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Currículo Indígena

Por:   •  25/3/2018  •  895 Palavras (4 Páginas)  •  215 Visualizações

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As sociedades indígenas brasileiras, em sua diversidade, encontram muitos pontos de contato entre si em sua pauta política, no conjunto das lutas de cidadania da nação brasileira. Por outro lado, cada sociedade é singular em seu corpo de conhecimentos. Ao mesmo tempo, expressam por meio da educação escolar a vontade de participarem de forma determinada e autodeterminada da chamada sociedade nacional na qual vivem, sem perder suas identidades comuns como indígenas e específicas como Bororo, Krahô, Kaingang, etc.

No entanto, se é possível observarmos tentativas de fazer valer as diferenças entre as várias sociedades indígenas, o mesmo não se observa em relação às várias diferenças entre a sociedade indígena e a não indígena. As experiências vividas no contexto da educação escolar indígena no Estado de Santa Catarina parecem indicar a possibilidade de diálogo que promova a convivência entre povos com diferentes culturas e em que se possam aprender uns com os outros. No entanto, essas iniciativas são raras e ainda assim feitas mais a título de “curiosidade”.

Um currículo que acolhe a diferença exige um contexto democrático de decisões sobre os conteúdos do ensino, no qual os interesses de todos sejam representados. Isso implica uma mentalidade diferente por parte de professores, pais, alunos e administradores na busca de uma escola com um projeto aberto, que dê espaço ao diálogo e à comunicação entre os diversos grupos. É fato que, tradicionalmente, deixamos nas mãos de outras pessoas a decisão de que conteúdos devem integrar o currículo. Ao mesmo tempo, estes conteúdos se tornam os únicos possíveis e pensáveis quando trabalhamos em sala de aula. Muitas culturas minoritárias têm sido “negadas” e “silenciadas” dentro de nossas escolas, entre as quais: a questão feminina, etnias, raças, opções sexuais, o meio rural, as pessoas com deficiências físicas e/ou psíquicas etc. Responder a estas questões dentro de uma proposta curricular não significa em nenhum momento reduzir estes aspectos a uma série de lições ou unidades didáticas destinadas a estes estudos.

Referência:

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Ensino Fundamental. Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas. Brasília : MEC/SEF, 1998.

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