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AS RECENTES MANIFESTAÇÕES POPULARES NO BRASIL

Por:   •  11/4/2018  •  2.127 Palavras (9 Páginas)  •  302 Visualizações

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As manifestações de junho tiveram duas fases, demarcadas por características distintas, mas ambas organizadas online, através da rede social Facebook, mas principalmente via Twitter, e pelo Movimento Passe Livre (MPL); e focadas em solucionar o aumento dos preços das taxas de transportes anunciadas.

Na primeira fase o apoio da mídia foi quase inexistente, pouca participação da população e muitos conflitos violentos entre os manifestantes e a polícia, e um foco quase exclusivo na questão do valor do transporte. No segundo momento, há uma grande cobertura da mídia, volumosa participação popular, além de aceitação de uma parcela maior da população (figura 3), menos repressões policiais e atendimento de exigências quanto ao transporte.

Com todas essas manifestações em massa, os prefeitos de várias cidades resolveram anunciar a suspensão do aumento das tarifas de transportes públicos nos municípios.

No dia 24 de junho, após encontro com membros do Movimento Passe Livre, Dilma reuniu-se com 26 prefeitos e 27 governadores para apresentar cinco pactos nacionais, dos seguintes temas, entre os três níveis do governo, sendo o transporte público: investimentos em corredores de ônibus, VLTs e metrôs, e a criação de um Conselho Nacional de Transporte Público onde usuários e sociedade civil participassem. Foi considerada a desoneração de PIS e COFINS para o diesel de ônibus e para a energia elétrica de trens e metrôs, considerou que tanto a desoneração quanto o Conselho poderiam ocorrer a níveis estaduais e municipais ou metropolitanos além do federal. Defendeu que a matriz de transportes passe a ser sobre trilhos, e criticou governos anteriores que não tomaram essa medida; a reforma política e combate à corrupção foi proposta a criação de um plebiscito para que uma assembléia constituinte exclusiva para isto seja criada. Também, pediu que os governos fizessem o mais rapidamente possível a implementação da Lei de acesso à Informação, e disse que transformar corrupção dolosa em crime hediondo seria uma iniciativa fundamental; á saúde foi proposta a aceleração dos investimentos já contratados para construção de UPAs, UBS e hospitais e ampliação do sistema que troca dívidas de hospitais filantrópicos por mais atendimentos Dilma defendeu que os médicos recebam incentivos para irem trabalhar nas regiões mais pobres e remotas, e que caso isso não resolvesse, que médicos estrangeiros fossem levados para esses lugares, exclusivamente para o SUS. Falou que este aspecto enfrentaria oposição dos médicos, mas disse querer deixar claro que não é algo hostil e desrespeitoso à classe médica, mas uma ação limitada e emergencial, que o Brasil é um dos países que menos emprega médicos estrangeiros e que de qualquer forma a saúde dos brasileiros deve prevalecer sobre quaisquer interesses. Disse que iria ainda tomar uma série de outras medidas para melhorar as condições de trabalho nos hospitais públicos; á educação prometeu 100% dos royalties do petróleo para educação, e 50% do pré-sal; á responsabilidade fiscal prometeu manter as medidas de estabilidade econômica e controlar a inflação para que o Brasil continue protegido da crise mundial, esses foram os cincos pactos nacionais, ate então um desses projetos já foi aprovado no senado, o projeto de lei

que torna á corrupção em crime hediondo, seja passiva ou ativa, e inclusive a exigência de benefício para si mesmo ou para outra pessoa em função do cargo exercido, seja cobrando por um serviço para o qual o estado não exige pagamento, ou seja, pela apropriação mais geral de valores ou bens. O governo também decidiu por meio do programa Mais Médico a contratar médicos estrangeiros para atuarem no interior e nas regiões periféricas, foram contratados mais de 600 médicos vindos de sete países. Retirado do site: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesta%C3%A7%C3%B5es_no_Brasil_em_2013>) Acessado em: 03 de abril de 2014.

Mas, além disso, e de todos esses projetos, de todas essas promessas o governo deveria se impor mais a frente das carências da sociedade,não apenas fazendo pactos,promessas ,mas sim começando a agir, e o começo no meu ver é dar condições mínimas necessárias para a população.

Em um relatório feito pela a ONU (Organização das Nações Unidas) o Brasil aparece com o terceiro pior índice de desigualdade do mundo (Figura 4) e, em se tratando da diferença e distanciamento entre ricos e pobres, fica atrás no ranking apenas dos países muito menores e menos ricos, como Haiti, Madagascar, Camarões, Tailândia e África do Sul (ONU, 2010).

A ONU mostra ainda, nesse estudo como principais causas a desproporcionalidade social, a falta de acesso a educação de qualidade, uma política fiscal injusta, baixos salários e dificuldade da população em desfrutar de serviços básicos oferecidos pelo governo, como saúde, transporte público e saneamento básico.

Vários segmentos da sociedade que estão à frente de iniciativas que visam diminuir, e quem sabe, acabar com o problema da desigualdade no Brasil, apontam uma difícil fórmula que deve aliar democracia com eficiência econômica e justiça social como uma solução viável para o problema.

Mesmo com a Constituição Federal e diversos códigos e estatutos, assegurando o acesso à educação, moradia, saúde, segurança pública, além de autonomias econômicas e ideológicas, a realidade que se vê ainda é distante do que se reza nos direitos do cidadão brasileiro no tocante à erradicação da desigualdade social neste país, em constante crescimento econômico e político.

Essas grandes manifestações configuraram uma maneira da população reivindicar as injustiças sociais por elas vividas, pois o governo a cada dia que passa esta deixando a desejar não arcando com seus deveres.

Apesar de o Brasil ser um país rico em recursos naturais e com um PIB (produto interno bruto) figurando sempre entre os 10 maiores do mundo, o Brasil é um país extremamente injusto no que diz respeito à distribuição de seus recursos entre a população. Um país rico; porém, com muitas pessoas pobres, devido ao fenômeno da desigualdade social, que é elevado, e com isso o Brasil continua sendo um país da contradição, onde um grupo tem muito e uma grande maioria tem pouco ou nada tem.

Primeiramente para a que a sociedade brasileira atinja a plena cidadania é necessário que as famílias tenham uma condição mínima de renda, para ai sim ter acesso a uma educação de qualidade, a saúde, á moradia, pois quanto maior a diferença de renda, pior será a situação do país, e é ai que gera a violência, porque á violência nasce da falta de

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