As Técnicas Interventivas

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Nesse sentido, a utilização dos instrumentos acaba se reduzindo à operacionalização das exigências institucionais, sem contribuir para a potencialização e qualificação da prática.

Dentre as atribuições dadas ao serviço social, é incumbido aos profissionais informações sobre a rotina institucional, informações sobre prevenção e tratamento de doenças, situações de violência, e, inclusive, a escuta sobre os problemas enfrentados pelos portadores de doenças e prestando apoio e estímulo para que os usuários enfrentem essas dificuldades. Os profissionais diante dessas diversas tarefas atribuídas aproveitam para viabilizar informações sobre direitos trabalhistas, previdenciários, realizam encaminhamentos (procedimento que compõe a ação de articulação interinstitucional para fins de acesso a serviços na perspectiva da garantia de direitos), acompanhamento social (conhecer as diferentes dimensões da vida desse usuário, dentro e fora da instituição e assim pode provocar uma visão de totalidade da situação enfrentada na instituição), entre outros serviços de apoio. E ainda é desafiado a criar estratégias que possibilitem a ampliação de direitos sociais – mesmo em condições restritas, mobilização da rede de serviços no território.

O registro de dados, por sua vez, se dá a partir dos atendimentos realizados pelos assistentes sociais. É uma exigência institucional para levantamentos estatísticos e para o registro da produtividade do serviço. Cabendo uma reflexão técnica e ética sobre esse procedimento. Muitas vezes o fazer profissional se vê limitado a fichas sociais, relatórios, prontuários, pareceres sociais, livros de ocorrência. Muitas informações de usuários que muitas das vezes exigem o sigilo profissional são compartilhados com toda uma equipe multidisciplinar devido a falta de condições materiais de uma instituição. Tornando-se uma problemática, e que merece uma constante atenção para sua superação.

Em suma, ao tratarmos dos procedimentos de caráter individual utilizados pelos assistentes sociais, destaca-se que o relacionamento entre assistentes sociais e usuários é fundamental para concretizar o acesso destes aos serviços institucionais.

Referência

MEDINA, Cremilda A. Entrevista: diálogo possível. São Paulo: Ática, 2004