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ANATOMIA SISTÊMICA E PATOLOGIA: HANSENIACA

Por:   •  30/9/2017  •  3.002 Palavras (13 Páginas)  •  508 Visualizações

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A hanseníase tuberculóide é uma das formas clínicas, da classificação de Madri2 , considerada como forma estável da doença após a evolução natural da mesma. Nessa forma observam-se poucas lesões delimitadas, mas com alterações muito destrutivas para os nervos. Essa classificação pode ser dividida em variáveis como a infantil e a neural.

Tornando, portanto a hanseníase tuberculóide um tipo de hanseníase mais grave, pois essa doença pode manifestar-se mais precocemente em crianças e também na forma mais grave a neural pura2 onde ocorre espessamento do tronco nervoso, produzindo todavia incapacidades e deficiências físicas.

O controle e redução dessa doença têm grande importância para reduzir a perda das incapacidades que levam a redução das atividades laboriais e na qualidade de vida do indivíduo.

Sistema Tegumentar

A pele e formada por dois tecidos distintos, firmemente unidos entre eles mesmo .A epiderme seria o tecido mais externo. E a derme é a mais interno.

A epiderme e formado por várias camadas (estratos) de células achatadas. A camada de células mais interna, denominada epitélio germinativo, é constituída por células que se multiplicam continuamente; dessa maneira, as novas células geradas empurram as mais velhas para cima, em direção à superfície do corpo. À medida que envelhecem, as células epidérmicas tornam-se achatadas, e passam a fabricar e a acumular dentro de si uma proteína resistente e impermeável, que é a queratina ,às células mais superficiais, ao se tornarem repletas de queratina, morrem e passam a constituir um revestimento resistente.

Toda a superfície machucada está provida de terminações nervosas capazes de captar estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos. Essas terminações nervosas ou receptores machucadas são especializados na recepção de estímulos específicos. Não obstante, alguns podem captar estímulos de natureza distinta. Porém na epiderme não existem vasos sangüíneos. Os nutrientes e oxigênio chegam à epiderme por difusão a partir de vasos sangüíneos da derme.

Nas regiões da pele providas de pêlo, existem terminações nervosas específicas nos folículos capilares e outras chamadas terminais ou receptores de Ruffini. Além da função protetora, realizar trocas gasosas, secretar substâncias, perceber estímulos e regular a temperatura do corpo, entre outras funções.

A derme é uma das camadas que formam a pele, situando-se imediatamente abaixo da epiderme. A pele é formada por três camadas sobrepostas: epiderme, derme e hipoderme, sendo que vários autores consideram esta última camada como já não fazendo parte deste órgão. A derme situa-se abaixo da camada mais superficial, a epiderme, sendo formada, essencialmente, por tecido conjuntivo. Funciona como estrutura de apoio da epiderme, conferindo resistência e elasticidade à pele. Na sua constituição predominam as fibras elásticas e de colágeno, típica dos tecidos conjuntivos. Apresenta ainda uma grande quantidade de vasos sanguíneos e linfáticos, assim como abundantes terminações nervosas. Estas estruturas são formadas por tecido conjuntivo frouxo, intervindo no aumento da superfície de contato entre as duas camadas da pele, logo, aumentando as forças de adesão entre ambas. Esta zona da derme apresenta maior quantidade de fibras elásticas (formadas pela proteínas elastina) e uma densidade mais elevada. Embora de origem epidérmica, os folículos pilosos, as glândulas sebáceas, as glândulas sudorípara e as unhas, encontram-se em reentrâncias que penetram na derme, atingindo esta zona mais profunda. A derme é uma zona do corpo onde existem inúmeras terminações nervosas, responsáveis pela reação de uma grande diversidade de estímulos provenientes do exterior. Podemos encontrar terminações nervosas livres, responsáveis pela sensação de dor e temperatura, também envolvidos na sensação de tato. As terminações de Rufinni podem também estar ligadas à percepção da sensação de calor. A derme funciona como o suporte nutritivo da epiderme, já que é a partir dos vasos sanguíneos situados nesta zona que, por difusão, é feita a nutrição das células epidérmicas

Patologia:

A Hanseníase também conhecida como Lepra, doença de Hansen, é uma doença infecciosa crônica, granulomatosa causada pelo MYCOBACTERIUM LEPRAE, transmitida de pessoa a pessoa através do convívio de suscetíveis com doentes contagiantes sem tratamento, tem a capacidade de enfectar grande número de indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade) sobretudo, de sua relação com o hospedeiro e grau de endemicidade do meio, entre outros. O domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença, embora ainda existam lacunas de conhecimento quanto aos prováveis fatores de risco implicados, especialmente aqueles relacionados ao ambiente social5.

Tem um período médio de encubação que vai de 2 a 5 anos4. O seu diagnóstico na maioria dos casos se torna fácil devido as suas características, pois manifesta-se na pele, nas mucosas e nos nervos periféricos. Há dois tipos polares da doença (depende da resposta imune do hospedeiro); a hanseníase tuberculoide é associada a uma resposta de TH1 (IFN-V), e a hanseníase lepromatosa está associada a uma resposta de TH2 relativamente ineficaz6.

Na hanseníase tuberculóide, a exacerbação da imunidade celular e a produção de citocinas pró-inflamatórias (IL-1 e TNF-alfa) impedem a proliferação bacilar, mas pode se tornar lesiva ao organismo, causando lesões cutâneas e neurais, pela ausência de fatores reguladores. Na hanseníase virchowiana, a produção dos antígenos PGL-1 e LAM pelo bacilo, no interior do macrófago, favorece o escape do mesmo à oxidação intramacrofágica, pois estes possuem função supressora da atividade do macrófago e favorecem a sua disseminação3.

Segundo o Ministério da Saúde para se ter tratamento da hanseníase, precisa ter um ou mais dos seguintes itens:

- Lesão de pele com alteração de sensibilidade

- Espessamento de tronco nervoso

- Baciloscopia positiva na pele3

Imunopatologia da Hanseníase

A infecção ativa pelo Mycobacterium leprae é caracterizada por uma grande diversificação no curso clínico da infecção, variando de uma doença paucibacilar na qual poucos bacilos estão presentes, a uma doença multibacilar, na

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