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Familia Real no Brasil

Por:   •  6/3/2018  •  2.070 Palavras (9 Páginas)  •  250 Visualizações

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grande de sacerdotes, que lhe rendeu

até o renome de "revolução dos padres". A revolução passa ainda do Recife para o sertão e

se expande para Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, motivada por esse sentimento de

desigualdade regional dos nordestinos somado a um forte "antilusitanismo".

Ainda assim, não podemos pensar que esses diferentes grupos tinham entre si os mesmos

objetivos com a revolta, pois não tinham, compreendemos então que as diferentes camadas

descontentes com o poderio da Coroa portuguesa, eram movidos por diferentes âmbitos,

com os pobres pleiteando uma igualdade maior, a classe dos trabalhadores, como os

cirurgiões, boticários, sangradores e barbeiros se dando um auto papel de destaque na luta

pela pátria e os proprietários rurais, como uma classe poderosa, com o interesse de

descentralizar o poder das mãos da Coroa. Essa mesma diferenciação de interesses dos

revolucionários pode ser associado como um fator de sua derrota, após combate com as

forças portuguesas, que se desenrolaram no interior e que mostraram o despreparo e as

desavenças entre os revoltosos. O movimento durou cerca de mais de dois meses,

deixando profunda marca no nordeste e findando-se em maio de 1817 com a ocupação de

Recife pelas tropas portuguesas.

Essa situação perduraria ainda por mais alguns anos, quando acontece, na Europa, a

Revolução Constitucionalista de 1820. Resultando em uma pressão pelas cortes

portuguesas, para que D. João VI, que então já havia sido proclamado rei, após a morte da

rainha-mãe, Dona Maria 1ª, retornasse à Europa, o que veio a ocorrer em 1821. Em seu

lugar, deixou o príncipe herdeiro, na condição de príncipe regente. Contudo, a rápida

evolução da crise política na Colônia levaria, já no ano seguinte, à proclamação da

Independência da maior colônia portuguesa. O príncipe regente tornava-se, assim, Dom

Pedro I, imperador do Brasil.

Mas ainda estaria a frente um longo caminho a ser percorrido para que essa independência

brasileira, fosse de fato reconhecido pelas demais nações, inclusive por Portugal, que se

recusava a reconhecer a perda de sua à essa altura única Colônia lucrativa e se movia

inclusive para que os demais países, inclusive a Santa Aliança não aceitassem essa

independência brasileira. Havia então a necessidade eminente de que serem tomadas

diversas ações que assegurassem a autonomia política do Brasil.

Um fator obstante para essa afirmação do Brasil como nação independente, era o

enfrentamento de vários levantes militares, em algumas províncias que se mantinham fiéis a

Coroa Portuguesa, forçando até mesmo a contratação de

mercenários ingleses para assegurarem o controle dos conflitos internos que aconteciam

em solo brasileiro, fruto ainda do sentimento regional que continuava a mostrar-se mais

forte que um possível sentimento patriota.

Para que o Brasil tivesse condições de estabelecer-se como um Estado autônomo, era de

extrema importância que outras importantes nações reconhecessem sua soberania. Em

1824, no intento de continuar sua aproximação com as outras nações americanas, os

Estados Unidos reconheceram o desenvolvimento da independência brasileira. Apesar da

importância de tal fato, Portugal continuaria a atravancar esse desenvolvimento e o Brasil

teria que fazer com que sua antiga metrópole aceitasse o surgimento dessa nova nação.

Assim, a Inglaterra aparece como intermediária diplomática, viabilizando após diversos

impasses a assinatura de um acordo. No dia 29 de Agosto de 1825, o Tratado de Paz e

Aliança finalmente oficializou o reconhecimento de Portugal da independência do Brasil.

Conforme esse acordo, o governo brasileiro deveria então pagar uma indenização de dois

milhões de libras esterlinas para então Portugal aceitar a independência brasileira. Além

disso, D. João VI, rei de Portugal, ainda continuaria com o título de imperador do Brasil.

Exigência essa que se apresenta sob a ótica do desejo dele de ainda reunificar os dois

países em uma só coroa.

Como uma nação recém-formada o Brasil não tinha a mínima condição de pagar a

indenização estabelecida pelo tratado. Nesse momento que entram os ingleses que

emprestam os recursos necessários para pagamento do acordo, gerando um primeiro

contrato de dívida externa para o Brasil.

Após o reconhecimento português,

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