Resenha do Livro Os artigos Federalistas
Por: Jose.Nascimento • 21/3/2018 • 1.492 Palavras (6 Páginas) • 454 Visualizações
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para a Constituição Federal, presidente do Congresso Continental,
ministro da relações exteriores, primeiro presidente da suprema corte e governador de
Nova Iorque, por duas vezes.
Os autores decidiram fazer esse trabalho mediante a grande chance de que a nova
Constituição não fosse aprovada. Para muitos o texto constitucional era um feito único,
que transcendia a história, de inspiração impecável, maravilhosa, divina (Kraminick,
1787). No entanto, essa não era a opinião de todos, muitos acreditavam que a nova
Constituição sucumbiria a liberdade americana, uma vez que o texto discorria sobre
propriedade, tributos, taxas, impostos, tarifas. Desta forma, nas convenções de
ratificação do Estado, estavam presentes os integrantes a favor da nova Constituição (os
federalistas) e os opositores a ela (os antifederalistas). Por sua vez, os federalistas
defendiam a nova constituição, pois eram defensores dos princípios federais. Os países
que são federações promovem poder e autonomia para as unidades constitutivas (os
estados), dessa forma os federalistas hostilizavam um governo nacional poderoso que
pudesse sabotar a autonomia dos estados.
Com o intuito de registrar todo esse processo de defesa do Federalismo e da nova
Constituição, compilaram em um livro todos os artigos federalistas publicados nos
jornais de Nova Iorque. A obra contém oitenta e cinco capítulos e tem ao todo
quinhentas e trinta e cinco páginas, juntamente com a apresentação do livro e o prefácio.
Os artigos são expostos no livro através de uma estrutura sequencial: a primeira parte
temos os que falam contra a ideia de uma confederação de estados e que defendem a
viabilidade de um república centralizada, soberana e democrática, localizada em um
grande território (do artigo número 1 ao 37), na segunda parte temos os artigos que
falam sobre os princípios gerais da nova Constituição e sobre a União (artigo número 38
até o 51). Os artigos que falam sobre as atribuições do governo estão entre o 52 e 83, e
eles ponderam sobre a Câmara dos Deputados, o Senado, a Presidência da República e o
Judiciário. Os artigos 84 e 85 são conclusivos e foram escritos por Alexander Hamilton,
que se propôs a escrever mais dois artigos em respostas a objeções específicas feitas à
nova Constituição, acerca da propriedade, liberdade e da ausência da carta de direitos.
Os artigos em geral defendem a Federação, o artigo quinze em especial reitera a
importância da União para o EUA, sob o tema “Sobre os defeitos da atual Confederação
no tocante ao princípio da legislação para os Estados como coletividades”. O autor deste
texto é Alexander Hamilton, que o inicia expondo a importância da União para a
felicidade e segurança política de todos os cidadãos. No artigo são enumerados diversos
problemas que os Estados Unidos estavam passando, como: dívida externa,
desvalorização da terra, ausência de tropas, Tesouro e governo. Quanto a isso, Hamilton
chama de humilhação nacional, e aponta uma culpada: a Confederação. A autonomia
dos Estados comum a uma Confederação retratava um atraso para os federalistas, uma
vez que era necessária a ocorrência de treze vontades soberanas para toda diligência que
decorresse da União. O acúmulo de insucessos decorrentes deste sistema provocou a
grande insatisfação dos federalistas, que acusavam que o Congresso não tinha meios
para administrar mediante a grandiosa diferenças nos interesses dos Estados.
O artigo dez é considerado por muitos cientistas políticos o mais importante de todos
os oitenta e cinco. Nele, James Madison apontou a União como a protetora da nação
contra o facciosismo e a contra violência que pudesse surgir nos Estados federais. Por
facção podemos compreender os cidadãos que motivados por algum interesse comum
se uniam. Essas motivações, para Madison, eram adversas ao direitos e interesses dos
demais cidadãos. No entanto, seriam presentes na sociedade civil, uma vez que as
causas para o surgimento do facciosismo eram comuns a todos os homens. Uma facção
poderia surgir por diferentes concepções ligadas à religião ou ao governo , por exemplo.
Após uma breve deliberação, o federalista concluiu que seria impossível dar fim ao
facciosismo, uma vez que isso seria por fim à liberdade dos indivíduos. Dessa forma,
concluiuse que seria necessário controlar seus efeitos, e é na República Federativa de
grande extensão territorial que Madison aponta estar o remédio para este problema.
Com isso através da União, a República poderia desfrutar de inúmeras vantagens que
protegeriam os Estados, como a segurança proporcionada por uma maior variedade de
partidos, como também seria possível ter a garantia de que nenhuma seita religiosa
poderia representar perigo e nem mesmo líderes
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