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O narrador

Por:   •  3/1/2018  •  1.744 Palavras (7 Páginas)  •  282 Visualizações

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AS PERSONAGENS (QUEM?)

Entre as personagens há aquelas que se destacam porque agem mais: são as protagonistas, também chamadas de heróis ou personagens principais. As que se relacionam a elas por oposição são as antagonistas, que geralmente também estão no primeiro plano dos fatos. Em volta dessas, há sempre um conjunto de personagens secundárias, que ajudam a sustentar a trama.

O personagem principal e fictício é Gregor, sendo assim o protagonista. E os demais assim como sua irmã, seus pais, a empregada e seu chefe são personagens coadjuvantes.

TEMPO (QUANDO?)

Além das questões que tratam da fala, da perspectiva e do nível, a narração põe mais uma dimensão em jogo: o da temporalidade. A narrativa se constrói por meio de múltiplas relações entre duas series temporais. O tempo realçou fictício, da história é contada, em relação ao momento em que supostamente ela se desenrola.

Existem três posições básicas:

· Narração ulterior, posição mais clássica e mais freqüente, o narrador conta o que se passou anteriormente, em um passado mais ou menos distante.

· Narração simultânea, mais rara e freqüente ligada a homodiegética (em "eu"), com a perspectiva passando pela personagem, tem-se a impressão de que o narrador conta à história no momento em que ela acontece.

· Narração anterior, muito para fora de passagens textuais, o narrador conta àquilo que se vai passar ulteriormente, em um futuro mais ou menos distante. Essas passagens iam valer sob forma de sonhos ou profecias. Não confundi-las com a ficção cientifica.

2- A velocidade da narração

A velocidade designa a relação entre a duração da história (calculada em anos, meses, dias, horas) e a duração da narração (ou mais exatamente, da passagem para o texto, expressa em número de páginas ou linhas).

3- A freqüência

A freqüência designa a igualdade ou ausência de igualdade entre o número de vezes em que um acontecimento se produz na ficção e o número em que é contada na narração.

4- A ordem

A ordem designa a relação entre sucessão dos acontecimentos na ficção e a ordem na qual a história é contada na narração.

As personagens agem num dado espaço, durante um tempo dado. Esse tempo pode ser cronológico, o tempo da natureza, aquele marcado pelo relógio, com o passar das horas e dos minutos. Ele é fundamental, por exemplo, para as narrativas históricas. Mas existe o tempo psicológico, o tempo da duração interior dos fatos, variável de indivíduo para indivíduo, composto de momentos imprecisos que se fundem ou se aproximam. Nele podem misturar-se passado, presente e futuro, ao sabor dos sentimentos e das lembranças.

ESPAÇO (ONDE?).

A ambientação, o conjunto de elementos que compõem, por exemplo, o quarto, a sala, a rua, o bar, a montanha, a floresta, a escola, a cidade, o sertão, etc., constitui o espaço narrativo. Ou seja, é o lugar onde se movem as personagens. Em alguns casos, como na ficção regionalista, a caracterização do espaço físico é fundamental. Mas pode-se dizer que existe também um espaço psicológico, o nosso espaço interior, o universo da nossa vivência subjetiva, pessoal, cheio de sonhos, desejos, sentimento e emoções, que predomina nas narrativas intimistas.

Onde ocorre a história seria no quarto de Gregor, e a sala também ocorre muitos fatos. É onde os pais se reúnem para descansarem.

A narração e a personagem

Na construção da personagem, assim como em todos os outros elementos que compõem uma narrativa, é o narrador quem desempenha o principal papel. Na verdade é ele quem dá vida, quem cria, quem revela, quem produz as personagens. È ele quem nos conduz até elas, familiarizando-nos mais ou menos com seus interesses, suas emoções e comportamentos.

Isso porque personagem pertence à realidade ficcional, construída pela linguagem; a matéria de que é feitos a personagem, o tempo e o espaço que ela habita são diversos daqueles dos seres humanos (pois são reais na linguagem), embora mantenham com eles um relacionamento íntimo.

Mesmo as personagens de filmes, de desenhos animados, de histórias em quadrinhos, etc. pertencem ao universo ficcional e são construídos depalavras e imagens.

A construção de personagens implica uma série de detalhes: de onde vêm, a que vêm, o que fazem, como são, etc. Complexas como os seres humanos, apresentam características físicas e psicológicas. O conjunto dessas características vai definir sua atuação na trama criada.

Não importa que a personagem tenha como base o real ou o imaginário: o importante é que Lea exista de verdade na narrativa, inteira e coerente. E essa existência, como vimos, será garantida apenas pela linguagem, pelo modo com que o narrador se utiliza os inumeráveis recursos que a língua oferece para construí-la, pois ela é, na realidade uma composição verbal, uma síntese de palavras.

O narrador pode lançar mão de modos diferentes de apresentar a personagem, de introduzi-la na narrativa e dá-la a conhecer ao leitor. Existem basicamente dois caminhos que podem vir entrecruzados:

● direto: em determinado momento da história, faz-se uma descrição física e / ou psicológica da personagem, suspendendo a narrativa; é como se esta se congelasse, numa espécie de fotografia;

● indireto: ao longo da narrativa, por meio de alguns dados, comportamentos e falas da personagem espalhados pelo texto, o narrador vai pintando seu retrato.

“Os personagens vêm da imaginação do escritor”. De muitos lugares, isso é certo. Da infância. Do dia-a-dia. De um encontro casual na rua. De uma foto ou notícia de jornal. Das páginas da história. De um sonho ou de um pesadelo. De uma associação de idéias. De um desejo de se auto-retratar. [...] Mas isso se refere à origem mais remota.

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