CARACTERIZAÇÃO DA MICROBACIA DO RIBEIRÃO POMERANOS
Por: Salezio.Francisco • 7/4/2018 • 4.856 Palavras (20 Páginas) • 314 Visualizações
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Figura 2: Localização da microbacia do Ribeirão Pomeranos.
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Figura 3: Mapa Hidrográfico da região do Ribeirão Pomeranos.
A bacia hidrográfica do Ribeirão Pomeranos, está inserida na região denominada como região hidrográfica do Atlântico Sul, de acordo com a Resolução n° 32 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH, 2003). Segundo ANA (2012) esta região possui uma área de 185.856km2 e destaca-se pela sua economia, expressiva população e relevância turística. É, também, formada pelas bacias hidrográficas dos rios que deságuam no trecho Sul do Atlântico, dentre as quais a do Rio Itajaí, (Figura 4).
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Figura 4 – Localização da Bacia do Atlântico Sul e da Bacia do Itajaí.
3 ÁREAS DE VEGETAÇÃO
As características da cobertura vegetal nativa da região são descendentes de Floresta Ombrófila Densa (Figura 5), denominada também como Floresta Tropical Atlântica, é uma das regiões fitoecológicas inseridas no Bioma Mata Atlântica e constitui um prolongamento da faixa florestal que acompanha a costa brasileira desde o estado do Rio Grande do Norte até o estado do Rio Grande do Sul, distribuindo-se em um gradiente altitudinal que varia do nível do mar até aproximadamente 1.000 m. Embora esteja situada em zona extratropical, a Floresta Ombrófila Densa possui características nitidamente tropicais, sendo marcada pela ausência de um período seco, com elevadas taxas de precipitação bem distribuídas ao longo do ano e temperaturas médias acima de 15ºC.
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Figura 5 – Mapa de vegetação da bacia de Santa Catarina.
Essa vegetação é perenifólia e caracteriza-se pela presença de fanerófitos (plantas cujas gemas de renovação se encontram a mais de 25 cm do solo), além de muitas lianas e epífitas. Nessa floresta praticamente não ocorre período de seca, visto que a precipitação é alta e bem distribuída durante o ano. As temperaturas são elevadas. Nas regiões ao longo dos cursos de água encontra-se a FOD Aluvial. A FOD das Terras Baixas ocupa geralmente as planícies costeiras e possui árvores altas, além de muitas bromélias, palmeiras e lianas. A FOD Submontana se estende pelas encostas das serras e possui árvores com alturas aproximadamente uniformes, raramente ultrapassando 30 metros. A FOD Montana situa-se no alto dos planaltos e serras, seu dossel é aberto e as árvores mais altas são geralmente leguminosas, possui elevada riqueza de epífitas. A FOD altomontana situa-se no cume das altas montanhas, possui vegetação arbórea formada por indivíduos tortuosos com troncos e galhos finos, de aproximadamente 20 metros de altura.
A mata ciliar, ou ripária, encontrada ao longo dos cursos e reservatórios d`água, é fundamental na preservação dos mananciais, manutenção da qualidade da água e equilíbrio dos ecossistemas aquáticos. Embora a legislação ambiental brasileira preveja sua preservação permanente, atualmente em nossa região restam poucos fragmentos florestais relativamente conservados. Observa-se uma intensa fragmentação da floresta ombrófila densa, predominando formações secundárias nos estágios iniciais e médios de regeneração.
De acordo com o diagnóstico geral do estudo realizado na bacia, a região hidrográfica do Ribeirão Pomeranos apresenta como principais fontes poluidoras a atividade pecuária e atividade de lavoura e, em menor escala, fontes urbanas e industriais. Como resultado, os coliformes fecais por dejetos de suínos, esgoto doméstico, agrotóxicos e fertilizantes, bem como, o assoreamento do ribeirão são os principais tipos de poluição que tornam os rios da região contaminados. Em toda extensão do trecho, não foram detectados desmatamentos significativos.
4 LEVANTAMENTO DA FAUNA
As características da fauna na região da Bacia do Ribeirão Pomeranos são descendentes da fauna da Floresta Atlântica que representa uma das mais ricas em diversidade de espécies. Está intimamente relacionada com a vegetação, tendo uma grande importância na polinização de flores e dispersão de frutos e sementes.
A ocupação da Bacia do Ribeirão Pomeranos se divide em três regiões distintas, sendo uma predominantemente urbana residencial próxima à foz, uma rural com produção agrícola, pecuária e piscicultura e outra mais preservada na região das nascentes. Por isso a característica da fauna existente nessa região é bem distinta.
A região urbana caracteriza-se pela presença de animais domésticos como cães e gatos, pequenos roedores, sapos e pererecas, insetos, morcegos e pequenas aves.
Na região rural, além destes, encontram-se animais domésticos de maior porte como gados, ovinos, caprinos, equinos, suínos e aves domesticas como galinhas, patos e marrecos.
Na região das nascentes, por se tratar de uma área mais preservada, ocorre a presença de animais silvestres generalistas que apresentam hábitos alimentares variados, altas taxas de crescimento e alto potencial de dispersão. Estes fatores permitem a estes animais viverem em áreas de vegetação mais aberta ou mata secundária. São chamados de generalistas por causa do alto grau de tolerância e à capacidade de aproveitar eficientemente diferentes recursos oferecidos pelo ambiente. Ex.: morcego, gambá, sanhaço, pica-pau, sabiá-laranjeira, bugio, entre outros.
A região das nascentes, por se tratar de um local próximo ao Parque Municipal Freymund Germer no Morro Azul, acredita-se que as espécies registradas pelas armadilhas fotográficas como Gato Maracajá, Irara, Graxaim, Tatu-Galinha, Quati, Serelepe e Mão-Pelada também circulem por este local.
5 HISTÓRICO DA OCUPAÇÃO DA MICROBACIA
A chegada dos primeiros povoadores do município de Timbó foi fruto do movimento colonizador empreendido por Hermann Blumenau, que atingiu a todo o vale do baixo rio Itajaí - Açú. A ocupação do Vale do Itajaí, por imigrantes alemães e outros, seguiu o curso dos rios e ribeirões. A partir dos rios os agrimensores abriam as picadas e mediam as colônias com uma área de 250.000 m².
Quando chegavam as levas de imigrantes, as famílias ficavam no galpão dos imigrantes e os chefes de família seguiam por picadas pelas margens dos rios e lá escolhiam os seus lotes coloniais.
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