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Mitos de Criação do Japão

Por:   •  7/5/2018  •  2.617 Palavras (11 Páginas)  •  317 Visualizações

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Finalmente, quando Izanagui se lavava nasceram três deuses. Quando molhou o olho esquerdo, Amaterasu Omikami, a deusa do Sol nasceu. Enquanto ele lavava o olho direito, nasceu Tsukiyomi-no-Mikoto, o deus da Lua e quando ele lavou o nariz, Susano-O, foi a vez do deus da tempestade.

Os dois irmãos Amaterasu, a deusa do Sol, e Tukiyomi, o deus da Lua são responsáveis, respectivamente, pelo dia e pela noite. Entre as muitas histórias contadas acerca de Amaterasu, a que conta a sua retirada para dentro da caverna é das mais conhecidas. Amaterasu e Susanoo tinham discutido depois do primeiro ter pregado uma peça ao deus do Sol, que levou à destruição dos seus campos de arroz. Amaterasu vingou-se e retirou-se para uma gruta, mergulhando o mundo na escuridão. Lá ficou até que uma deusa, incitada por outras divindades, executou uma dança festiva fora da gruta. Sem conseguir resistir à curiosidade, sabendo que o mundo estava em total escuridão, Amaterasu saiu e viu o seu reflexo num espelho que os deuses tinham suspendido de uma árvore. Desde então, o mundo tem conhecido o ciclo normal do dia e da noite.

Segundo a mitologia japonesa, a primeira filha, a deusa Amaterasu, é a que descende a família imperial do Japão. E o primeiro filho dessa deusa é o primeiro imperador do Japão, Jin Mu Tenoo que significa “o passo do deus xinto” que governou o Japão entre 585 à 660 AC. Para se ter uma idéia concreta, o atual imperador Akihito é o 125º imperador daquele país.[2]

O irmão Susanoo foi punido pela irmã Amaterasu e foi mandado para a província de Izumo onde havia só terra coagulada e que ele tinha de construir uma nova cidade. Diz a lenda que o deus Susanoo era um homem cabeludo com barba comprida, daí talvez os nativos AINU forem descendentes dele.

Deus Susanoo era muito valente que um dia quando na sua cidade de Izumo apareceu um dragão de oito cabeças, engolindo moças e rapazes, ele resolve acabar com ele, dando-lhe oito tambores de saque para o dragão ficar bêbado. Quando o dragão já está num estado sonolento, o deus Susanoo avança em cima do dragão e retira-se do estomago, jóias preciosas, as moças e rapazes; e do rabo, a espada.

A segunda relíquia da família imperial até hoje é essa espada e a terceira é uma dessas jóias. Portanto, são três as relíquias que são mostradas na cerimônia oficial da família imperial:

O espelho que representa o sol, a bandeira nacional;

A espada a origem do bushidou, Samurais;

E a jóia que representa a riqueza do país.

Segundo a mitologia, o primeiro lugar estabelecido como sendo Japão, foi na província de Izumo, onde até a presente data existe o grande santuário Xinto. A deusa Amaterasu e o segundo irmão Susanoo, Tsuki Yomi migraram-se para Kyushu, a quarta ilha do atual Japão. Nessa região eles estabeleceram Yamato, antigo nome que se dá ao Japão. Nesse Yamato (a grande paz) estabeleceu-se o primeiro imperador Jin Mu Tenoo.[3]

Capítulo 1

O mito de Criação

A autora discute os mitos de criação de 3 maneiras:

1º narra o mito que mostra mais claramente os outros, como a criação é um despertar para a consciência, no qual podemos captar o flagrante de como o despertar para a consciência é idêntico à criação do mundo.

2º introduz alguns exemplos do nascimento do cosmo através de uma ação ocidental.

3º apresenta um tipo em que criação é representada como um movimento de cima para baixo – em que os seres espirituais do alem criam, descendo ou atirando coisas para baixo.

-Deus Xinto os enviou à terra como seu representante para criar as ilhas do Japão. Através de uma Ponte Flutuante celestial colocada entre o céu e a terra, mergulharam uma Lança Preciosa celestial no mar, mexendo-as. Fizeram o mar agitar-se e, quando levantaram a lança novamente, a salmoura que pingou da sua ponta, formou uma ilha.

Izanagui e Izanami casaram nesta ilha e ergueram um totem sagrado e um palácio espaçoso.

(In: Mitos de Criação, p. 30)

Capítulo 4

Os dois Criadores

Em seguida, aborda o motivo de dois criadores, ou criadores irmãos.

O motivo do gêmeo naturalmente não se restringe aos mitos de criação. Há inúmeros mitos de herói em que existe um pai como Gilgamesh e Enkidu. No mito de Gilgamesh e Enkidu, descobrimos que Gilgamesh está ligado ao deus sol e que Enkidu vai primeiro para o mundo inferior. Enkidu está mais relacionado com a morte e é o mais mortal dos dois; ele precede Gigamesh na terra dos mortos e é o tipo mais antigo de homem, com seus comportamentos arcaicos e animalescos. Devemos pressupor que essa dualidade é uma lei básica de todas as manifestações psicológicas e não aparece só na origem da consciência, quer dizer, nos mitos de criação mas também em muitas outras narrativas.

(In: Mitos de Criação, p. 112)

Izanagui seguiu-a até Yomi, o país dos mortos, mas era tarde demais: ela já comera no lar de Yomi. Izanami pediu a Izanagui que a esperasse, enquanto ela discutia com os deuses para saber se podia voltar.

Capítulo 4

Os dois Criadores

Em seguida, aborda o motivo de dois criadores, ou criadores irmãos.

O motivo do gêmeo naturalmente não se restringe aos mitos de criação. Há inúmeros mitos de herói em que existe um pai como Gilgamesh e Enkidu. No mito de Gilgamesh e Enkidu, descobrimos que Gilgamesh está ligado ao deus sol e que Enkidu vai primeiro para o mundo inferior. Enkidu está mais relacionado com a morte e é o mais mortal dos dois; ele precede Gigamesh na terra dos mortos e é o tipo mais antigo de homem, com seus comportamentos arcaicos e animalescos. Devemos pressupor que essa dualidade é uma lei básica de todas as manifestações psicológicas e não aparece só na origem da consciência, quer dizer, nos mitos de criação mas também em muitas outras narrativas.

(In: Mitos de Criação, p. 112)

Izanagui seguiu-a até Yomi, o país dos mortos, mas era tarde demais: ela já comera no lar de Yomi. Izanami pediu a Izanagui que a esperasse, enquanto

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