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O TELHADO VERDE: Possibilidade de integração dos meios urbano e natural

Por:   •  5/12/2018  •  2.469 Palavras (10 Páginas)  •  332 Visualizações

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Substrato orgânico que precisa ter uma drenagem eficiente e boa composição mineral de nutrientes;

• Vegetação: Deve ser escolhida de acordo com o objetivo da obra, tendo em vista aspectos como o clima predominante na região, tipo de solo que será utilizado e o tipo de manutenção que será realizada futuramente.

Figura 02 – Camadas Componentes do Telhado Verde

Fonte: GREENCOATINGS (2007)

Segundo Araújo (2007), as etapas construtivas do telhado verde são as seguintes:

• Etapa 1: acima da laje são construídas muretas de contenção com os drenos já instalados;

• Etapa 2: é aplicado na laje e nas muretas o material impermeabilizante;

• Etapa 3: aplica-se o material que vai compor a camada drenantes;

• Etapa 4: é colocado o material que compõe a camada de filtragem, na maiorira das vezes uma manta geotêxtil;

• Etapa 5: é introduzida a camada de solo com os nutrientes necessários. Sua espessura é definida conforme o porte das plantas;

• Etapa 6: são aplicadas as mudas ou plantas que vão integrar o telhado verde.

2.1.2. TIPOS DE TELHADO VERDE

O tipo de telhado verde a ser utilizado depende do propósito que o mesmo terá e do tipo de laje em que será instalado e, após uma avaliação estrutural, ele poderá ser extensivo, intensivo ou semi-intensivo. Para a IGRA, International Green RoofAssociation, (2011) apud (SILVA, 2001) , os critérios descritos na tabela 01, podem ser utilizados para caracterizar as três formas diferentes de Telhados Verdes:

Tabela 01 – Tipos de Telhado Verde

Fonte: SILVA (2011)

2.1.2.1. TELHADO VERDE EXTENSIVO

O telhado verde do tipo extensivo é simples, com configurações de jardim e plantas predominantemente rasteiras e de pequeno porte. Nesse sistema, o telhado é composto por vegetação de solo mediano, com filtro de drenagem e retenção de umidade, sistema de isolamento, barreira para proteção da camada superficial e membrana impermeável, conforme a figura 03. Por ser mais leve, tem um impacto minimizado de sobrecarga sobre os elementos estruturais (SILVA, 2011).

Figura 03 – Composição do Telhado Verde Extensivo

Fonte: SILVA (2011)

2.1.2.2. TELHADO VERDE INTENSIVO

Neste modelo, os telhados verdes são projetados para comportarem plantas de nível médio a grande porte, tendo assim maior carga, que varia entre 180 kg/m2 e 500kg/m2. Por isso, a estrutura da edificação deve ter maior capacidade de carga (SILVA, 2011). A vegetação varia entre pequenas plantas e árvores frutíferas e a cobertura fica protegida da radiação ultravioleta, conforme a figura 04.

Figura 04 – Telhado Verde Intensivo

Fonte: BEMPARANÁ (2013)

2.1.2.3. TELHADO VERDE SEMI-INTENSIVO

Segundo Silva (2011), o tipo semi-intensivo é um intermédio entre os telhados intensivo e extensivo, ou seja, é mais pesado que o primeiro tipo, porém permite o cultivo de arbustos, gramíneas, lavandas, entre outros, como mostra a figura 05.

Figura 05 – Telhado Verde Semi-Intensivo

Fonte: Silva (2011)

2.1.3. APLICABILIDADE

A aplicabilidade do telhado verde vai variar conforme as características do local em que será implantado. Segundo Pereira (2007), os sistemas construtivos de aplicação dos telhados verdes se dividem em três formas básicas, que são a aplicação contínua, com módulos pré-elaborados e aérea.

2.1.3.1. APLICAÇÃO CONTÍNUA

Neste tipo de aplicação, substrato é colocado logo acima da laje impermeabilizadas, seguido das outras camadas. Estas, variam conforme o tipo de base que será utilizada e o clima do local. Por exemplo, em lugares frios, como forma de evitar a condensação de vapor d’água, utiliza-se uma camada com a função de isolante térmico. (PEREIRA, 2007).

2.1.3.2. APLICAÇÃO COM MÓDULOS PRÉ-ELABORADOS

Esse sistema se caracterizada por sua praticidade, uma vez que a cobertura é pré-elaborada dentro de pequenos módulos prontos e a vegetação já vem crescida. Sua aplicação é feita através de um sistema de encaixe, permitindo um resultado rápido. (SILVA, 2011). A forma de aplicação pré-elaborada, divide-se ainda em modular, alveolar e laminar, sendo que eles se diferenciam em relação ao material utilizado, à aplicação e ao peso. Segundo Silva (2011), os tópicos a seguir exemplificam de maneira básica cada sistema.

• Modular: São feitos em material biodegradável e podem ser utilizados em coberturas planas ou inclinadas. Alguns possuem um reservatório interno que permite até 44 dias sem irrigação, sendo direcionados a climas secos. Em geral, pesam 80Kg/m², podendo haver variações em relação à forma e tamanho, conforme o fornecedor.

• Alveolar: Neste sistema, os módulos podem conter EVA (etil vinil acetato) aglutinado com cimento e preenchido com um substrato nutritivo, que desempenham a função de um xaxim. Seu peso varia de 60 a 80 Kg/m² e permite uma maior variedade de plantas, inclusive nativas.

• Laminar: A característica desse sistema é a utilização de uma lâmina d’água debaixo de um piso elevado composto de módulos, o que garante suprimento de água de até 40 l/m². Esse sistema só pode ser utilizado em telhados planos e sua vegetação inclui pequenos arbustos. Seu peso total é de 120 kg/m² sofrendo variações conforme a vegetação escolhida. Por conta de sua lâmina d’água, garante a purificação de água proveniente da chuva, facilitando no reúso das águas pluviais.

2.1.3.3. APLICAÇÃO AÉREA

Segundo Silva (2011), esse sistema tem a característica de manter a vegetação separada de sua base, utilizando uma tela no lugar do substrato, como suporte e guia para o crescimento da vegetação, conforme a figura 06. Suas vantagens englobam a não sobrecarga

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