O PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS FREIOS ABS E SUAS VANTAGENS
Por: Rodrigo.Claudino • 14/12/2018 • 1.716 Palavras (7 Páginas) • 334 Visualizações
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Acredita-se que o ABS tenha surgido em 1929, como um dispositivo de segurança para possibilitar a frenagem para aviões, desenvolvido pelo aviador francês, Gabriel Voisin. Em 1958, os experimentos realizados pelo Road ResearchLaboratory, no Reino Unido, demonstraram que o autobloqueio de freios poderia ser de grande valor para motocicletas, por ser um tipo de veículo com alto índice de envolvimento em derrapagens e de acidentes de grande proporção. (CRUZ, 2013)
No Brasil a parti do ano de 2014, foi determinado que todos os veículos que saírem da fábrica devem estar equipados com o freio ABS. A norma foi estabelecida pela resolução nº 311/2009 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Por ela, determina-se que os veículos novos que não tiverem o sistema de freios ABS instalado não poderão ser registrados e licenciados (emplacamento) em nenhum dos Departamentos de Trânsito (Detrans), em todo território brasileiro. A exceção é somente para os veículos de uso bélico e os fora de estrada. (PRIETO, 2015)
Segundo GLEHN (2001) o sistema de freio ABS é composto basicamente por quatro componentes.
- Uma bomba hidráulica; onde tem a Solenóide de isolação, Solenóide de descarga, Acumulador, Amortecedor de vibrações, Válvulas de alivio e retenção e Bomba de circulação.
- Sensor de velocidade; um em cada roda.
- Válvulas atuadas eletricamente.
- Controlador eletrônico (ECU).
Na imagem abaixo é demonstrado o sistema de freios ABS com todos os componentes distribuídos nos seus devidos lugares.
Figuras 1- Componentes do freio ABS.
[pic 1]
Fonte: KOEHLER, 2016.
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2 FUNÇÕES DOS PRINCIPAIS COMPONENTES NO SISTEMA DE FREIO ABS.
O ABS é um sistema que trabalha juntamente com os freios convencionais, apenas incluindo alguns componentes diferenciais, considerados como peças principais para o funcionamento do mesmo.
2.1 Bomba hidráulica
A bomba hidráulica do sistema de freios ABS é responsável por garantir a pressão ao sistema de óleo, independentemente do cilindro mestre. Se a válvula libera a pressão, a bomba repõe, de acordo com a necessidade.
Figura 2-Bomba Hidráulica
[pic 2]
Fonte: BARRIOS, 2016.
2.2 Sensor de velocidade
Esses sensores controlam constantemente a velocidade das rodas, de forma a detectar qual roda (ou rodas) está (estão) prestes a entrar em bloqueio em função de uma determinada desaceleração imposta ao conjunto, e o controle eletrônico do ABS, que é um microprocessador montado no carro, monitora os sensores de velocidade.
Figura 3 - Sensores de velocidade do ABS.
[pic 3]
Fonte: REPAIR PAL, 2016.
2.3 Controlador eletrônico (ECU)
O Controlador é considerado o "cérebro" do sistema ABS. Nele, todas as informações transmitidas pelos sensores das rodas são lidas e interpretadas. Após receber os dados, o processador envia um comando para o sistema hidráulico diminuir a pressão sobre os freios das rodas que ameaçam travar, evitando assim diferenças de velocidade entre estas e as demais e conseqüentemente mantendo o veículo sobre controle.
Figura 4 – Controlador dos freios ABS.(ECU)
[pic 4]
Fonte: YAS-SHOP, 2016.
3. PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE O FREIO CONVENCIONAL E O ABS
Os dois sistemas se baseiam no atrito provocado entre uma parte girante (disco ou tambor de freio) e outra fixa (pastilha ou lona). No sistema convencional os atritos são feitos sem se levar em consideração a aderência do pneu no solo, curvas, etc. No sistema ABS há um sensor de rotação em cada roda e um circuito eletrônico que compara a rotação delas e diminuem a pressão (atrito) no freio da roda que estiver no inicio do travamento. Isto vai fazer com que o veiculo mantenha aquela roda girando sem travar e conseqüentemente se diminua os riscos de derrapagens, por exemplo. A eletrônica busca manter esta condição sempre se corrigindo em função do nível de atrito do pneu e o solo. Na imagem abaixo demonstra uma situação onde é preciso fazer o uso do freio e desviar do objeto ao mesmo tempo, podemos observar que o risco de acidente com veículos sem o ABS é maior.
Figura 5 – Comparativa entre freio convencional e freio ABS.
[pic 5]
Fonte: INDÚSTRIA HOJE, 2016.
Outro ponto que de ser considerado é o tempo de parada do veiculo ao acionar os freios em uma situação de emergência. Segundo a pesquisa feita pela fabricante de sistema de freio ABS, a Bosch, “40% dos pilotos freiam com menos força do que gostariam em virtude do medo de travar as rodas. Em situações de frenagens previsíveis, como exemplo uma parada em um farol, o uso do ABS realmente não será necessário. Porém, em uma situação de emergência, o sistema fará muita diferença, principalmente pelo fato de não causar o arrasto da roda traseira”. Em media um veículo equipado com sistema ABS, que esteja km/h, usará um espaço 20% menor para frear até parar que o freio convencional.
Figura 6 – Diferenças no tempo de parada.
[pic 6]
Fonte: GRAUÇA, 2016.
Figura 7 – Atrito do pneu com o solo.
[pic 7]
Fonte: DEFENSIVA, 2016.
4. VANTAGENS DO SISTEMA DE FREIOS ABS
Outra característica importante do dispositivo antibloqueio é o fato de permitir que, em caso de uma pane total do sistema elétrico do veículo, as funções do freio convencional sejam mantidas inalteradas, evitando assim riscos de perda
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