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AS SUBCELEBRIDADES COMO INFLUENCIADORES DIGITAIS - INSTAGRAM

Por:   •  6/5/2018  •  2.716 Palavras (11 Páginas)  •  343 Visualizações

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A televisão já não é a grande produtora de agentes influenciadores e de celebridades. Com o surgimento de diferentes mídias, surgem as diferentes personalidades. O conceito de celebridades também muda. O ser famoso não é mais alguém que alcançou algo digno de respeito ou alguém que desempenha uma função extremadamente importante (ROWLANDS, 2008), ser famoso não é mais algo para poucos, está acessível, está de certa maneira democratizado. O conceito de celebridade como alguém comum que fez algo extraordinário ainda existe, mas o conceito de subcelebridade rompe algumas barreiras e ganha expressivo status. Qualquer pessoa pode passar do anonimato a fama em um clique.

As subcelebridades estão presentes e são fabricadas diariamente, não possui algum tipo de talento extraordinário e nem fazem parte de grupos exclusivos, muitas vezes não representam uma ameaça para as verdadeiras celebridadesmidiáticas.BRUNO (2014) afirma que os dois tipos de celebridades vivem em harmonia, e que a chegada do “espetáculo dos anônimos” não substitui o espetáculo das celebridades televisivas. O que se pode afirmar a partir dessa observação é que não houve uma substituição do conceito, e sim a criação de uma ramificação do mesmo.

Os dois conceitos existem e coexistem uma vez que há entre eles uma alimentação, uma convivência e uma reciprocidade. Quase todas celeridades televisivas possuem contas em quase todas as redes sociais, e estão constantemente se proporcionando também através desses meios, entretanto de outro lado estão as subcelebridades que são chamadas a entrevistas, programas de televisão, rádio e à realização de documentários.

- A SUBCELEBRIDADES COMO FRUTOS DA DEMOCRATIZAÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

O avanço tecnológico e o surgimento da Internet trazia consigo certas esperanças quanto a democratização das formas de comunicação. VAZ (2004) afirma que a internet permitiu uma forma de comunicação massificada, de muitas pessoas para muitas pessoas, e como também existia o anonimato e não se podia confirmar a fonte da informação, ela gerou uma expressão de opinião livre e alternativa.

Porem alguns autores afirmam que a tão sonhada democratização não se deu por completo, ou da maneira que a idealizavam. A internet, anunciada como a terra prometida, nos discursos proferidos algumas décadas atrásquando se falava de democratização dos meios de comunicação, pode não ser tão promissora assim.

Agora que as mídias digitais foram de fato popularizadas (para se evitar a simplificação do termo “democratização”), será que os relacionamentos realmente se horizontalizaram em um platô sem hierarquias? E o grande capital midiático, as titânicas organizações massivas, foram liquidadas pela produção digital independente? Tais anúncios proféticos não se realizaram plenamente. Mesmo assim, o cenário da mídia e as inter-relações entre todos os atores envolvidos (pessoas, grupos, corporações, nações, tecnologias etc.) de fato se transformaram significativamente. (PRIMO, 2013, p.15)

Os avanços tecnológicos mudaram a forma como nos comunicamos, como nos expressamos, e como analisamos as informações que recebemos, alguns meios sociais podem que estejam em crise, mas não significa que o popular tem tomado conta por completo do que se é produzido. É possível escolher quem merece fama ou não, quais serão as próximas subcelebridades, que vídeos merecem ser compartidos, mas ainda não podemos utilizar uma página de maneira cem por cento gratuito. Os cliques, as publicidades antes de cada vídeo, os comerciais depois de certa quantidade de música, as propagandas de cada personalidade no Instagram, tudo é estrategicamente pensado para atingir as mesmas massas espectadoras de antes.

Era de se esperar que as mídias sociais, que eram lugares gratuitos e de fácil acesso pudessem também liberar seus usuários das imposições das mídias de massas. O que acontece atualmente é totalmente o oposto. As mídias sociais produzem suas próprias estrelas e as promove com uma simples aba chamada “seguir” e quanto mais seguidores maior a visualização e maior o interesse de grandes marcas e produtos em associar-se a essa nova celebridade.

E como tudo está supostamente “democratizado” todo mundo quer tirar proveito dessa nova técnica de fazer dinheiro e se associam a marcas, produtos, lugares e passam a influenciar a grande massa de seguidores. É assim também que nascem as subcelebridades. Elas começam em uma plataforma pequena, e vão ganhando seguidores e passam a “viralizar” em outras redes. Existem inúmeras celebridades que começaram postado seus vídeos na plataforma Vimeo, que consistia basicamente no compartilhamento de vídeos feitos pelos próprios usuários, e que ganharam fama e foram praticamente lançados em outras plataformas de uma maneira totalmente patrocinada.

A democratizações dos meios não só elevaram pessoas comuns ao nível de subcelebridades como as transformaram em influenciadores digitais. O Instagram é um grande reduto das subcelebridades de outras plataformas que ganharam sua fama e seu espaço e agora precisam também compartilhar seu estilo de vida, diariamente, postando fotos de praticamente tudo que fazem.Tudo que essas celebridades postarem será seguido e comentado e muitas vezes até usado. Segundo GILLIN (2007) os usuários das mídias sociais creem tão cegamente que ajudaram a que essas subcelebridades se moldassem e tão cegamente em que o produto que a mesma está ofertando é confiável que de nada vale a palavra de um profissional em marketing acerca do mesmo.

- O INSTAGRAM COMO PALCO DOS INFLUENCIADORES DIGITAIS

Por ser uma plataforma simples e dinâmica o Instagram se utiliza de pequenos aparatos como o celular ou o tablet para atrair seus usuários. Qualquer pessoa com um celular e com internet pode tomar fotos e vídeos e compartilhá-los de maneira instantânea nessa plataforma. Segundo dados da PEW Research Center(2014)[1] ele tem crescido de maneira exponencial ao longo dos anos. Em 2012 somente 13% dos internautas maiores de 18 anos usavam Instagram e enquanto algumas redes mantiveram o mesmo número de usuários o Instagram cresceu praticamente o dobro em dois anos, chegando a 26% dos usuários em 2014.

Além disso o próprio site do Instagram divulga dados importantes como:

- 4,2 bilhoes de likes por dia

- 95 milhoes de fotos e vídeos são postados por dia

- 80% de seus usuários

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