. Os procedimentos para realizar um resumo incluem, em primeiro lugar, descobrir o plano da obra a ser resumida. Em segundo lugar, a pessoa que o está realizando deve responder, no resumo, a duas perguntas: o que o autor pretende demonstrar?

De que trata o texto? Em terceiro lugar, deve-se ater às idéias principais do texto e a sua articulação. Muito importante nesta fase é distinguir as diferentes partes do texto. A fase seguinte é a de identificação de palavras-chave. Finalmente, passa-se à redação do resumo.

EXEMPLO DE RESUMO:

ROCCO, Maria Thereza Fraga. Crise na linguagem: a redação no vestibular. São Paulo: Mestre Jou, 1981. 284 p.

O livro resultou de uma tese de doutoramento apresentada à USP em maio de 1981. Objetiva caracterizar a linguagem escrita dos vestibulandos e a existência de uma crise na linguagem escrita, particularmente desses indivíduos. Escolheu redações de vestibulandos pela oportunidade de obtenção de um corpus homogêneo. Sua hipótese inicial é a da existência de uma possível crise da linguagem e, através do estudo, estabelecer relações entre os textos e o nível de estruturação mental de seus produtores. Entre os problemas, ressaltam-se a carência de nexos, de continuidade e quantidade de informações, ausência de originalidade. Também foram objeto de análise condições externas como família, escola, cultura, fatores sociais e econômicos. Um dos critérios utilizados para a análise é a utilização do conceito de coesão. A autora preocupa-se ainda com a progressão discursiva, com o discurso tautológico, as contradições

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