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Quadro de autores Questão Social

Por:   •  21/3/2018  •  1.401 Palavras (6 Páginas)  •  245 Visualizações

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Wanderley: ampliando o conceito para além do mundo do trabalho

Wanderley se distancia um pouco dos temas centrais das análises dos outros autores, o autor se diferencia pois, utiliza um base mais histórica, não deixa de considerar a relação de trabalho como produto principal da questão social, mas volta a considerar outros velhos problemas sociais. O autor leva em conta a realidade histórico-social da América Latina. Podemos extrair três grandes considerações da análise deste autor:1° - ao falar da questão social na atualidade, o autor se refere, principalmente, aos efeitos da globalização. Tais efeitos que vêm aumentando o estado de miséria e pobreza nos países dependentes. 2° - para Wanderley a visibilidade e o reconhecimento da questão social dependem da correlação de forças.3° - para o autor, a questão social é multidimensional, pois é parte constitutiva da nação, do Estado, da cidadania, do trabalho e das relações de gênero.

Netto: os determinantes estruturais da questão social

Para Netto a questão social é um conjunto de inúmeros fatores determinados pelo surgimento da classe operária e sua inserção na produção e reprodução capitalista. Ele considera as fases de monopólio do capitalismo a fase de constituição do Serviço Social, e diz que a emergência da profissão é decorrente somente das fases de monopólio e não do processo geral do capitalismo. Para ele, a questão social possui origem conservadora, pois era vista como uma reforma social, um meio que os políticos, ideólogos e religiosos da época encontraram para se livrar dos males sociais. Este caráter conservador atribuído pelo autor se deve ao fato de que, ele acredita numa solução para a questão social que não precise tocar nos pilares fundamentais da ordem burguesa. E para tal afirmação ele se utiliza de Marx ao dizer que a solução do pauperismo (raiz da questão social) não esta na sociedade civil, mas sim na estrutura econômica.

Iamamoto: as dimensões sócio-históricas da questão social

Iamamoto faz uma análise da questão social através do desenvolvimento histórico da mesma no Brasil. Para a autora a questão social teve início na Primeira República, com a generalização do trabalho livre. A questão social, na visão de Iamamoto, se manifestou após a transição da base econômica brasileira, um resultado do fim da república agrária e início da industrialização. Para ela, está ocorrendo um retrocesso da questão social, pois é apresentada por alguns autores ainda como uma disfunção social. A autora ainda coloca que a implantação do Serviço Social no Brasil é um resultado do amadurecimento do trabalho e da ação da Igreja Católica.

Faleiros: a questão social e as indefinições do objeto do Serviço Social

Para Faleiros a questão social é fruto das contradições do capitalismo industrial e se manifesta através das lutas de classes. O autor trabalha com duas vertentes: a visão marxista e a visão católica. Porém, sua compreensão de questão social é articulada a vertente marxista. O autor nega a questão social como objeto teórico-prático do Serviço Social, pois diz ser uma imprecisão teórica, para ele a questão social é puro reducionismo, pois não se leva em conta as complexidades da sociedade.

Yasbek: pobreza, subalternidade e exclusão como expressões da questão social

Assim como os outros autores, Yasbek parte de uma visão marxista e diz que a pobreza, subalternidade e a exclusão social são resultados de um processo que permeia a vida das classes subalternas do Brasil. A autora também acredita no caráter conservador da questão social, onde na metade do século XIX era vista como um meio de reforma social. Para ela, a relação capital/trabalho são elementos constitutivos da questão social. Yasbek, assim como Netto, acredita que a questão social é ineliminável na sociedade capitalista, porém defende um sistema de proteção social, que possa viabilizar políticas sociais consistentes.

Pereira: a questão social em questão

Para Pereira a questão social é um desenvolvimento da política social, a autora acredita que a origem de tais políticas são respostas às reivindicações das classes trabalhadoras e não uma mera astúcia dos capitalistas. Pereira questiona a existência da questão social na atualidade, pois ela é um produto da dialética entre estrutura e ação, no contexto dos acontecimentos da Europa, na época da revolução industrial. Para a autora, de fato, a questão social surgiu neste contexto europeu, onde surgia a relação

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