A Soja - Gestão Portuária
Por: Rodrigo.Claudino • 25/12/2018 • 2.748 Palavras (11 Páginas) • 446 Visualizações
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Para Chopra e Meindl (2002), a informação é essencial para tomar boas decisões de gerenciamento da cadeia de suprimentos porque ela proporciona o conhecimento do escopo global necessário para tomar boas decisões. A tecnologia da informação proporciona as ferramentas para reunir essas informações e analisá-las objetivando tomar as melhores decisões sobre a cadeia de suprimentos.
3 METODOLOGIA
Segundo o site posgraduando a finalidade da pesquisa descritiva é observar, registrar e analisar os fenômenos ou sistemas técnicos, sem, contudo, entrar no mérito dos conteúdos. Nesse tipo de pesquisa não pode haver interferência do pesquisador, que deverá apenas descobrir a frequência com que o fenômeno acontece ou como se estrutura e funciona um sistema, método, processo ou realidade operacional.
A pesquisa descritiva foi o método que utilizamos no nosso trabalho. A pesquisa descritiva realiza-se o estudo, a análise, os registros e a intepretação dos fatos sem a nossa interferência. Observamos e registramos os dados levantados sobre a soja: a sua origem, como é plantada, gestão da cadeia de suprimentos saindo do estado de Mato Grosso até chegar ao estado de São Paulo no Porto de Santos,além da importância econômica da soja para o Brasil.
4 CADEIA DE SUPRIMENTOS DA SOJA NO BRASIL
A soja teve suas origens na Ásia e é reconhecida como uma das plantas cultivadas mais antigas do planeta. Sua evolução começou com o aparecimento de plantas oriundas de cruzamentos naturais, entre duas espécies de soja selvagem, que depois foram melhoradas por cientistas da antiga China. Elas tinham grande importância na alimentação da antiga civilização chinesa e era considerada um grão sagrado.
No século XX os Estados Unidos iniciou sua exploração comercial, primeiro como forrageira e depois como grão. Em 1882, a soja chegou ao Brasil via Estados Unidos, mas foi somente a partir dos anos 1940 que ela adquiriu alguma importância econômica no país. Nesse mesmo ano instalou-se a primeira indústria processadora de soja do Brasil em Santa Rosa, RS e em 1949 o Brasil apareceu pela primeira vez como produtor de soja nas estatísticas internacionais.
4.1 REQUISITOS PARA O PLANTIO
Os principais requisitos para o sucesso do plantio da soja são:
- sementes de elevado valor cultural (poder germinativo mínimo de 80%);
- solo bem destorroado e com superfície uniforme;
- suficiente teor de umidade no solo;
- regulagem correta da semeadeira;
- profundidade de semeadura de 3 a 4 centímetros;
- semeadura em velocidade moderada;
- ligeira compactação do solo após o fechamento do sulco;
- acompanhamento da operação de semeadura.
5 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
A logística de movimentação da soja tem início com a coleta da produção por via rodoviária. Uma parte segue diretamente para os portos de exportação, ou mediante transbordo, para as hidrovias ou ferrovias enquanto a outra parte segue para as unidades industriais que produzirão o farelo e o óleo de soja. Dos modos de transporte existentes, o transporte de soja ocorre através de rodovias, ferrovias e hidrovias. Cerca de dois terços da soja produzida no Mato Grosso são levadas até o porto pelo modal ferroviário e rodoviário.
A construção da Ponte Rodoferroviária em 1998 sobre o Rio Paraná possibilitou a expansão da antiga Ferronorte – atual Malha Norte - até o Estado do Mato Grosso. Este prolongamento da malha ferroviária ajudou na expansão da produção da soja do Mato Grosso e também na exportação pelo Porto de Santos.
Segundo a reportagem do programa Globo Rural, após a soja ser colhida, ela é diretamente carregada em caminhões graneleiros, que são imediatamente direcionados a um dos terminais de descarga da ALL localizados na região Sul do Estado do Mato Grosso, sendo um no município de Alto Araguaia e outro em Alto Taquari. Com a chegada da soja, o caminhão demora menos de uma hora para a descarga, após perpassar pelos processos de marcação e classificação. Depois de ser descarregado, o produto permanece por no máximo dois dias em um dos armazéns da ALL localizados nos municípios de Alto Araguaia e Alto Taquari e é embarcado com destino ao Porto de Santos (SP). Na cidade de Lucas do Rio Verde se colhe 40% da safra mato-grossense de grãos e é levada para o Terminal de Alto Araguaia da ALL. Leva-se cerca de duas horas e meia até que o trem esteja carregado e pronto para percorrer os 1.400 quilômetros que leva ao Porto de Santos, em uma viagem de quatro dias.
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Figura 1 – Caminho da soja até o Porto de Santos
O 1/3 restante são escoados através de duas hidrovias:
- Hidrovia do Madeira: Trata-se da principal hidrovia do país, utilizada para escoar a produção de Mato Grosso e Rondônia. No porto da capital de Rondônia, Porto Velho, a soja é transferida dos caminhões para barcaças, nas quais os grãos são transportados até o Porto de Itacoatiara. Lá, é feito o transbordo para navios de grande porte, que descem o rio Amazonas até o Oceano Atlântico com destino ao mercado externo.
- Hidrovia Tietê-Paraná: Usada para escoar a produção da Região Centro-Oeste até o Porto de Santos. A principal razão pela qual o Brasil não dispõe de um sistema hidroviário que venha a solucionar o problema de transporte reside no fato de que não há rios navegáveis que desemboquem no oceano. Os rios brasileiros, com exceção dos sistemas Tietê-Paraná e Madeira, não estabelecem ligações entre os centros econômicos importantes. Isso torna necessário várias operações de transbordo para que o produto chegue ao destino final. Essas operações acarretam custos operacionais e perdas que desestimulam o uso da hidrovia.
Os armazéns são fundamentais para todo o processo logístico dos circuitos agrícolas, na produção, na comercialização, na industrialização, no consumo, no atacado e varejo e também nos estágios de exportação e importação. Dessa forma, a falta de infraestrutura de armazenamento,
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