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Motivação: Mitos

Por:   •  9/4/2018  •  7.068 Palavras (29 Páginas)  •  306 Visualizações

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No geral, a grande maioria dos pressupostos básicos que apóiarn as teorias voltadas à expli casaca da motivação do ser humano fôram simplesmente concebidos a partir de um conjunto de dadcs estatísticos e, por isso mesmo, abstratos, que re*ratam o perfil de uma amostra da população. mas não explicam, realmente, a maneira particular pela qual cada um dog componentes desse grupo leva a sua existencia de ser humano motivado, Sob o ponto de vista da compreensão intelectual, essas informações podem ser bastante «mhectdas e sua lógica, na grande maioria dcs casos, mostra-se racionalmente irrefutável, É jusamente nesse tipo de abordagem que reside o grande engano gerador dos prinapaiS mal-entendidos a respeito daquilo que se tem estudado como motivaçao_[pic 23]

Essas tentativas t€'rico-racionaig, que expucam apenas um ser humano abstraído de sua natureza existencial, tomaram possível a emergéncna e a rápida difusão de pontos de vista, opmóes e crenças pessoais tao abundantes quanto díspares sobre a fenomenologia da motivaçh,o, os quais têm levado mais confusão do que ao esclarecimento,

De fato. com tantas explicações a respeito das características 4Specíficas da motivação, os contemporâneos tinham mão tudo aquilo de que necessitavam para construir uma "nova torre de Babel" , Previsivelmente, rodo esse acervo de mitos, crenças e mal-entendidos, transforma em missão impossivel qualquer esforço de conciliar pontos de vista profundamente diferentes e, por que nao, antagônil,xw. Cada teórico, então, buscou ansicsamente atingir o ápice do verdadeiro conhecirnento, mas cada um deles serviu-se de uma linguagem pessoal, desprovida de qualquer sentido para demais. Foi assim que se desenvolveu vasta quan de impreci$óes a respeito de umi conceito que deveria ter sido proposto com maior fidedignidade em relação às pessoas kxmeretas,[pic 24][pic 25][pic 26]

Dentro de um clima de confusão generalizada, não se pode estranhar a apanção de que adotaram enfoques tão diferentes sobre urn mes• mo tema de estudo- para alguns deles, parecia tmpossivel compreender esse verdadetro nusténo chamado motivação humana — melhor seria que o assunto fcxsse esquecido. Para outros, a confusão instaurada representava um grande desafio, que nêo poderia ser vencido sengo através da «mcentra até que novamente o tema central fosse redescoberto.[pic 27]

Como é perceber, uma quantidade enorme de teorias e hipóteses foram se acumulando nas últimas três décadas, gerando inierpretações e modelos os mais variados quanto compreensão do assunto em pauta. A decorrência lógica, nascida da dificuldade de esolher•se uma orientaçao prects.a, como ponto de apoio do estudo da motivaçao, fica evidente quando se descobre uma egpéeie de decepção frente a tantas teorias, A parar daí* cada um passa a adorar sua própria Interprea respeito do comportamento motivacional,[pic 28]

A multiplicidade de abordagens, no entanto„ renete, sem dúvida alguma, a importância capital desse aspecto tão eminentemente característico do ser humano, Parece, pis, rido somente rw•cessário como também oportuno, repensar a motivação, examinando mais uma vez, de maneira suficiente» rnente critica, o acervo atua) básico de conhecimentos sobre o assunto. Tálvez seja este o rnomento de tentar tu:svamente "colocar em pé, o ovo de Colombo".

O QUE NÃO É MOTIVAÇÃO

[pic 29]Como se pode facilmente perceber, o tem-vo motivação tem sido empregado com og mais diferentes significados- Tal fato tem se constituido no primeiro e mais importante passo para a insthuraçào de uma grande confusao sobre o real conteúdo por ele abrangido.

Algumas pesscvts afirmam que é necessário aprender a motivar os outros, enquanto outras acreditam que ninguém pode .ÀrnaiS motivar quem quer que se», Essas duas maneiras de pensar Sio a ilustração da crença de que existem diferentes maneuras de justificar as ações humanas, NO primeiro caso, pressupOe-se que a força que conduz o comportamento motivado está fora da pessoa, quer dizer. nasce de fatores extrinseccs que SáO, de certa forma, soberanos e alheios à sua vontade, No segundo caso, subjaz a crença de que as açóes humanas São espontâneas e gratuitas, uma vez que têm suas origens nas impulsos interiores; assun sendo, o próprig_-l ser htl• mano traz ern si seu potencial e a fonte de origem do seu comportamento motivacionalEmbora seja possível reconhecer que as pessoas podem agir, seja movidas por agentes externos, seja impulsionadas suas forças interiores, nào se pode confundir esses dois tipos de comportamento, uma vez que eles são qualitativamente distintos e por isso merecem explicações diferentes Quando os determinantes do comportamento se em:rntrarn meio ambiente, aquilo que se obser• va pode ser concebido uma simples reação comportamental do individuo ao estímulo de tais fatores, Autores corno Herzberg, por exemplo, chamam-no de movimento. Quando a ação tem corno origem o potencial prupulsor, interno à própria pessoa, aquilo que se cósrva em termos comportamentais é realmente identificado como motivação. No primeiro caso, a atividade comportamental cessa o desaparecimento da variável exterior. enquanto no segundo, a Fssoa continua a agir por Si mesma o tempo necessário para que gua necessidade interior seja[pic 30][pic 31][pic 32][pic 33][pic 34]

A característica da reação ou do simples movimento é a de ter sua origem nas teorias comportamentalistas, tambérn conhecidas em psicologia como behavioristas ou experimentalistas, Nesse caso, especificamente, existe urna ligação necessária entre o estímulo. considerado como uma modificação ambienta], e a resposta comportamental. que é concebida como uma espécie de acomodação do organismo vivo às modificações operadas no meio ambiente. Milhollan & Forishal assim se referem a esse respeito• 'FA orientação comportamentahSta considera o homem como[pic 35]

[pic 36]

p,mssivo, governado peias estñnulos fornecidas pelo ambcertte exterior. O homem pode ser manipulado, o que significa que seu comportamento pode ser cort• trolado através do planeiãmento adequado de um conjunto especifico de estfr•galos arnóeentais. Ainda mais, as leis que governam os homens fundamentalmente idéntecas ás leis universais que governam os fenómenos naturais" ,[pic 37]

As descobertas feitas por Pavlov a respeito do Reflexo Condicionado representam um importante passo imcial para as teorias que tomaram por base a observação de animais em laboratórios, Essa é a razão pela qual tars peug.quisadores são chamados de experimentalistas.

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