Análise do Sistema Low Fare/Low Cost em Companhias Aéreas
Por: Lidieisa • 23/3/2018 • 3.433 Palavras (14 Páginas) • 388 Visualizações
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Elaborar um corpo teórico reunindo as principais premissas em torno da gestão de pessoas, suas contribuições e perspectivas em organizações turísticas direcionando ao contexto das companhias aéreas;
Investigar in loco através de um estudo empírico indicadores organizacionais que permitam demonstrar o modelo de gestão de pessoas adotado na empresa estudada;
Demonstrar a importância da gestão de pessoas numa organização turística enfatizando seus principais desafios e perspectivas com ênfase no caso das companhias aéreas, em especial a GOL na base de São Luís.
- Justificativa
Esta pesquisa abrange um assunto amplo, trata-se de um ramo da administração e por isso mesmo poderíamos avaliar qualquer empreendimento. Contudo, neste trabalho será analisada a gestão de pessoas aliada ao turismo.
A pesquisa visa trazer uma luz ao entendimento das duas áreas e seus pontos em comum. Tendo em vista sua abrangência, será destacado especialmente o papel do gestor em companhias aéreas, visto estar mais próximo da realidade do turismo.
O setor de transportes, especialmente o transporte aéreo, afeta diretamente a atividade turística. Seu impacto é visível desde o momento do planejamento de pacotes a efetivação de instalações turísticas. Se tal área influi de tal forma na atividade turística, estudar uma empresa voltada para a prestação de serviços neste setor mostra-se de grande importância, pois identificará os possíveis problemas e apontará formas de incrementar a melhoria contínua de seus serviços.
Quando se fala em turismo imagina-se natureza, praia, sol, hotel, festas, manifestações culturais, monumentos. Mas o que pode passar despercebido para alguns é que só é possível haver turismo se alguma empresa possibilitar que tal atividade aconteça. Contudo, não se trata de apenas existir uma empresa que promova tal atividade, mas torna-se necessário que tal empreendimento seja liderado por pessoas capacitadas e que saibam como capacitar seus funcionários para que a organização continue crescendo de forma sustentável. Devido a necessidade de estudos voltados a essa área é que esta pesquisa será feita, uma tentativa de aproximar ainda mais o estudante e/ou profissional do turismo com a realidade da administração.
A maioria dos estudos realizados em turismo está voltada para a questão sócio-cultural. Sendo assim, existe a necessidade de uma análise do setor econômico, do perfil das empresas, da qualificação dos profissionais da área, dos desafios dos gestores de empresas privadas de turismo. Este é um dos motivos pelos quais esta pesquisa tratará de um lado menos conhecido da atividade turística, a gestão de pessoas, especialmente em companhias aéreas.
A pesquisa será voltada para o processo de gestão de pessoas na atividade turística. Será dado destaque ao maior exemplo de sucesso com o sistema de baixa tarifa no país, com o caso da Gol Transportes Aéreos, analisando seu modelo de gestão e sua participação no turismo brasileiro.
A pesquisa analisará a companhia aérea, cujas operações já estão presentes nas principais cidades do Brasil e algumas capitais da America do Sul. O estudo se baseará nas operações da GOL em São Luís - MA. Após a realização deste trabalho será possível avaliar com precisão o que a companhia aérea tem promovido na base São Luís para incrementar suas atividades, que programas são utilizados para capacitar seus funcionários, quais os resultados obtidos, quais os maiores desafios encontrados pela empresa para promover o bom desempenho de seus funcionários e quais suas perspectivas quanto ao futuro mediante as incertezas da economia globalizada e vulnerável a distúrbios de natureza econômica.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
O capítulo descreve em linhas gerais a abordagem teórica da monografia e aponta os princípios da gestão de pessoas, sua relação com o turismo, bem como dados e informações pertinentes ao contexto organizacional estudado, a companhia aérea GOL.
2.1 Gestão de Pessoas
Quando uma empresa fala em incrementar seus produtos, quase automaticamente se menciona um novo acordo comercial, a aquisição de novas ferramentas de trabalho, a abertura de uma nova filial para abranger uma nova zona comercial. Nem sempre a contratação de novos funcionários, estes bem capacitados e motivados é mencionada. O que parece é que estes são relegados ao segundo plano. Mas os funcionários, juntos com as máquinas e o ambiente de trabalho, também desempenham um papel de suma importância nas organizações. Por isso a necessidade de incrementar, também, o fator humano. Felizmente, para a harmonia entre organização e empregado isto tem sido aprimorado através dos tempos.
Até por volta da década de 70 do Século XX as empresas utilizavam o modelo operacional vertical e compartimentado, hierárquico, onde a comunicação e a integração eram comprometidas por falta de “entrosamento” entre os diferentes setores da organização. (TACHIZAWA et al., 2004:11)
Contudo, isso começa a mudar com o início da era da globalização. As barreiras começam a desmoronar. Os gerentes mudam de perfil. Estes começam a aprender a valorizar o comportamento dos funcionários, tratá-los, não como só mais uma peça na empresa, mas como a peça mais importante. Para Tachizawa (Ibid, 2004) “as pessoas nas organizações são, na verdade, muito mais do que simples recursos, pois delas dependem os resultados da organização.” Ainda, “a organização que pretende alcançar a excelência deve estabelecer estratégias de gestão de pessoas visando a obtenção de um clima de trabalho propício ao alto desempenho empresarial.” Portanto, se os resultados das organizações dependem principalmente dos funcionários, a grande maioria do investimento deveria ser feito sobre este. O conseqüente bom desempenho do funcionário seria uma reflexão desse investimento.
Para Aquino (1980:18) a empresa é um sistema de unidades interdependentes. Por isso é incoerente que possa haver partes isoladas do todo. Fica claro o papel da gestão de pessoas e de seu gestor. Para o bom desempenho das funções de uma empresa o clima organizacional deve ser o mais harmonioso possível. Mas isso não parece ser tão fácil. Por isso um desafio. Um desafio a ser enfrentado por todos os gestores de recursos humanos. Saber lidar com pessoas, acompanhar as inovações, saber olhar para o futuro e ainda assim
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