A inclusão de crianças e adolescentes no âmbito escolar
Por: Kleber.Oliveira • 17/5/2018 • 12.141 Palavras (49 Páginas) • 351 Visualizações
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Palavras chaves
Inclusão, Cooperação, pais, escola, educador e participantes.
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2 – JUSTICATIVA DO TEMA
De Acordo com o dicionário da língua portuguesa (1970).
Incluir = Abranger, compreender, inserir, introduzir fazer parte.
Incluso – Incluindo, compreendido.
Este trabalho é uma tentativa de mostrar que a inclusão é possível, embora haja resistência e decidi aborda-lo de uma forma mais profunda, através de sua história e do aspecto legal.
É importante discernir inclusão de integração, pois a integração escolar é uma forma condicional de inserção em que vai depender do aluno no nível de sua capacidade de adaptação as opções do sistema escola. Na integração tudo se mantém nada se questiona.
A inclusão institui a inserção de uma forma radical, completa e sistemática uma vez que o objetivo é incluir um aluno ou grupo de alunos que não foram anteriormente incluídos.
A meta da inclusão é não deixar ninguém fora do sistema escolar ainda que a incorporação seja gradativa. A inclusão é definida por um sistema educacional modificado, organizado e estruturado para atender á necessidades de cada aluno.
Educação inclusiva propõe o respeito ás necessidades individuais, o estimulo para a prática e formação de cidadãos mais cooperativos e solidários, o que importa não é a deficiência, mas o sujeito e não mais o contexto.
3 – OBJETIVOS GERAIS
Inclusão é uma palavra que ouço muito na educação, porém na prática encontra resistência quanto a sua aceitação, como expressões do tipo como? Não sabemos, fica difícil, melhorar nem tentar é complicado etc.
Conclui assim, que essa resistência é fruto de uma sociedade que trata a normalidade como o único padrão a ser seguido, já que pessoas sem deficiência não requerem cuidados específicos, o trabalho é muito mais simples.
Portanto segui o caminho da literatura e os fundamentos legais para analisar e refletir sobre os porquês de sua não aplicabilidade.
4 - VISÃO HISTÓRIA - A EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE ALUNO ESPECIAL
A inclusão de alunos com NEEs (Necessidades Educacionais Especiais) é garantida pela legislação nacional e internacional. A lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN nº. 9394/96), em seu capitulo V, art. 58, aborda não apenas a permanência física dos alunos com NEEs junto aos outros educando, mas revela uma nova concepção sobre a educação e inclusão desses sujeitos: “Entende-se por Educação Especial, para os efeitos desta lei, a modalidade de educação escolar de ensino, para alunos portadores de necessidades especiais” (Brasil, 2001, p12).
Mazzota (1993, p.43), “O programa de professores deve incluir amplo fundo de educação profissional comum e especializada. Além disso, devem ser-lhes proporcionadas experiências práticas, integradas com a teoria”.
A preocupação em formar professores aptos a trabalhar com crianças portadoras de necessidades especiais no Brasil é recente. Seu surgimento liga-se, intimamente, às novas concepções adotadas em Educação Especial, as quais preconizam a inclusão do deficiente nas escolas regulares.
Os educadores devem estar preparados para receber os alunos portadores de necessidades especiais. A educação inclusiva tem sido caracterizada como um “novo paradigma” que envolve a diversidade humana, porque oportuniza a escolarização de todas as pessoas num processo que beneficia a todos sem discriminação ou exclusão.
A educação inclusiva é resultado de muitas discussões, debates, estudos teóricos e práticas que tiveram a participação e o apoio de organizações, de pessoas com deficiência e de educadores que abraçaram a causa. Tudo isso é fruto de um contexto histórico que resgata a educação como lugar de exercícios da cidadania, que garante os direitos todos, direitos estes estabelecidos na declaração universal dos direitos humanos (1948).
A inclusão é um movimento amplo que oportuniza aos portadores de necessidades especiais acesso às escolas regulares de ensino, visando eliminar as barreiras que limitam a aprendizagem envolvendo a participação de toda a comunidade escolar.
O direito a educação não significa somente o acesso à escola regular de ensino, mas também que esta seja de qualidade e que garanta que os direitos do aluno a aprender e a desenvolver-se plenamente como pessoa. Para que isso seja possível é fundamental assegurar a igualdade de oportunidade a todos os alunos.
A Conferência Mundial, que ocorreu em Salamanca na cidade da Espanha no ano 1994, resultou na “Declaração de Salamanca” a qual é uma resolução das Nações Unidas que trata dos princípios políticos e práticas em educação especial. Estabelece “a equalização de oportunidades para pessoas portadoras de necessidades especiais. Este é considerado um dos mais importantes documentos que requisita a inclusão social”, entre outras leis estabelecidas a nível internacional e nacional foi tendência Mundial e vem consolidando a educação inclusiva.
Enfim, dentre outros fatores que favorecem a Inclusão social estão os movimentos em favor dos direitos humanos, que são contra as instituições segregacionistas e lutam pelos direitos dos portadores de necessidades especiais na escola regular de ensino.
Segundo Werneck (1993, p.56) “evoluir é perceber que incluir não é tratar igual, pois as pessoas são diferentes. Alunos diferentes terão oportunidades diferentes, para que o ensino alcance os mesmos objetivos. Incluir é abandonar estereótipos”.
2-A PROPOSTA E O ANSEIO PARA INCLUIR A TODOS
A Declaração de Salamanca2 é um dos exemplos para tomar como base as transformações que se fazem necessárias para que a inclusão de fato aconteça. Na Declaração fica expressa formalmente a inclusão de todos os alunos no ensino regular, o qual é necessário um investimento nos planos pedagógicos e na estrutura de um todo do espaço escolar, dispor de elementos para promover o sucesso de aprendizagem de todos.
No paradigma instaurado pela inclusão escolar encontramos portanto, um redimensionamento do papel da intervenção
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