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As Novas conferências introdutórias sobre psicanálise

Por:   •  31/5/2018  •  964 Palavras (4 Páginas)  •  544 Visualizações

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O SUPEREGO (ideal do ego). O Superego originou-se das experiências que levaram ao totemismo. Surge de uma identificação como o pai, tomado como modelo. É o herdeiro do complexo de Édipo. O Superego de uma criança é construído segundo o modelo do superego de seus pais. “O superego preenche a mesma função de proteger e salvar que, em épocas anteriores, foi preenchida pelo pai e, posteriormente, pela Providência ou Destino” (FREUD, 1923, p.75). Ligado às figuras de autoridade; à cultura; à religião (proibição, lei, censura, moral, culpa, severidade). Representante do mundo interno responde a tudo o que é esperado de maior valor na natureza humana. Exerce uma severidade e exigência em relação ao “inocente” ego. (FREUD, 1923, p.71).

O sentimento de inferioridade provém da relação entre Ego e Superego. A repressão é realizada pelo ego em obediência às ordens do superego. Durante um surto melancólico (depressão) o superego se torna super-severo, insulta, humilha e maltrata o “pobre ego”. Ameaça-o com os mais duros castigos, recrimina-o e o condena por atos do passado que foram considerados, na época, insignificantes. O Superego representa as exigências da moralidade e, assim, aplica o mais rígido padrão de moral ao ego. O nosso sentimento de culpa é a expressão da tensão entre o ego e o superego. (Freud, 1933, p.79).

(...) as crianças de tenra idade são amorais e não possuem inibições internas contra seus impulsos que buscam o prazer. O prazer que mais tarde é assumido pelo superego é desempenhado, no início, por um poder externo, pela autoridade dos pais. A influência dos pais governa a criança, concedendo-lhe provas de amor e ameaçando com castigos, os quais, para a criança, são sinais de perda do amor e se farão temer por essa mesma causa. (FREUD, 1933, p.80).

No decurso do desenvolvimento, o superego também assimila as influências que tomaram o lugar dos pais – educadores, professores, pessoas escolhidas como modelos ideais. Normalmente, o superego se afasta mais e mais das figuras parentais originais; torna-se, digamos, assim, impessoal. (FREUD, 1933, p.83).

O Superego é para nós o representante de todas as restrições morais, o advogado de um esforço tendente à perfeição – é, em resumo, tudo o que pudemos captar psicologicamente daquilo que é catalogado como o aspecto mais elevado da vida do homem. (FREUD, 1933, p.86).

O Id é amoral; o Ego esforça-se para ser moral e o Superego é supermoral. (FREUD, 1923, p.70).

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