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Fumicultura e intoxicação de agricultores

Por:   •  29/10/2018  •  1.070 Palavras (5 Páginas)  •  269 Visualizações

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Quadro 4. Efeitos da exposição prolongada a múltiplos agrotóxicos. Sistema/órgão Efeito:

Sistema Nervoso: Síndrome asteno-vegetativa, polineurite, radiculite, encefalopatia, distonia vascular, esclerose cerebral, neurite retrobulbar, angiopatia da retina.

Sistema Respiratório: Traqueíte crônica, pneumofibrose, enfisema pulmonar, asma brônquica.

Sistema Cardiovascular: Miocardite tóxica crônica, insuficiência coronariana crônico, hiper e hipotensão arterial.

Sistema Hepático: Hepatite Crônica, colecistite, insuficiência hepático.

Aparelho Renal: Albuminúria, nictúria, alteração da clearance da uréia, nitrogênio e creatinina.

Trato Gastrintestinal: Gastrite crônica, duodenite, úlcera, colite crônica (hemorrágica, espástica, formações polipoides), hipersecreção e hiperacidez gástrica, prejuízo da motricidade.

Pele: Dermatite e eczemas.

Olhos: Conjuntivite e blefarite.

Fonte; MS/OPAS/OMS,1996

A ocorrência de efeitos neurotóxicos relacionados à exposição a agrotóxios tem sido descrita com maior freqüência nos últimos anos. É o caso das paralisias causadas pela exposição aos organofosforados, que podem surgir tanto como efeito crônico como na forma de uma ação neurotóxica retardada, após uma exposição intensa, porém não necessariamente prolongada.

É importante realçar a ocorrência dos distúrbio comportamentais como feito da exposição aos agrotóxicos, que aparecem na forma de alteração diversas como ansiedade, irritabilidade, distúrbio de atenção e sono. Comparativamente os sinais e sintomas de intoxicação por agrotóxicos são semelhantes aos causados por intoxicação a nicotina, como também são comuns a diversas patologias, freqüentemente são dor de cabeça, vertigens, falta de apetite, desânimo, nervosismo e insônia.

Conhecer a toxicidade da nicotina é importante para melhor compreendemos o mecanismo das doenças causadas por ela. Destaque para a dependência química que a nicotina causa ao fumante e na falta dela, a síndrome de abstinência. Mas aqui não vamos nos ater ao tabagismo como doença, mas sim à intoxicação que a nicotina causa aos fumicultores quando da manipulação das folhas de tabaco.

No que se refere à geração de emprego e renda para às 25.000 famílias que serão assentadas com o novo programa do Governo do Estado de Pernambuco, apesar da produtividade média, por hectares, do fumo em relação à determinadas culturas, como o feijão, por exemplo, ser mais elevada, bem como o a receita bruta (R$/hectare), cabe ressaltar que, em termos de geração de renda, o cultivo do fumo não está entre os que produzem mais renda ao agricultor, figurando-se, em uma posição pouco destacada quando comparada com aquela gerada por outros tipos de plantio.

Ademais, este programa não irá promover o desenvolvimento agrícola no estado, pois além da não geração de renda, há o problema da degradação do solo neste estado, por conta do cultivo da cana.

Fonte; MS/OPAS/OMS,1996

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