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Leitura e Produção de Texto

Por:   •  16/2/2018  •  4.680 Palavras (19 Páginas)  •  344 Visualizações

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Estratégias de leitura

Estratégias de leitura são táticas ou meios que os leitores utilizam para adquirir a informação, ou ainda métodos ou ações escolhidas para facilitar o processo de compreensão em leitura. As estratégias de leitura ajudam o leitor a usar o conhecimento prévio, a realizar inferências para interpretar o texto, identificar as coisas que não entende e então, esclarecê-las, pois, segundo Solé espera-se que, esse leitor processe, critique, contradiga ou avalie a informação que tem diante de si, que a desfrute, rechace, que de sentido e significado ao que lê. Por isso, faz-se necessário o uso de tais estratégias como seleção, antecipação, inferência e verificação, pois, exigem a participação ativa do leitor, podendo ser aplicadas a qualquer tipo de texto ou em qualquer momento da leitura, com o sem auxilio.

Leitura e a produção de sentidos

Como nas estratégias de leitura, se ressalta na leitura e produção de sentidos, a importância de se levar em conta os conhecimentos prévios do leitor, condição fundamental para estabelecer uma interação com maior ou menor durabilidade, intensidade e qualidade, tendo em vista que no exercício da leitura, o lugar social, vivências, relações com o outro, valores da comunidade e conhecimentos textuais são elementares. Com isso, Koch e Elias dizem ser correto expor que não existe uma única leitura e um único sentido para o texto, mas sim, há uma pluralidade de leituras e de sentidos, considerando assim, que o entendimento é diferente de um leitor para outro, e de momento o que implica aceitar essa multiplicidade em relação a um mesmo texto.

REFLEXÕES: LEITURA NA ESCOLA: LIVRO, BIBLIOTECA, BIBLIOTECA DE CLASSE.

Professores se preocupam com a formação de bons leitores na escola, e fazem vários questionamentos referente à introdução do livro aos alunos.

Pensa-se que, havendo esclarecimento no quê e como fazer, maior será a chance de acertar, incluindo o ensino de leitura que é a aula de Biblioteca de Classe, reservando um espaço de tempo curricular para que professores e alunos, potencializem a pratica de ler. Embora a leitura seja uma atividade universal, ela não pode ser tomada como pratica igual para todos.

Batista e Galvão (1998), em suas pesquisas da antiga realidade da leitura destacam dois modelos, entre o ultimo ano do séc. XIX e as primeiras décadas do séc. XX. O primeiro modelo apoiava-se nos livros de enciclopédia, onde os textos lidos tinham o intuito instruir os alunos nas mais disciplinas do currículo escolar como, ciências, história, geografia etc. O segundo modelo identificava o livro de leitura aos ensinamentos morais e cívicos. Neste modelo por sua vez, observa-se uma realidade onde o poder de ensino estava nas mãos do professor, e no livro texto, a pratica mais usada era leitura em voz alta, uma pratica temida por muitos alunos. Segundo os autores é em 1921 que surge o livro Narizinho Arrebitado, de Monteiro Lobato, trazendo inovação e com a intenção de provocar o prazer do ato de ler, mais ignorado pelas instituições. Nos anos 20 e 30 do século XX muitas reformas educacionais surgiram trazendo métodos ativos e participativos do aluno. Ações que permitiam a visibilidade do livro não como uma obrigatoriedade, mas sim, como um importante instrumento de pesquisas, consultas e mais do que isso, como um instrumento de recreação.

Nas escolas modernas, (...) a biblioteca é parte integrante e da mais alta relevância no organismo escolar. Nas escolas mais modernas se vêem livros por toda parte, tendo-os os alunos com fartura à sua disposição, como acontece, por exemplo, nos Estados Unidos.

(Campos, 1936:272 apud Mendes Filho, org. 1998).

Percebe-se que houve uma expansão tanto na rede escolar como no mercado editorial a partir dos anos 50 e 60, como também o surgimento de uma nova geração de escritores infanto-juvenis, fortalecendo mais o ensino na escola e também regressando aos gêneros não escolares como, revistas, quadrinhos, entre tantos e diversificados textos que vão de bulas de remédios, até embalagens de produtos comerciais. Tendo como principal instrução a orientação para a valorização e uso, as funções e os significados sociais da leitura e escrita. Apesar da tentativa de introduzir o uso de novas ferramentas para auxiliar no processo de estimulo a leitura, visivelmente tais inovações tem sido desiguais. Hoje nota-se um campo de conflitos no modo de trabalho com textos e a pratica de leitura, em relação ao uso de novas e antigas práticas de ensino.

Os acervos de classe foram pensados para funcionarem como uma complementação ou na eventual ausência de uma biblioteca no espaço escolar como um substituto. Dessa forma para uma efetiva atuação e proveito da biblioteca de classe espera-se que cada acervo contenha uma diversidade de gêneros como também uma quantidade de materiais (livros, revistas, quadrinhos...) superior em relação ao numero de alunos, dando a eles toda autonomia para escolher um livro, sugerir, e trocar entre si, permitindo-lhes ainda expressar suas opiniões e anseios acerca do leram. Talvez assim, aumente o interesse e o gosto pela leitura por parte dos alunos.

A leitura é uma atividade complexa que envolve o individuo por completo, desde a sua realidade, lembranças, suas intenções entre outros estímulos pessoais. Levando em conta essa complexidade, é importante a presença deste acervo de biblioteca de classe, oferecendo a possibilidade de um contato direto, manual, corporal e visual, porém, apesar das tentativas incessantes para introduzir esse novo modelo de trabalho com a leitura nas salas de aula, autores e principalmente professores deparam com uma situação onde esse projeto, ainda não foi totalmente concretizado, por existirem varias barreiras a serem superadas.

2ª ETAPA

- GÊNEROS TEXTUAIS.

No dia-a-dia, deparamo-nos com uma série de textos com características e funções distintas: uma bula de remédio não se parece com um artigo jornalístico, uma receita de bolo não lembra um romance, um bilhete é diferente de uma entrevista, etc. Isso quer dizer que, de acordo com as necessidades do emissor e do receptor, compomos textos bem variados, pertencentes a gêneros diferentes. Os textos acima citados pertencem a gêneros distintos, pois cumprem papeis diferentes da vida diária, por exemplo. Por exemplo, uma bula de remédio tem por função esclarecer ao consumidor quanto ao uso de um certo

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