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A Conservação em Museus

Por:   •  10/1/2019  •  Ensaio  •  9.374 Palavras (38 Páginas)  •  567 Visualizações

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Conservação e Preservação de Acervos Museológicos

I) INTRODUÇÃO

  1. Definição de Museu: Instituição permanente, sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, aberta ao público, e que adquire, pesquisa, conserva, comunica e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu maio para fins de estudo, educação e entretenimento (ICOM – 1985, 1995, 2002).

  1. Funções e Atribuições primordiais dos museus:

- Aquisição de bens culturais

- Documentação

- Pesquisa

- Preservação e Conservação

- Produção de conhecimento

- Comunicação

  1. Conservação  Trabalho permanente e vital do museu. Trabalho de bastidores para quem gosta de trabalhar com o objeto. A conservação é perene, cotidiana.

  1. Produtos

- Exposições permanentes (longa duração)

- Exposições temporárias

- Exposições itinerantes

- Anais/anuários

- Catálogos de exposições, de coleções e de artistas

- Folder

- CD-Roms

- Vídeos

- Seminários

- Congressos

- Simpósios

- Debates / Encontros / Palestras

- Cursos (Livros e apostilas)

- Salões e premiações

- Recitais / Concertos

- Peças teatrais

- Atividades lúdicas e interativas

  1. Epicentro do Museu  O Bem cultura / Objeto Museológico

  1. O círculo vicioso do Bem Cultural:

[pic 1]

  1. Museus e Instituições afins  Centros Culturais e interação com o público

- Centros Culturais

- Salas e Centros de Memória

- Galerias de Arte

- Stands / Tendas Culturais

  1. Especificidade dos Museus  Conservação e guarda permanente de acervos

  1. Museologia e Documentação
  1. Documentação e Preservação-Conservação
  1.  Percurso Convencional do Objeto Museológico

[pic 2]


II) TEORIA E PRÁTICA DA CONSERVAÇÃO NOS MUSEUS

  1. O “instinto” da conservação  pode ser feita de maneira simples e/ou sofisticada.

2) O desenvolvimento da conservação científica

        - Conservação empírica x métodos científicos (método simples x método sofisticado)

        - Final do século XVIII – primeiros pensamentos sobre restauração

        - Os primeiros laboratórios de conservação-restauração: Museu de Berlim (1881), Museu Britânico (1921) e Museu de Belas Artes de Boston (1929).

        - A primeira referência aos termos “preservação-conservação”  1930 – primeira conferência do Office International dês Musées – Roma.

        - Primeiro documento sobre essas questões  1931 – Carta de Atenas – se origina no VI Encontro Internacional de Arquitetos.

        - Fundamentos teóricos da conservação-restauração – Teoria del Restauro, de Cesare Brandi (1963), Carta de Veneza (1964), Carta do Restauro (1972).

        - Violet-le-Duc – teórico da restauração que defendia a reconstituição total

        - John Ruskin – teórico da restauração que era contra as intervenções.

        - Cesare Brandi – influenciado pela Carta de Atenas. Achava que as intervenções eram boas, defendendo a anastilose[1]. Toda intervenção acaba onde começa a dúvida.

  1. A consciência da conservação no Brasil

- Década de 20 – O nacionalismo e as primeiras leis (regionais) de proteção do patrimônio: Projeto de criação da Inspetoria de Monumentos Históricos (Deputado Luis Cedro – Pernambuco); Projeto de proibição da saída de obras de arte do país (Deputado e poeta Augusto de Lima – Minas Gerais); Criação de órgãos administrativos em defesa do patrimônio (Bahia e Pernambuco); Apresentação à Câmara Federal do projeto para organizar a defesa do patrimônio a nível nacional (Deputado Wanderley Pinho – Bahia).

  1. A revolução de 30 e as iniciativas de proteção ao patrimônio no âmbito nacional

- Lei nº 378, de 13-01-1937, Cria o SPHAN – Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

- Dec. Fed. nº 25, de 30-11-1937

  1. Organismos Internacionais de Fomento à Conservação

- 1947 – ICOM (1967 – Comitê de Conservação - CC)

- 1959 – ICCROM

- 1965 – ICOMOS

  1. Implementação de uma política de preservação na década de 70 (alertam para a preservação de sítios)

- 1970 – Compromisso de Brasília (I Encontro de Governadores)

- 1971 – Compromisso de Salvador (II Encontro de Governadores)

  1. O conceito de conservação preventiva na década de 80

- Conceito inteiramente novo. Cuidar do bem cultural para evitar a degradação. Conceito de conservação minimalista. Tem haver com a medicina preventiva  Evitar o mal e consequentemente evitar o remédio. Evitar o dano, curar o objeto.

- Conservação preventiva  evitar a restauração. Pega tanto o objeto quanto o ambiente em que ele se encontra.

- 1980 – Fundação da ABRACOR

- 1987 – criação do NUPRECON – UNIRIO

  1. Os conceitos de preservação, conservação e restauração[2]

- Preservação (teoria)  Em termos teóricos, a preservação é uma consciência, uma mentalidade, uma política – individual ou coletiva, particular ou institucional – com o objetivo de proteger e salvaguardar o Patrimônio Cultural. Refere-se a leis, organismos, movimentos, reações populares, campanha publicitárias, congressos, seminários, etc. Em termos práticos, preservação corresponde à conservação preventiva, que já é um procedimento técnico, prático, ou seja, uma ação preventiva do controle do meio em que está inserido o bem cultural. Refere-se a todas as intervenções indiretas, através de métodos naturais ou instrumentalizados, com a finalidade de resguardar o bem cultural, prevenindo possíveis malefícios e proporcionando-lhes condições adequadas de “saúde”. Corresponde, basicamente, ao controle ambiental e a todas as técnicas preventivas que envolvem manuseio, acondicionamento, transporte e exposição. Cesare Brandi utilizou o termo Restauração Preventiva.

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